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Impactos ambientais do manejo agroecológico da caatinga no Rio Grande do Norte.
O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos ambientais do manejo agroecológico da caatinga, em unidades de produção familiar no Rio Grande do Norte, pelo método Ambitec de produção animal - dimensão ambiental, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente. Foram avaliadas sete unidades de produção familiar, em quatro projetos de assentamentos de reforma agrária do Município de Apodi, RN. Os dados para o levantamento foram obtidos por meio de questionários aplicados aos representantes das unidades produtivas familiares, que atribuíram, a cada variável estudada, um valor que representou a alteração proporcionada pela implementação da tecnologia. Após a inserção dos coeficientes de alteração de cada variável dos indicadores por unidade de produção, o coeficiente de impacto foi automaticamente calculado por meio da planilha Ambitec. O manejo agroecológico da caatinga resultou num impacto ambiental positivo, e suas maiores contribuições foram relacionadas aos efeitos positivos dos seguintes indicadores: capacidade produtiva do solo, uso de insumos materiais, qualidade do produto e diminuição da emissão de poluentes à atmosfera. Dois indicadores geraram efeitos negativos: o uso de energia e o uso de recursos naturais. Pela superioridade dos benefícios gerados, o manejo agroecológico da caatinga é uma inovação tecnológica geradora de impactos ambientais positivos
Sistemas produtivos de caprinocultura leiteira no semiárido paraibano: caracterização, principais limitantes e avaliação de estratégias de intervenção
Oito propriedades de leite caprino do semiárido paraibano foram acompanhadas, multidisciplinarmente, durante dois anos, com os objetivos de identificar os principais fatores limitantes da produção, assim como propor e avaliar estratégias de intervenção. Utilizou-se um questionário para obtenção de informações sobre as propriedades e práticas de manejo. Avaliou-se o balanço forrageiro de cada propriedade e foram feitas propostas para correção. Os animais foram identificados para que se viabilizasse a escrituração zootécnica e o controle da produção individual de leite. O diagnóstico das principais enfermidades foi estabelecido. Para análise dos dados, utilizou-se análise de variância, regressão linear múltipla e o teste t. O número médio de animais nos rebanhos era 53 cabeças (início do estudo), 62 (final do primeiro ano) e 49 (último ano). Nenhum rebanho tinha padrão racial definido. Na análise do balanço anual de forragem do primeiro ano, sete propriedades tiveram déficit forrageiro na seca, enquanto apenas duas apresentaram déficit durante o período chuvoso. No segundo ano, após as intervenções, seis das oito propriedades apresentaram déficit durante a seca e duas durante a chuva. Entretanto, em seis propriedades, se fossem armazenadas forragens no período da chuva, a quantidade de alimento produzida durante a chuva seria suficiente para manter os animais durante a estação seca. A média da produção de leite diária nas propriedades foi 1,19 litros por cabra. Os problemas mais graves de instalações foram identificados nos cabriteiros. No início do estudo, nenhum produtor realizava escrituração zootécnica, a qual foi gradativa e parcialmente implantada. As principais enfermidades diagnosticadas foram parasitoses gastrintestinais, linfadenite caseosa, mastite subclínica, ectima contagioso e ceratoconjuntivite. A prevalência de linfadenite, mastite e parasitoses gastrintestinais foram reduzidas, após a adoção de práticas adequadas. Problemas reprodutivos foram relatados por 75% dos proprietários. Em quatro propriedades, as taxas de mortalidade de animais jovens foram maiores do que as aceitáveis (8%). Após análise dos dados, observou-se que a assistência técnica permanente e multidisciplinar pode minimizar os fatores limitantes à caprinocultura leiteira. O estudo demonstrou que os produtores aceitam a implantação de novas tecnologias, desde que estas sejam gradativamente implantadas e adequadas aos sistemas de produção
Phosphate fertilization and phosphorus forms in an Oxisol under no-till
Under no-till phosphorus (P) accumulates in a few centimeters of the topsoil layer. Plant residues left on the soil surface release P and organic acids, which may improve P availability and fertilizer efficiency, including both soluble (such as triple super phosphate) and less soluble sources (such as reactive natural phosphates). In this study, soybean response to P fertilizer and P forms in the top 40 cm of an Oxisol were evaluated after surface application of different phosphates in a 5-year-old no-till system. Treatments consisted of 0 or 80 kg ha-1 of total P2O5 applied on the soil surface, both as natural reactive phosphate (NRP) or triple super phosphate (TSP). In addition, 80 kg ha-1 of P2O5 were applied to subplots, in furrows below and beside the soybean (Glycine max L.) seeds, in different combinations of NRP and TSP. Soil samples were taken before and after the soybean growth, down to 0.40 m and soil phosphorus was chemically fractionated. The responses to NRP were similar to TSP, with an increase in P reserves at greater depths, even in non-available forms, such as P-occluded. After the soybean harvest, P-occluded levels were lower at the surface layer, but an increase was observed in the soluble, organic and total P down to 40 cm. An improved P distribution in soil depth, especially regarding the soluble and organic forms, resulted in higher soybean yields, even when the phosphates were applied to the soil surface.Em semeadura direta o fósforo (P) acumula-se na camada mais superficial do solo, mas os resíduos deixados na superfície liberam P e ácidos orgânicos, que podem melhorar a disponibilidade e a eficiência de fertilizantes como o superfosfato triplo e fosfatos naturais reativos. Neste estudo, a resposta da soja à adubação com P e as formas de P até 40 cm de profundidade do solo foram avaliadas após a aplicação de fosfatos em um sistema conduzido em semeadura direta há cinco anos. Os tratamentos consistiram de 0 ou 80 kg ha-1 P2O5 total, aplicados na superfície do solo como fosfato natural reativo (FNR) ou superfosfato triplo (SFT). Nas subparcelas foram aplicados, no sulco de semeadura, 80 kg ha-1 de P2O5, em diferentes combinações de FNR e SFT. Amostras de solo foram coletadas até 0.4 m, antes e depois do cultivo da soja (Glycine max L.), para fracionamento do P. As respostas ao FNR foram semelhantes às do SFT, com aumento das reservas de P em profundidade, mesmo em formas não-disponíveis como P-ocluso. Após a colheita da soja, os teores de P-ocluso diminuíram na camada mais superficial, mas foi observado um aumento nas formas solúvel, orgânica e P - total em toda a espessura de solo estudada. A melhor distribuição do P no solo, principalmente em formas solúvel e orgânica, resultou em maior produtividade da soja, mesmo quando o fertilizante foi aplicado na superfície do solo
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