A rua da estrada

A Rua da Estrada é um ensaio sobre a metamorfose da urbanização. O que se denomina por "cidade" é apenas uma parte, cada vez mais minoritária do território urbanizado. No resto, como não percebemos quase nada, inventamos palavras genéricas e abstractas - subúrbio, periferia, urbanização difusa, etc. -, que são uma forma contornarmos o conhecimento com a ilusão do conhecimento. Pior que isso, como não conhecemos, emitimos juízos precipitados- feio, caos, desorganização, etc. -, dando supostas explicações com o que precisa de ser explicado. A Rua da Estrada é uma forma de perceber um lado da urbanização "transgénica", uma forma e um processo que combinam códigos, arquitecturas, funções, etc., que habitualmente entendemos noutros contextos e que aqui se misturam. A verdade é que a infra-estrutura foi desde sempre um gerador de urbanidade. A estrada e tudo que nesse canal se instala- água, água, saneamento, energia, fibra óptica, - , constitui uma lógica de urbanização e não a sua perversão. Circular é viver.Fundação para a Ciência e a Tecnologi

O site da Arrábida - ensaio de análise hipertextual aplicado às neo-aglomerações urbanas

O título deste texto já teve outro começo: nem lugar, nem não-lugar: o site da Arrábida. Tratava-se de ultrapassar este engano de chamar não-lugar a tudo aquilo que não se ajusta a velhas ideias românticas de lugares “antropologicamente espessos” como escreveu Marc Augé. Quando a geografia da urbanização se percebe pela organização dos sistemas de relações, os lugares adquirem leituras e realidades que mudam consoante as configurações desse campo de forças. Diferentemente do mapa convencional, o território deixa de ser texto e passa a hipertexto: como na Internet, cada site define-se por uma unidade de conteúdos e funcionalidades que se desvenda através de ligações com outras unidades de informação, construindo-se nexos e sentidos que ora reproduzem relações estáveis e esperadas, ora nos surpreendem com novas razões e qualidades. Em vez do sistema de pontos, áreas e linhas fixas inscritas num espaço euclidiano, a geometria torna-se topológica, e a proximidade ou o afastamento medem-se por graus de acessibilidade eles próprios filtrados por posições sociais, imperativos económicos ou capacidade performativa dos sistemas sócio-técnicos que suportam a mobilidade das pessoas, das mercadorias, do capital, da informação ou da energia. Como resultado desta combinação, o espaço-tempo está sujeito a constantes distorções, socialmente vividas e percebidas de modo desigual e contraditório. Perdido o mapa da cidade, o território instável da urbanização continua a ser uma permanente (re)construção social, como muito bem explicou Henri Lefébvre. A parafernália tecnológica que não cessa de se diversificar e expandir; aprofundamento da mercantilização e do capitalismo global, também.The title of this paper has had one other beginning: neither place nor non-place: the Arrábida website. It dealt with overcoming the fallacious labelling as non-place of everything that does not fit in with old romantic ideas of “anthropologically thick” places, as Marc Augé wrote. When the geography of urbanization is perceived by the organization of relational systems, places acquire both interpretations and realities that change in response to the configurations of this field of forces. Unlike the conventional map, territory is no longer a linear text and becomes hypertext: as on the Internet, each site is defined by a unit of attributes and functionalities that manifests through links with other units of information, in this way building connections and meanings that sometimes reproduce stable and expected relationships, other times surprise us with new reasons and qualities. Instead of a system of points, areas and fixed lines inscribed within a Euclidean space, geometry becomes topological, and proximity or remoteness is measured by degrees of accessibility, which are filtered by social positions, economic imperatives or the performative capacity of the socio-technical systems that support the mobility of people, goods, capital, information or energy. As a result of this combination, space-time is subject to constant distortions, socially experienced and perceived within both an uneven and contradictory way. Once the city map is lost, the unstable territory of urbanization endures an everlasting social (re)construction, as Henri Lefébvre explained very well. The technological paraphernalia that never ceases to diversify and expand; as well as the deepening of commodification and global capitalism.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

o papel das TIC no exercício da cidadania dos adultos

Numa sociedade profundamente marcada pela tecnoogia e pela globalização, novos desafios se colocam aos indivíduos que deverão estar preparados para uma nova cidadania - a cidadania digital. Começámos por enquadrar a sociedade da informação e a transição para a sociedade do conhecimento, no sentido em que não basta ter acesso à informação é preciso transformá-la em conhecimento efetivo. Contudo apesar de todas as oportunidades criadas pela tecnologia, há ainda o problema da exclusão social e do isolamento a que ficam sujeitos aqueles que por qulquer razão não têm competências ou acesso à tecnologia para ususfruir dessas vantagens - falamos da infoexclusão e da crescente importância da literacia digital. (...

Vila do Conde a construção da política cultural ao nível local

Ao Poder Local são atribuídas competências pelo Poder Central que, no caso da cultura, nem sempre são claras e precisas. Os municípios, como principais agentes do desenvolvimento local, precisam, para além das competências, de uma política cultural com objectivos e estratégias. Possuindo os territórios, actualmente, recintos e equipamentos culturais (capital cultural material), a cultura que se vai fazendo não pode ser constituída por um conjunto avulso de iniciativas (capital cultural imaterial), mas necessita de uma política que lhe dê suporte. Como se constrói uma política cultural ao nível local? Não havendo modelos, estudam-se boas práticas! Vila do Conde surge como um caso, onde elas se evidenciam

Association between inflammatory infiltrates and isolated monosomy 22/del(22q) in meningiomas

This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License.-- et al.Meningiomas contain highly variable levels of infiltrating tissue macrophages (TiMa) and other immune cells. In this study we investigated the potential association between the number and immunophenotype of inflammatory and other immune cells infiltrating the tumor as evaluated by multiparameter flow cytometry, and the clinico-biological, cytogenetic and gene expression profile (GEP) of 75 meningioma patients. Overall, our results showed a close association between the amount and cellular composition of the inflammatory and other immune cell infiltrates and the cytogenetic profile of the tumors. Notably, tumors with isolated monosomy 22/del(22q) showed greater numbers of TiMa, NK cells and (recently)-activated CD69+ lymphocytes versus meningiomas with diploid and complex karyotypes. In addition, in the former cytogenetic subgroup of meningiomas, tumor-infiltrating TiMa also showed a more activated and functionally mature phenotype, as reflected by a greater fraction of CD69+, CD63+, CD16+ and CD33+ cells. GEP at the mRNA level showed a unique GEP among meningiomas with an isolated monosomy 22/del(22q) versus all other cases, which consisted of increased expression of genes involved in inflammatory/immune response, associated with an M1 TiMa phenotype. Altogether, these results suggest that loss of expression of specific genes coded in chromosome 22 (e.g. MIF) is closely associated with an increased homing and potentially also anti-tumoral effect of TiMa, which could contribute to explain the better outcome of this specific good-prognosis cytogenetic subgroup of meningiomas.This work was partially supported by grants from the Fundação para a Ciência e Tecnologia (PIC/IC/83108/2007, FCT, Portugal), Fondo de Investigaciones Sanitarias (FIS/FEDER 06/0312 and RETICC RD06/0020/0035, Instituto de Salud Carlos III, Ministerio de Sanidad y Consumo, Madrid, Spain), Caja Burgos (Spain), and Fundación MMA (exp 75312010 and 87692011, Madrid, Spain). Patrícia Domingues is supported by grant (SFRH/BD/64799/2009) from FCT. Maria Dolores Tabernero is supported by IECSCYL (Soria, Spain).Peer Reviewe