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    The effects of physical activity on the health of children and adolescents

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    A prática regular de atividade física constitui um elemento essencial à promoção da saúde e prevenção de algumas doenças que acometem indivíduos e grupos populacionais. Apesar dos jovens serem a parcela mais ativa da população, os indicadores de sedentarismo crescente têm alertado os profissionais de saúde pública. Para diminuir o sedentarismo, estudos destacam a necessidade dos indivíduos modificarem seus estilos de vida, adquirindo e mantendo ações de promoção da saúde e prevenção de doenças durante todo o curso de vida. Nesse sentido, a atividade física praticada regularmente, pelo menos desde a adolescência, proporciona benefícios físicos e psicológicos considerados preditores da condição de saúde para a vida adulta. Conforme mencionado, os índices de sedentarismo têm constituído uma grande preocupação da saúde pública mundial. Isto pode ser causado, entre outros fatores, pela falta de esclarecimento adequado sobre os efeitos decorrentes da prática de atividade física regular. Sendo assim, o objetivo geral deste ensaio é sintetizar e analisar as informações disponíveis sobre a importância da prática da atividade física para a saúde de crianças e adolescentes, indicando possíveis limitações dos estudos e necessidades de pesquisas futuras. Espera-se que estas informações forneçam subsídios para o desenvolvimento de programas de promoção da atividade física para crianças e adolescentes e incentivem os próprios jovens a buscarem estilos de vida mais saudáveis e ativos. A atividade física deve ser disponibilizada e praticada por todos os jovens, em virtude dos benefícios, a curto e longo prazo, que proporciona à saúde. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThe practice of regular physical activity is an essential element to the promotion of health and prevention of some diseases that affect individuals and populations. Although youngsters are the most active population, growing indicators of a sedentary lifestyle have alerted public health professionals. To decrease it, studies highlight the need for individuals to modify their lifestyles, getting and keeping health promotion and disease prevention actions throughout the life course. In this sense, the physical activity performed regularly, at least since adolescence, provides physical and psychological benefits considered predictors of health status into adulthood. As mentioned, the rates of sedentary lifestyles have been a major public health concern worldwide. This can be caused, among other factors, by lack of adequate explanation about the effects of the practice of regular physical activity. Thus, the general objective of this paper is to synthesize and analyze information on the importance of the physical activity practice to the health of children and adolescents, indicating possible limitations of existing studies and future research needs. It is hoped that this information will provide subsidies for the development of physical activity promotion programs in children and adolescents and encourage young people to seek a healthier and more active lifestyle. Physical activity should be available and practiced by all young people due to the benefits provided in the short and long term to healt

    O olhar dos jovens da cidade de Beja sobre o seu meio residencial e sua relação com a prática de actividade física

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    Enquadramento: A Ativide Física (AF) tem um importante papel na prática de um estilo de vida saudável, assim como na prevenção de doenças crónicas e da obesidade. De acordo com WHO (2014) os Portugueses apresentam níveis de sedentarismo dos 31.4%, para a população masculina aos 38.5%, para a população feminina, números que tendem a aumentar ano após ano. De modo a prevenir o aumento destes valores é essencial promover a AF e os estilos de vida ativos entre jovens de forma eficiente. Para tal, é importante perceber quais os fatores que podem influenciar a sua participação. Metodologia: O instrumento selecionado para o presente estudo, de acordo com a metodologia quantitativa foi o questionário. O questionário “Atividade Física dos Jovens e a perceção do ambiente onde residem”. Participaram do estudo 84 adolescentes portugueses, alunos da Escola Secundaria D. Manuel I, em Beja, dos quais 50,0% (42) eram do género masculino e 50,0% (42) do género feminino. A idade dos inquiridos apresentou um mínimo de 11 anos e um máximo de 18 anos, sendo a media de idades de 14,61 (± 1,55 anos). Todas as análises estatísticas foram obtidas através do software IBM SPSS 24.0, com o nível de significância definido para 0,05. Realizaram-se teste de X2, correlações de Pearson, e um teste de Kruskal-wallis. Resultados: O presente estudo demonstrou que o transporte ativo dos adolescentes parece estar relacionado com a rede de comunicação da zona de residência, e não com a existência de infraestruturas próprias para o efeito, e além do mais não mostrou relação entre a segurança e a AF. No domínio do apoio social, os resultados demonstraram que este não influência a prática de AF do grupo de adolescentes estudados. Conclusões: A adolescência é uma etapa importante onde os hábitos relacionados com estilos de vida saudáveis são adquiridos, hábitos esses que continuam pela vida adulta. É por isso importante aprofundar os estudos nesta área e perceber de que forma as crianças e jovens são influenciados de modo a adquirirem estilos de vida saudáveis

    Pediatric obesity in a health centre file of Minho

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    Introdução: Portugal é um dos cinco países da Europa com maior prevalência de excesso de peso (EP) e obesidade (OB) em idade pediátrica. Objetivos: Avaliar a prevalência de EP e OB nas crianças/adolescentes dum ficheiro de utentes dos cuidados primários. Material e métodos: Estudo observacional e transversal. A população incluia as crianças, dum ficheiro do ACES do Cávado III, que completassem 3 a 17 anos no ano 2010. Recolha de dados por convocação/agendamento. Parametrizados: peso, estatura e perímetro de cintura. Calculado o índice de massa corporal (IMC), percentil de IMC e percentil de perímetro de cintura, utilizando as classificações do CDC e do NAHNES III, respetivamente. Preenchido um questionário para as crianças/adolescentes com EP ou OB. Resultados: Da população de 263 elementos compareceram 199 (amostra) para a parametrização. A prevalência de EP foi de 14% e de OB de 12%, total de 26% (n=52). Dos 52 elementos com EP/OB, 48 responderam a um questionário, quatro não (dois emigraram; dois não compareceram). Nestes verificou-se uma correlação entre o percentil de perímetro de cintura superior a 90 e a ocorrência de obesidade, p < 0,01; não praticavam uma hora diária ou mais de atividade física 77%, com predomínio no sexo feminino 89%, p = 0,01; despendiam mais de duas horas em atividades sedentárias 46%; verificou-se uma baixa ingestão de hortícolas e fruta e elevada em produtos açucarados e fritos; ingeriam quantidades de carne e peixe maiores que as porções recomendadas para a idade 60%; foram amamentados 88% e pelo menos durante seis meses 54%; iniciaram a diversificação alimentar entre os quatro e os seis meses 66%; a escolaridade parental foi de nove ou menos anos em 83%. Conclusões: Na população pediátrica estudada, verificou-se uma prevalência de EP e de OB próxima dos valores da literatura. A alimentação e atividade física nos com EP/OB foram maioritariamente desadequadas.Introduction: Portugal is the one out of five European countries with highest prevalence of overweight (OW) and childhood obesity (OB). Objectives: To asses and characterize children and adolescents with OW and OB from a health centre file in primary care. Material and methods: Cross-sectional study. All children, in a centre file of the ACES do Cávado III, completing 3-17 years of age in 2010, were included. Participant recruitment was actively undertaken. Data collected included weight, height and waist circumference. Body mass index (BMI), BMI percentile and waist perimeter percentile were then calculated, using CDC and NAHNES III classifications, respectively. A questionnaire was applied for children with OW or OB. Results: Within the population of 263 elements, 199 attended the study (sample). The prevalence of OW and OB was 14% and 12%, respectively, totalizing 26% (n=52). Within the 52 elements with OW / OB, 48 answered a questionnaire, and four did not (two emigrated; two unattended). In theses ones, a correlation between a percentile of waist circumference greater than 90 and the occurrence of obesity, was demonstrated, p < 0,01; practicing one hour or more of daily physical activity, wasn’t achieved by 77%, with predominance in girls 89%, p = 0,01; spending two or more hours daily in sedentary activities was verified in 46%; there was a low intake of fruit and vegetables and high in sugar and fried foods; quantities of meat and fish were larger than the recommended servings for age in 60%; breastfeeding was observed in 88% of which 54% during at least six months; food introduction started between four and six month in 66%; parents had nine or fewer years of schooling in 83% of cases. Conclusions: The prevalence of overweight and obesity in this paediatric population was close to literature values. Diet and physical activity in those with OW/OB was mostly inadequate

    Distâncias menores... maiores comportamentos ativos? associação do fator distância com os modos de deslocamento de crianças à escola

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    O deslocamento ativo para a escola se caracteriza como uma estratégia para potencializar os níveis de atividade física de crianças em seu quotidiano escolar (Timpério et al, 2006).Entretanto, estudos têm demonstrado que diversos fatores (intrapessoais, ambientais, políticos, etc.) podem influenciar na decisão e opção ao modo de deslocamento de crianças à escola (Bungum et al., 2009; Pereira et al., 2014). Este estudo objetivou sintetizar, por meio de revisão sistemática, as evidências disponíveis sobre a associação do fator distância no deslocamento ativo de crianças do ensino básico (2º/3º ciclo) no trajeto casa-escola. A busca pelos estudos foi realizada em seis bases de dados (PubMed, EBSCO, LILACS, Web of Science, BVS e B-On) com a combinação dos descritores active commuting, children, school, environmental factors, seus similares padronizados pelo Medical Subject Headings (MeSH) e respetivos correspondentes em língua portuguesa padronizados pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Quarenta e um artigos foram selecionados para a revisão sistemática. Os estudos apresentaram uma tendência de crescimento a partir de 2011 na quantidade de publicações em revistas indexadas.Estados Unidos, Austrália e Canadá concentraram a maioria dos estudos publicados. Verificou-se publicações em periódicos de diversas áreas com maior concentração na área da saúde. Evidenciou-se forte associação dos modos ativos de deslocamento em relação ao fator distância casa-escola. Entretanto, devido às diversas variáveis intervenientes, há pouco consenso em relação à uma distância padrão.No geral, as melhores probabilidades de deslocamento ativo se deram em crianças que residem até aproximadamente 3,2km (2milhas), com algumas variações e diminuindo consideravelmente a partir desta distância.Salienta-se a importância de políticas e ações no planeamento da oferta e localização de escolas do ensino básico em áreas residenciais, pois, distâncias menores estimulam e favorecem o acesso aos modos de deslocamento ativos, promovendo assim, comportamentos ativos no quotidiano das crianças.The active commuting to school is characterized as a strategy to improve the levels of children physical activities in scholar context (Timpério et al, 2006). However, studies have shown that many factors can affect the decision and the manner the children move to school (Bungum et al., 2009; Pereira et al., 2014).This study objective was to outline by systematic review the available evidence about the association of the factor distance in the children’s (2nd and 3rd cycle) active commuting route home to school.The research for the studies was done in six data bases (PubMed, EBSCO, LILACS, Web of Science, BVS and B-On) with the combination of the descriptors active commuting, children, school, environmental factors, and similar standardized by the Medical Subject Headings (MeSH) and its respective corresponding in Portuguese standardized by the descriptors in Health Science (DeCS). Forty-one articles were selected for the systematic review. The studies presented since 2011 a tendency of growing in the quantity of publications in indexed journals. United States, Australia and Canada have the most part of the published studies. They were verified publications in journals with the highest concentration in health areas. The association of active commuting manners in relation to the factor distance home-school was evidenced. Nevertheless for many variables there is little consensus in relation to the standard distance. In general, the best probabilities of active commuting occurred in children who live within 3,2km (2 miles), with some variation and decreasing considerably from this distance.We emphasize the importance of policies and actions in the planning and location of the basic teaching schools in residential areas, for shorter distances stimulate and favour the access to active commuting promoting this way active behaviour in the children’s daily life.CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, IE, UMinho (UI 317 da FCT)Este trabalho foi desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão/Brasil - FAPEMA (BD-05074/15)

    A influência da família na atividade física de crianças e adolescentes: revisão Integrativa da Literatura/ The family influence on children and adolescents’ physical activity: an Integrative Review of the Literature

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    A Atividade Física (AF) é um importante comportamento para manutenção de saúde física e mental ao longo da vida, e que deve ser estimulado desde a infância. Tendo em vista que a família é o primeiro sistema com o qual se tem contato, o objetivo da presente revisão integrativa da literatura foi verificar de que forma a relação estabelecida entre os pais e seus filhos influencia a prática de atividade física das crianças e adolescentes. Foram utilizadas três bases de dados para busca dos estudos, nas quais foram identificados 1410 artigos, dos quais, apenas 27 estudos foram incluídos. A partir da extração e análise dos dados, foram identificadas três grandes categorias temáticas: Sistema Familiar, Transgeracionalidade e Macrossistema. Ainda, as duas primeiras foram subdividas em categorias menores a fim de aprofundar temáticas específicas. A nuvem de palavras sumarizou o trabalho realizado apontando para importância do papel do subsistema parental, do ambiente de casa e do suporte. Em suma, foi possível perceber a importância do funcionamento familiar para prática regular de AF de crianças e adolescentes, destacando-se o papel ativo dos pais de participar e oferecer oportunidades para que a prática aconteça

    Apoio social e atividade física em crianças e adolescentes : uma revisão da literatura

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    Orientador : Fernando Borges FerreiraMonografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Curso de Especialização em Fisiologia do Exercíci

    Índice de massa corporal, nutrição e atividade física em crianças e adolescentes com síndrome de Down

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    Objective: To describe and compare the nutritional habits, physical activity, and body mass index (BMI) of children and adolescents with Down syndrome followed up in the specialized outpatient clinic of a tertiary hospital in southern Brazil. Method: Cross-sectional study conducted from the analysis of medical records of patients with Down syndrome at school age and adolescents followed up at the Complexo Hospital de Clínicas of the Universidade Federal do Paraná. The diet was considered adequate if it consisted of foods from all groups in the three main meals and one or two snacks and water in the intervals. A sedentary lifestyle was defined as physical activity time of fewer than 300 minutes per week. Nutritional status was assessed using BMI curves from the World Health Organization, 2007. Results: The study included 755 patients, of whom 236 (31.3%) were children and 519 (68.7%) were adolescents. Overweight and obesity were observed in 10.7% and 14.8% of the population, respectively, without significant gender differences. Inadequate diet was observed in 34.6% and sedentarism in 23.7% of the patients. High BMI was observed in 20.3% of children and 27.9% of adolescents (p=0.026). Sedentarism was observed in 29.5% of adolescents and 11% of children (p&lt;0.001). Inadequate diet was also more prevalent in adolescents but without statistical difference. Patients with high BMI, compared to eutrophic patients, had a higher prevalence of inadequate diet and sedentarism, with statistical significance. In this subgroup, sedentarism was observed in 25% of children and 57.2% of adolescents (p&lt;0.001). Conclusion: Adolescents with Down syndrome have higher rates of high BMI and sedentarism compared to children. Specific studies in health education for this population are necessary to promote healthy lifestyle habits and effectively prevent obesity.  RESUMO: Objetivo: Descrever e comparar hábito nutricional, prática de atividade física e índice de massa corporal (IMC) de crianças e adolescentes com síndrome de Down acompanhados em ambulatório especializado de um hospital terciário no sul do Brasil. Método: Estudo transversal realizado a partir da análise de prontuário de pacientes com síndrome de Down em idade escolar e adolescentes acompanhados em ambulatório especializado do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A alimentação foi considerada adequada se consistisse em alimentos de todos os grupos nas três refeições principais e um ou dois lanches e água nos intervalos. Sedentarismo foi definido como tempo de atividade física inferior a 300 minutos por semana. O estado nutricional foi avaliado usando as curvas de IMC da Organização Mundial da Saúde, 2007. Resultados: O estudo incluiu 755 pacientes, sendo 236 (31,3%) crianças e 519 (68,7%) adolescentes. Sobrepeso e obesidade foram observados em 10,7% e 14,8% da população, respectivamente, sem diferença significativa entre os gêneros. Alimentação inadequada foi observada em 34,6% e sedentarismo em 23,7% dos pacientes. IMC elevado foi observado em 20,3% das crianças e 27,9% dos adolescentes (p=0,026). Observou-se sedentarismo em 29,5% dos adolescentes e 11% das crianças (p&lt;0,001). Alimentação inadequada também foi mais prevalente em adolescentes, porém sem diferença estatística. Pacientes com IMC elevado, em comparação com eutróficos, tiveram maior prevalência de alimentação inadequada e sedentarismo, com significância estatística. Nesse subgrupo, o sedentarismo foi observado em 25% das crianças e 57,2% dos adolescentes (p&lt;0,001). Conclusão: Adolescentes com síndrome de Down apresentam maiores taxas de IMC elevado e sedentarismo comparados com crianças. Estudos específicos em educação em saúde para essa população são necessários com o objetivo de promover hábitos de vida saudáveis e prevenir a obesidade com efetividade

    Avaliação da eficácia de um programa de intervenção psicológica na obesidade infantil ao nível do auto-conceito, das estratégias de coping e do comportamento alimentar das crianças e dos pais

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    Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica)A obesidade é um problema de saúde global, sendo hoje considerada a epidemia do século XXI (OMS, 2011). Além da prevenção, a intervenção precoce na obesidade infantil torna-se uma prioridade. Contudo, os bons resultados quando se conseguem são pouco persistentes uma vez que a obesidade é muito resistente ao tratamento (Viana, 2002). O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a eficácia de um programa de intervenção psicológica de grupo na obesidade infantil ao nível do IMC (Índice de Massa Corporal), padrões e atitudes alimentares da criança, auto-conceito, estratégias de coping e atitudes alimentares dos pais. Foram utilizados como instrumentos o Teste de Atitudes Alimentares em Crianças (ChEAT; Maloney, McGuire, & Daniels, 1988; versão portuguesa traduzida e adaptada por Santos & Baptista, 2001), a Escala de auto-conceito para Crianças e Pré-Adolescentes de Susan Harter (SPPC; Harter, 1995; versão portuguesa traduzida e adaptada por Martins, Peixoto, Mata, & Monteiro, 1995), o Inventário de estratégias de coping (SCSI; Ryan-Wenger, 1990; versão portuguesa traduzida e adaptada por Lima, Lemos, & Guerra, 2002) e o Teste de Atitudes Alimentares (EAT; Garner, Olmsted, Bohr, & Garfinkel, 1982; versão portuguesa traduzida e adaptada por Pereira et al., 2006 ). A amostra é constituída por 39 crianças e pré-adolescentes, e seus progenitores, distribuídos pelo grupo experimental (n = 19) e pelo grupo de controlo (n = 20). As crianças de ambos os grupos tinham entre 8 e 12 anos, apresentavam o diagnóstico clínico de obesidade e eram acompanhadas na consulta de Gastrenterologia e Nutrição Pediátrica. Além destes requisitos, as crianças do grupo experimental frequentaram uma intervenção psicológica de grupo na obesidade infantil. Os grupos mostraram-se semelhantes nas medidas dependentes no pré-teste. Os resultados evidenciaram o efeito do programa ao nível da diminuição do IMC e do aumento do consumo de água no grupo experimental. As crianças do grupo experimental também passaram a ter um maior controlo sobre a comida. Contudo, o programa de intervenção psicológica não teve efeito ao nível do autoconceito e das estratégias de coping. Os resultados revelaram, ainda, uma associação entre as atitudes alimentares da criança e as atitudes alimentares do pai. Esta associação não foi visível entre as atitudes alimentares da criança e da mãe. Em suma, os resultados deste estudo empírico demonstraram a importância de aliar o tratamento médico a uma intervenção psicológica quando falamos da epidemia do século XXI: a obesidade!Obesity is a global health problem, now regarded as the epidemic of the 21st century (WHO, 2011). Besides prevention, early intervention in childhood obesity becomes a priority. However, good results are achieved when they are just as persistent obesity is very resistant to treatment (Viana, 2002). The present study aims at assessing the effectiveness of a program of group psychological intervention in childhood obesity at the level of BMI (Body Mass Index), child eating attitudes and patterns, self-concept, coping strategies and eating attitudes of the parents. Were used as instruments the Eating Attitudes Test in Children (ChEAT; Maloney, McGuire, & Daniels, 1988; Portuguese version translated and adapted by Santos & Baptista, 2001), the Self-Perception Profile for Children (SPPC; Harter, 1995; Portuguese version translated and adapted by Martins, Peixoto, Mata, & Monteiro, 1995), the Schoolagers’ Coping Strategies Inventory (SCSI; Ryan-Wenger, 1990; Portuguese version translated and adapted by Lima, Lemos, & Guerra, 2002) and the Eating Attitudes Test (EAT; Garner, Olmsted, Bohr, & Garfinkel, 1982; Portuguese version translated and adapted by Pereira et al., 2006). The sample consisted of 39 children and preteens and their parents, distributed by the experimental group (n = 19) and the control group (n = 20). Children in both groups had between 8 and 12 years, the clinical diagnosis of obesity and were accompanied by the consultation Pediatric Gastroenterology and Nutrition. In addition to these requirements, children in the experimental group attended a group psychological intervention in childhood obesity. The groups were similar in the dependent measures at pretest. The results showed the effect of the program in terms of decreased BMI and increased water consumption in the experimental group. Children in the experimental group also started to have more control over the food. However, the psychological intervention program had no effect at the level of self-concept and coping strategies. The results also revealed an association between the child's eating attitudes and eating attitudes of the father. This association was not seen between the eating attitudes of the child and mother. In sum, the empirical results of this study demonstrated the importance of combining medical treatment with psychological intervention when we talk of the epidemic of the XXI century: obesity

    Motivação e percepção de estilos parentais de meninas praticantes de futebol

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    O futebol é o esporte mais praticado entre os brasileiros. Entretanto, a sua vasta maioria de praticantes são homens. O pequeno número de mulheres praticando futebol está relacionado ao fato do futebol feminino ser historicamente desencorajado e negligenciado no país. As mulheres brasileiras também praticam menos esportes, quando comparadas aos homens, de modo a usufruírem em menor nível dos benefícios associados a tais práticas ao longo do desenvolvimento. Entende-se que compreender as vivências de meninas no futebol pode contribuir para um maior estímulo à prática de esportes por meninas adolescentes e para aprimorar o trabalho realizado junto aos pais e às escolas de iniciação esportiva que contemplem esta população. Dessaforma,oobjetivodesteestudofoiavaliarasdimensõesde motivação para a prática do esporte e a percepção dos estilos parentais de meninas adolescentes que praticam futebol. Além disso, foram investigadas possíveis correlações entre as dimensões motivacionais e os estilos parentaisdasmeninas.Paraacoletadosdados, foi aplicado um questionário sociodemográfico, um instrumento para avaliar as dimensões motivacionais da prática esportiva, uma escala de exigência e responsividade e uma entrevista semiestruturada. Participaram do estudo 36 atletas do sexo feminino, entre11e17anos,que praticam futebol em um clube profissional de Porto Alegre/RS. Verificou-se que as dimensões Prazer, Saúde e Sociabilidade foram as que mais motivam as adolescentes a praticarem o futebol. As participantes perceberam as mães como mais exigentes e responsivas. Houve discordância entre os estilos parentais adotados pelos pais. As mães das atletas foram percebidas como predominantemente autoritativas eospaiscomonegligentese autoritativos. No estilo combinado, os pais foram mais frequentemente percebidos como negligentes. Não se evidenciou associação entre os estilos parentais e as dimensões motivacionais. Na análise das entrevistas, percebeu-se diversos tipos de apoio parental em relação a prática do futebol. Também foram relatados os receios parentais sobre o esporte praticado pelas filhas, a influência de figuras masculinas para o início da prática e o reconhecimento das barreiras histórico-estruturais da modalidade
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