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    O "Mediterrâneo" saariano e as caravanas do ouro (III)

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    (Primeiro Parágrafo do Artigo)Entre o Maghrebe e o Grande deserto intercala-se, como vimos, desde Não, no Atlântico, a Oeste, até Gabés, no Mediterrâneo, a Levante, uma faixa de planaltos pedregosos (hammadas) e dunas de areias (ergs) entrecortados de oásis de tamareiras ao longo do curso dos uedes ou junto a fontes artesianas. Para o Sul alonga-se  agora o Sáara, a pobreza extrema de vegetação e vida animal, a ausência quase completa de povoamento humano

    O "Mediterrâneo" saariano e as caravanas do ouro (III)

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    Linhas de água [re]construídas no barrocal algarvio: sistemas de reaproveitamento de água de nascente para rega e moagem

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    Dissertação de mestrado, História do Algarve, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2014A paisagem é o resultado de um complexo sistema de relações, compreendendo fatores abióticos, bióticos e culturais, onde o homem tem um papel decisivo ao nível da sua construção e transformação. Com este trabalho pretendeu-se identificar e compreender uma parte importante da transformação do território rural do Barrocal algarvio através das diferentes utilizações da água. Assim e no âmbito deste trabalho identificaram-se modelos de ocupação e exploração do território assentes na utilização da água de nascente para rega e moagem. A persecução destes modelos de ocupação e exploração do território teve, na maioria dos casos, origem a grande propriedade à escala regional. As propriedades identificadas neste trabalho que integram sistemas de reaproveitamento têm origem no Antigo Regime, na posse da nobreza local. A sua exploração e transmissão obedeceu às regras da época que previam foros, vínculos e outros privilégios, que em alguns casos se mantiveram até à época contemporânea de uma forma menos visível. A reutilização da água de nascente, para rega e moagem implicava a construção de estruturas hidráulicas encadeadas entre si, conformando conjuntos hidráulicos. A implementação de sistemas de reaproveitamento de água de nascente constitui mais uma das ações que demonstra o modo como o homem sempre interveio na paisagem para tirar partido desta. Desta intervenção resultou a construção de estruturas associadas à arquitetura de produção em meio rural com características bastante particulares, hoje consideradas e classificadas em alguns casos como património. É neste contexto que se inserem os sistemas de reaproveitamento de água de nascente, para rega e moagem, enquanto modelos de exploração da paisagem através da grande propriedade detida pela nobreza local

    A governança municipal: os desafios da gestão local nas modernas democracias

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    Dissertação de mest., Administração e Desenvolvimento Regional, Faculdade de Economia, Univ.do Algarve, 2010A presente dissertação reporta-se à temática da participação dos cidadãos, por via da governança, no plano municipal. E dado que a governança municipal tem implícita a reinvenção das políticas municipais e as formas alternativas de participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão, as hipóteses identificadas no estudo tiveram como objectivo último estabelecer quais os mecanismos de participação dos cidadãos nos processos de decisão municipal e em que medida a participação destes influencia as decisões tomadas pelos detentores do poder municipal. O interesse desta investigação reside, pois, no facto de os municípios se assumirem, cada vez mais, como as pedras basilares da construção das modernas democracias. Nesse sentido, procuramos na presente dissertação respectivamente: i) Efectuar a análise teórica à literatura científica disponível e por nós identificada – respectivamente no âmbito da economia, direito e sociologia, e que se encontram referenciadas na bibliografia – que abordasse o tema da participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão ao nível da escala territorial objecto do estudo (o município), completando essa investigação com a análise da legislação tida como mais relevante no quadro normativo aplicável aos municípios; ii) Identificar as práticas de governança nos municípios algarvios, mediante a recolha de dados efectuada por questionário; iii) Analisar, de forma detalhada, o município louletano, não só através da análise da diversa documentação existente nos arquivos municipais, como recorrendo à realização de entrevistas. Para a abordagem ao tema, decidimos assentar todo o seu desenvolvimento no tríptico: “polity”, “policy” e “politics” e na sua articulação. Esta última, aliás, constitui o aspecto metodológico mais pertinente, na medida em que qualquer estratégia de desenvolvimento do que designamos por “nova governança”, só é concretizável, e logrará cumprir os objectivos estabelecidos, quando estes três pilares se reforçam mutuamente numa lógica de complementaridade e integração. O desenvolvimento da investigação, nestes moldes, permitiu-nos retirar aquela que, apesar de aparentemente óbvia, é, em síntese, a conclusão mais pertinente deste estudo, ou seja, a certeza de que não é possível chegar à governança por um único caminho. Outras conclusões que retiramos são, nomeadamente, a de que a governança não pode se pode construir ao arrepio da vontade dos diferentes actores. A governança municipal não tem um dono, nem acontece a uma só voz. A governança é um processo que se faz de avanços e recuos, que deve obedecer a um propósito único, ou seja, construirmos em conjunto uma sociedade mais justa, no respeito pela diferença, e alicerçada na democracia

    No "coração das terras": os sertões da capitania de Pernambuco e do reino de Angola: representações, conexões e trânsitos culturais no império português (1750-1808)

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    A expansão marítima, seguida pela expansão terrestre dos portugueses na África e América, propiciou, pela primeira vez na História, uma ligação entre os mais distantes sertões de um e outro continente. Embora em ritmos diferentes, concomitantemente, os colonizadores portugueses dirigiam-se tanto para o interior da África quanto para o interior da América portuguesa. Tratando-se especificamente do Reino de Angola (África portuguesa) e da Capitania de Pernambuco (América portuguesa), pessoas e culturas de duas sociedades coloniais em formação passaram a transitar de um lugar para o outro, tanto sofrendo mudanças quanto mantendo certas permanências em cada um dos lugares aonde chegavam. O objetivo geral deste trabalho é analisar as conexões existentes entre Pernambuco e Angola na passagem do século XVIII para o XIX, procurando mostrar que ambos mantiveram entre si profundas relações, e elas foram bem além das linhas costeiras dos respectivos territórios; ou seja, as relações abarcavam também (embora de forma menos intensa) os sertões: lugares distantes, de limites incertos, o interior, “o coração das terras”, situados às margens dos principais centros de poder de Pernambuco (Recife e Olinda) e Angola (Luanda e Benguela). Para este estudo, opta-se por seguir a linha da história sociocultural, que permite analisar a cultura material, as práticas, as representações e os trânsitos culturais entre diferentes povos, sociedades e indivíduos. Em termos metodológicos, adota-se a concepção da história conectada, que procura superar estudos comparativos tradicionais e analisa, a partir de um fio direto, as flexibilidades do espaço e as histórias paralelas entre distantes regiões. Desse modo, embora separados pela vastidão do Oceano Atlântico e por extensas faixas de terra dos continentes, os sertões de Pernambuco e de Angola conectavam-se a um espaço complementar pertencente ao Império Português; ABSTRACT: Portuguese maritime expansion, followed by land expansion in parts of Africa and Brazil, provided, for the first time in History, a link between “backwoods” from both sides of the Atlantic. Even though the dynamics were different, Portuguese colonizers settled at the same time in the African and Brazilian interior. From the Kingdom of Angola (Portuguese Africa) and the Captaincy of Pernambuco (Portuguese America), people and cultures of two colonial societies then in-the-making, began to transit from one place to the other. Needless to say, there were similarities and stark differences. In this work, I analyze the existing connections between Pernambuco and Angola at the turn of the 19th century. My aim is to demonstrate that both sides of the Atlantic maintained tight connections which went far beyond the coastal areas of Brazil and Angola, respectively. In other words, these ties also included, though to a lesser degree, the woodlands of both colonies. The Brazilian and Angolan wilderness were thus distant lands; they were endless. They were the interior; they were the “heart of the lands” situated at the edge of the main centers of power of Pernambuco (Recife and Olinda) and Angola (Luanda and Benguela). In this work, I have opted for a socio-cultural approach to History. This allowed me to analyze material culture as well as cultural practices, representations, and exchanges among different people, societies, and individuals. As for my methodological approach, I have adopted the notion of History as the connector whereby, instead of concentrating on traditional comparative analyses, I have followed a common thread connected by space fluidity and parallel histories between two distant regions. Even though separated by an Ocean and by a vast magnitude of land on both continents, the wilderness of Pernambuco and Angola were in turn connected to an ancillary space that belonged to the Portuguese Empire

    Mina do Sal

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    2015-11-20T21:50:04

    Mina do Sal

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