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    Designing wearable interfaces for blind people

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    Tese de mestrado, Engenharia Informática (Arquitectura, Sistemas e Redes de Computadores), Universidade de Lisboa, faculdade de Ciências, 2015Hoje em dia os dispositivos com ecrã táctil, estão cada vez mais onipresentes. Até recentemente, a maioria dos ecrãs sensíveis ao toque forneciam poucos recursos de acessibilidade para deficientes visuais, deixando-os inutilizáveis. Sendo uma tecnologia tão presente no nosso quotidiano, como em telemóveis e tablets. Estes dispositivos são cada vez mais essenciais para a nossa vida, uma vez que, guardam muita informação pessoal, por exemplo, o pagamento através carteiras eletrónicas. A falta de acessibilidade deste tipo de ecrãs devem-se ao facto de estas interfaces serem baseadas no que os utilizadores veem no ecrã e em tocar no conteúdo apresentado neste. Isso torna-se num grande problema quando uma pessoa deficiente visual tenta usar estas interfaces. No mercado existem algumas soluções mas são quase todas baseadas em retorno áudio. Esta solução não é a melhor quando se trata de informação pessoal que a pessoa deseja manter privada. Por exemplo quando um utilizador está num autocarro e recebe uma mensagem, esta é lida por um leitor de ecrã através das colunas do dispositivo. Esta solução é prejudicial para a privacidade do utilizador, pois todas a pessoas `a sua volta irão ouvir o conteúdo da mensagem. Uma solução para este problema, poderá ser a utilização de vibração e de teclas físicas, que retiram a necessidade da utilização de leitores de ecrã. Contudo, para a navegação em menus a problemática mantém-se. Uma maneira de resolver este problema é através da utilização de uma interface baseada em gestos. Este tipo de interface é uma forma flexível e intuitiva de interação com este dispositivos. Até hoje, muitas abordagens têm vindo a apresentar soluções, no entanto não resolvem todos os pontos referidos. De uma maneira ou de outra estas abordagens terão de ser complementadas com outros dispositivos. Guerreiro e colegas (2012), apresentaram um protótipo que possibilita a leitura texto através de vibração, mas todo o impacto de uma utilização no dia a dia não é tido em conta. Um outro estudo realizado por Myung-Chul Cho (2002) apresenta um par de luvas para escrita codificada pelo alfabeto Braile, contudo não é testado para uma utilização com integração de uma componente de leitura, sem ser o retorno áudio. Dois outros estudos destacam-se, relativamente à utilização de gestos para navegação no dispositivo. Ruiz (2011), efetuou uma elicitação de gestos no ar, no entanto, eles não incluem pessoas invisuais no estudo, o que poderá levar à exclusão de tais utilizadores. Outro estudo apresentado por Kane (2011), inclui pessoas invisuais e destina-se a interações com gestos mas exigindo contacto físico com os ecrãs tácteis. A abordagem apresentada neste estudo integra as melhores soluções apresentadas num único dispositivo. O nosso objectivo principal é tornar os dispositivos de telemóveis mais acessíveis a pessoas invisuais, de forma serem integrados no seu quotidiano. Para isso, desenvolvemos uma interface baseada num par de luvas. O utilizador pode usá-las e com elas ler e escrever mensagens e ainda fazer gestos para outras tarefas. Este par de luvas aproveita o conhecimento sobre Braille por parte dos utilizadores para ler e escrever informação textual. Para a característica de leitura instalámos seis motores de vibração nos dedos da luva, no dedo indicador, no dedo do meio e no dedo anelar, de ambas as mãos. Estes motores simulam a configuração das teclas de uma máquina de escrever Braille, por exemplo, a Perkins Brailler. Para a parte de escrita, instalámos botões de pressão na ponta destes mesmos dedos, sendo cada um representante de um ponto de uma célula de Braille. Para a detecção de gestos optámos por uma abordagem através de um acelerómetro. Este encontra-se colocado nas costas da mão da luva. Para uma melhor utilização a luva é composta por duas camadas, e desta forma é possível instalar todos os componente entre as duas camadas de tecido, permitindo ao utilizador calçar e descalçar as luvas sem se ter que preocupar com os componentes eletrónicos. A construção das luvas assim como todos os testes realizados tiveram a participação de um grupo de pessoas invisuais, alunos e professores, da Fundação Raquel e Martin Sain. Para avaliarmos o desempenho do nosso dispositivo por invisuais realizámos alguns teste de recepcão (leitura) e de envio de mensagens (escrita). No teste de leitura foi realizado com um grupo apenas de pessoas invisuais. O teste consistiu em, receber letras em Braille, onde o utilizador replicava as vibrações sentidas, com os botões das luvas. Para isso avaliámos as taxas de reconhecimento de caracteres. Obtivemos uma média de 31 %, embora estes resultados sejam altamente dependentes das habilidades dos utilizadores. No teste de escrita, foi pedido uma letra ao utilizador e este escrevia em braille utilizando as luvas. O desempenho nesta componente foi em média 74 % de taxa de precisão. A maioria dos erros durante este teste estão ligados a erros, onde a diferença entre a palavra inicial e a escrita pelo utilizador, é de apenas um dedo. Estes testes foram bastante reveladores, relativamente à possível utilização destas luvas por pessoas invisuais. Indicaram-nos que os utilizadores devem ser treinados previamente para serem maximizados os resultados, e que pode ser necessário um pouco de experiencia com o dispositivo. O reconhecimento de gestos permite ao utilizador executar várias tarefas com um smartphone, tais como, atender/rejeitar uma chamada e navegar em menus. Para avaliar que gestos os utilizadores invisuais e normovisuais sugerem para a execução de tarefas em smartphones, realizámos um estudo de elicitação. Este estudo consiste em pedir aos utilizadores que sugiram gestos para a realização de tarefas. Descobrimos que a maioria dos gestos inventados pelos participantes tendem a ser físicos, em contexto, discreto e simples, e que utilizam apenas um ´unico eixo espacial. Concluímos também que existe um consenso, entre utilizadores, para todas as tarefas propostas. Além disso, o estudo de elicitação revelou que as pessoas invisuais preferem gestos mais simples, opondo-se a uma preferência por gestos mais complexos por parte de pessoas normovisuais. Sendo este um dispositivo que necessita de treino para reconhecimento de gestos, procurámos saber qual o tipo de treino é mais indicado para a sua utilização. Com os resultados obtidos no estudo de elicitação, comparámos treinos dos utilizadores individuais, treinos entre as das populações (invisuais e normovisuais) e um treino com ambas as populações (global). Descobrimos que um treino personalizado, ou seja, feito pelo próprio utilizador, é muito mais eficaz que um treino da população e um treino global. O facto de o utilizador poder enviar e receber mensagens, sem estar dependente de vários dispositivos e/ou aplicações contorna, as tão levantadas, questões de privacidade. Com o mesmo dispositivo o utilizador pode, ainda, navegar nos menus do seu smartphone, através de gestos simples e intuitivos. Os nossos resultados sugerem que será possível a utilização de um dispositivo wearable, no seio da comunidade invisual. Com o crescimento exponencial do mercado wearable e o esforço que a comunidade académica está a colocar nas tecnologias de acessibilidade, ainda existe uma grande margem para melhorar. Com este projeto, espera-se que os dispositivos portáteis de apoio irão desempenhar um papel importante na integração social das pessoas com deficiência, criando com isto uma sociedade mais igualitária e justa.Nowadays touch screens are ubiquitous, present in almost all modern devices. Most touch screens provide few accessibility features for blind people, leaving them partly unusable. There are some solutions, based on audio feedback, that help blind people to use touch screens in their daily tasks. The problem with those solutions raises privacy issues, since the content on screen is transmitted through the device speakers. Also, these screen readers make the interaction slow, and they are not easy to use. The main goal of this project is to develop a new wearable interface that allows blind people to interact with smartphones. We developed a pair of gloves that is capable to recognise mid-air gestures, and also allows the input and output of text. To evaluate the usability of input and output, we conducted a user study to assess character recognition and writing performance. Character recognition rates were highly user-dependent, and writing performance showed some problems, mostly related to one-finger issues. Then, we conducted an elicitation study to assess what type of gestures blind and sighted people suggest. Sighted people suggested more complex gestures, compared with blind people. However, all the gestures tend to be physical, in-context, discrete and simple, and use only a single axis. We also found that a training based on the user’s gestures is better for recognition accuracy. Nevertheless, the input and output text components still require new approaches to improve users performance. Still, this wearable interface seems promising for simple actions that do not require cognitive load. Overall, our results suggest that we are on track to make possible blind people interact with mobile devices in daily life

    Survey of Eye-Free Text Entry Techniques of Touch Screen Mobile Devices Designed for Visually Impaired Users

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    Now a days touch screen mobiles are becoming more popular amongst sighted as well visually impaired people due to its simple interface and efficient interaction techniques. Most of the touch screen devices designed for visually impaired users based on screen readers, haptic and different user interface (UI).In this paper we present a critical review of different keypad layouts designed for visually impaired users and their effect on text entry speed. And try to list out key issues to extend accessibility and text entry rate of touch screen devices.Keywords: Text entry rate, touch screen mobile devices, visually impaired users

    The Graphical Access Challenge for People with Visual Impairments: Positions and Pathways Forward

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    Graphical access is one of the most pressing challenges for individuals who are blind or visually impaired. This chapter discusses some of the factors underlying the graphics access challenge, reviews prior approaches to addressing this long-standing information access barrier, and describes some promising new solutions. We specifically focus on touchscreen-based smart devices, a relatively new class of information access technologies, which our group believes represent an exemplary model of user-centered, needs-based design. We highlight both the challenges and the vast potential of these technologies for alleviating the graphics accessibility gap and share the latest results in this line of research. We close with recommendations on ideological shifts in mindset about how we approach solving this vexing access problem, which will complement both technological and perceptual advancements that are rapidly being uncovered through a growing research community in this domain

    Making Spatial Information Accessible on Touchscreens for Users who are Blind and Visually Impaired

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    Touchscreens have become a de facto standard of input for mobile devices as they most optimally use the limited input and output space that is imposed by their form factor. In recent years, people who are blind and visually impaired have been increasing their usage of smartphones and touchscreens. Although basic access is available, there are still many accessibility issues left to deal with in order to bring full inclusion to this population. One of the important challenges lies in accessing and creating of spatial information on touchscreens. The work presented here provides three new techniques, using three different modalities, for accessing spatial information on touchscreens. The first system makes geometry and diagram creation accessible on a touchscreen through the use of text-to-speech and gestural input. This first study is informed by a qualitative study of how people who are blind and visually impaired currently access and create graphs and diagrams. The second system makes directions through maps accessible using multiple vibration sensors without any sound or visual output. The third system investigates the use of binaural sound on a touchscreen to make various types of applications accessible such as physics simulations, astronomy, and video games

    Making Graphical Information Accessible Without Vision Using Touch-based Devices

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    Accessing graphical material such as graphs, figures, maps, and images is a major challenge for blind and visually impaired people. The traditional approaches that have addressed this issue have been plagued with various shortcomings (such as use of unintuitive sensory translation rules, prohibitive costs and limited portability), all hindering progress in reaching the blind and visually-impaired users. This thesis addresses aspects of these shortcomings, by designing and experimentally evaluating an intuitive approach —called a vibro-audio interface— for non-visual access to graphical material. The approach is based on commercially available touch-based devices (such as smartphones and tablets) where hand and finger movements over the display provide position and orientation cues by synchronously triggering vibration patterns, speech output and auditory cues, whenever an on-screen visual element is touched. Three human behavioral studies (Exp 1, 2, and 3) assessed usability of the vibro-audio interface by investigating whether its use leads to development of an accurate spatial representation of the graphical information being conveyed. Results demonstrated efficacy of the interface and importantly, showed that performance was functionally equivalent with that found using traditional hardcopy tactile graphics, which are the gold standard of non-visual graphical learning. One limitation of this approach is the limited screen real estate of commercial touch-screen devices. This means large and deep format graphics (e.g., maps) will not fit within the screen. Panning and zooming operations are traditional techniques to deal with this challenge but, performing these operations without vision (i.e., using touch) represents several computational challenges relating both to cognitive constraints of the user and technological constraints of the interface. To address these issues, two human behavioral experiments were conducted, that assessed the influence of panning (Exp 4) and zooming (Exp 5) operations in non-visual learning of graphical material and its related human factors. Results from experiments 4 and 5 indicated that the incorporation of panning and zooming operations enhances the non-visual learning process and leads to development of more accurate spatial representation. Together, this thesis demonstrates that the proposed approach —using a vibro-audio interface— is a viable multimodal solution for presenting dynamic graphical information to blind and visually-impaired persons and supporting development of accurate spatial representations of otherwise inaccessible graphical materials

    The Role of Haptics in Games

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