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Origens e metodologia do esforço do Exército face ao conflito no Ultramar (1961-74)
Em 1958, o Exército português, prevendo o despoletar do conflito no Ultramar, sentiu
necessidade de se preparar para uma actuação de contra-subversão.
O presente trabalho pretende dar resposta à questão central:
- quais as origens e a metodologia do esforço que o Exército Português desenvolveu na
elaboração da sua doutrina de contra-subversão para fazer face aos desenvolvimentos
que já se previam para o Ultramar português ?
Para fazer face à manobra de subversão, o Exército desenvolveu, à custa da sua própria
experiência, uma doutrina de contra-subversão materializada no Manual “O Exército na
Guerra Subversiva”.
Das missões das forças militares definidas neste Manual ressaltam dois aspectos
caracterizadores da concepção e emprego da doutrina portuguesa de contra-subversão:
- a acção psicossocial e;
- a colaboração e integração entre as estruturas militares e civis a todos os níveis.
Relativamente à primeira, “a conquista da população” foi eleita como o objectivo principal
a atingir na medida em que é esta o centro de gravidade de uma guerra subversiva.
Quanto à segunda, era claramente definido na doutrina que a luta contra a subversão não
podia ser levada a bom termo só pelas forças militares, exigindo, pelo contrário, uma
convergência de esforços em todos os campos – político, social, económico, etc.
Já quanto ao processo de desenvolvimento da doutrina importa destacar:
- a atitude precavida de enviar oficiais para acções de formação em países com experiência
recente em conflitos subversivos;
- o aproveitamento do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) para a elaboração de
estudos e trabalhos que estiveram directamente na base do desenvolvimento da doutrina;
- a criação do Centro Instrução Operações Especiais (CIOE), enquanto centro de instrução
especialmente vocacionado para a contra-guerrilha e;
- os ensinamentos colhidos durante cerca de dois anos de campanha no Norte de Angola.
Em resumo, a doutrina de contra-subversão desenvolvida para o efeito revelou-se
adequada às características do conflito, permitindo a um país com a dimensão de Portugal
conduzir simultaneamente três campanhas de contra-subversão em colónias
significativamente distantes do território continental.
Relativamente à primeira, “a conquista da população” foi eleita como o objectivo principal
a atingir na medida em que é esta o centro de gravidade de uma guerra subversiva.
Quanto à segunda, era claramente definido na doutrina que a luta contra a subversão não
podia ser levada a bom termo só pelas forças militares, exigindo, pelo contrário, uma
convergência de esforços em todos os campos – político, social, económico, etc.
Já quanto ao processo de desenvolvimento da doutrina importa destacar:
- a atitude precavida de enviar oficiais para acções de formação em países com experiência
recente em conflitos subversivos;
- o aproveitamento do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) para a elaboração de
estudos e trabalhos que estiveram directamente na base do desenvolvimento da doutrina;
- a criação do Centro Instrução Operações Especiais (CIOE), enquanto centro de instrução
especialmente vocacionado para a contra-guerrilha e;
- os ensinamentos colhidos durante cerca de dois anos de campanha no Norte de Angola.
Em resumo, a doutrina de contra-subversão desenvolvida para o efeito revelou-se
adequada às características do conflito, permitindo a um país com a dimensão de Portugal
conduzir simultaneamente três campanhas de contra-subversão em colónias
significativamente distantes do território continental
Contra-retratos: a subversão do grão fotográfico
O presente artigo propõe-se elencar os motivos mais recorrentes da prática lúdica retratística das últimas décadas do séc. XIX e das primeiras do séc. XX e pensá-los à luz do conceito de jogo (Caillois, 1958), e da noção de montagem (Benjamin, 2012b, 1991, 1989). Outrora difundidos nos postais ilustrados, na imprensa, nos manuais de fotografia amadora e nos álbuns familiares, e hoje expostos no museu e recuperados no ciberespaço, os retratos lúdicos da viragem do século, aqui agrupados sob a designação de fotografia recreativa, eram praticados por fotógrafos amadores em contexto doméstico, mas também por fotógrafos comerciais em estúdio, feiras populares e parques de diversão (Chéroux, 1998, 2005). Permitindo restabelecer a dupla pertença da fotografia ao mundo mágico do espetáculo e ao mundo técnico da ciência (Gunning, 1995), os contra-retratos exibem um particular encontro do humano com a técnica, avariando o meio fotográfico, na medida em que fazem do seu dispositivo reprodutivo um dispositivo recreativo, e convertem a fixação do tempo passado num animado passatempo, que esconjura qualquer jogo triste.The following essay aims to list the most common themes for the practice of trick portrait photography in the last decades of the 19th century and the first decades of the 20th century. It aims also to reason them in the light of the concept of play (Caillois, 1958), and the notion of montage (Benjamin, 2012, 1991, 1989). Once diffused in illustrated postcards, in the press, in the amateur photography manuals and in the family albums, nowadays displayed in the museum and recuperated in the cyberspace, the playful portraits from the turn of the century, here grouped under the designation of recreational photography, were produced by amateur photographers in a domestic context, but also by commercial photographers in studio, in popular fairs and amusement parks (Chéroux, 1998, 2005). Allowing the reestablishment of the double belonging of photography to the magical world of the spectacle and the technological world of science, these counter-portraits exhibit a peculiar encounter of the human with the technique, breaking down the photographic automatism, as they turn its reproduction device into a recreational one, and they convert the fixation of time into an animated pastime, which exorcise any mourning play.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Contributos nacionais
Neste estudo intitulado "Descrição do fenómeno subversivo na actualidade. A estratégia da contra-subversão. Contributos nacionais" foi empregue uma multi-metodologia, e definido um modelo de análise holístico, que depois aplicámos ao caso português, para podermos encontrar resposta à questão fundamental: Qual a contribuição portuguesa para uma estratégia contra-subversiva na actualidade? Este estudo está organizado em três partes distintas contudo interrelacionadas. Na primeira parte, descrevemos o fenómeno da subversão e a sua evolução na actualidade, os seus móbiles e tipologias; na segunda parte, a temática centra-se na resposta a ser equacionada aos diferentes níveis de modo a fazer face à subversão. Por último, na terceira parte, efectuamos o estudo de caso de Portugal numa longa luta contra-subversiva, para, à luz dessa experiência histórica e de recente actuação em missões de paz, se conseguirem identificar os contributos nacionais para uma estratégia global de contra-subversão na actualidade. Como conclusão foram identificados doze contributos nacionais para a manobra contra-subversiva na actualidade. Abstract: The title of our study is - "The phenomenon of insurgency in the present days - a description. The srtategy ofcounter-insurgency. National contribution". We used a holistic and multimethodologic aproach that was later applied to find an answer to the following funfamental subject: Which werethe Portuguese contributions for astrategy of counter-insugency in the present days?" The present study is organized in three different though interconnected chapters. The first chapter concerns the phenomenon of insurgency and its evolution in the present, its causes and typologies; the second chapter focuses upon the answer that should be set out at different levels in order to face insurgency. The third and last chapter analyses the case study of Portugal in the midst of a long counter-insurgency campaign so that, bearing that historical experience in mind as well as the recent operations in peace missions, it will be possible to identify the national contributions for aglobal strategy of counter-insurgency in the present. As a conclusio, we identified twelve national contributions for that global strategy
Contributos para a compreensão e enquadramento actual.
Numa sociedade cada vez mais global, as questões de segurança e desenvolvimento
aparecem no topo das agendas político-diplomáticas. Em simultâneo, e com a presença de
novos actores não-estatais, os Estados perderam a hegemonia na condução da guerra,
obrigando estes últimos a combater “novas” ameaças. Estes Estados, por vezes integrados
no seio de organizações internacionais, recorrem aos seus instrumentos do poder para
combater tais ameaças, quer sejam levados pela prossecução dos seus interesses, quer
sejam pressionados pela comunidade internacional.
A guerra convencional, na qual se pretende subjugar as vontades dos outros às
nossas, através da conquista do terreno e da destruição do inimigo, têm dado recentemente
lugar a guerras não convencionais1, onde o fenómeno subversivo2 assume um papel de
destaque. Actualmente este fenómeno tem sido dado a conhecer ao mundo com uma nova
designação, a de “insurgency”, obrigando os Estados a envolver as suas Forças Armadas
numa tipologia de guerra diferente daquela para as quais estavam preparadas,
especialmente no período da Guerra-Fria.
Estas mudanças súbitas no modo de condução da guerra obrigaram os Estados, e
em especial as suas Forças Armadas, a revisitar o passado. Aos “velhos” manuais
doutrinários sobre subversão foi-lhe retirado o pó acumulado durante anos, para serem de
novo lidos por políticos, estrategas e comandantes militares. Neste revisitar do passado,
seja ele conceptual e/ou doutrinário, os chefes militares viram-se obrigados a reorganizar
as Forças Armadas, dotando-as de treino e equipamento específico, de modo a ser possível
desenhar as operações militares onde a conquista da população (mentes e corações) passa a
ser o centro de gravidade.
No complexo ambiente operacional misturam-se conceitos relacionados com a
condução da guerra irregular. Assim, é neste contexto que surge este trabalho de
investigação, no qual se pretende dar a conhecer novos e velhos conceitos, de modo a
compreende-los, nomeadamente os conceitos de Subversão e “Insurgência”. “Porém, tal
só será possível com uma análise detalhada de diferentes ambientes operacionais, de modo
a se obter um enquadramento actual destes conceitos. Contudo, este trabalho ficaria
incompleto se apenas se cingisse à compreensão e enquadramento actual destes conceitos. Uma mais valia a que se propõe este trabalho vai de encontro ao modo como a doutrina
portuguesa de contra-subversão poderá contribuir para a doutrina NATO de “Counter-
Insurgency Operations”, que se encontra numa fase de estudo e elaboração.
Como resultado da investigação foi possível verificar que não é possível comparar
directamente os conceitos de “Subversão” e “Insurgência”, pelo facto deste último não
existir no léxico nacional. Porém, propusemo-nos substituir este pelo conceito de guerra
insurreccional, que consideramos ser semelhante ao de “insurgency”, destacando ainda o
facto deste poder fazer uso da subversão para atingir os seus objectivos.
Analisados os diferentes ambientes operacionais em estudo e estabelecida uma
relação entre os conceitos, conclui-se que a doutrina nacional sobre contra-subversão
poderá constituir-se numa mais valia para a elaboração futura da doutrina NATO, embora
necessite de algumas actualizações ao nível conceptual e doutrinário. Abstract: In an increasing global society, matters of security and development are at the top
of political and diplomatic agendas. Simultaneously, due to the relevance achieved by nonstate
actors, states have lost their hegemony in the conduct of the war, forcing them to fight
"new" emerging threats. These states, often integrated in international organizations, use
their instruments of power to fight these threats, whether driven by the pursuit of their
interests, whether under pressure from the international community.
Conventional war, which seeks to subjugate the will of others to our own through
the conquest of the land and the destruction of the enemy, has recently given rise to nonconventional
wars, where the phenomenon of the subversive role has gained prominence.
Today this phenomenon has been known to the world with a new name, the insurgency,
requiring states to involve the armed forces on a different kind of war other than the one
that they’ve been prepared for, especially in the period of the Cold War.
These sudden changes in the way of conducting the war forced the States, and in
particular their armies, to revisit the past. "Old" doctrinal manuals on subversion were
removed the dust accumulated for years, to be read by politicians, strategists and military
commanders again. Revisiting the past, whether in a conceptual and / or doctrinaire way,
military commanders have been forced to reorganize the armed forces, providing them
with training and specific equipment to be possible to design military operations where the
center of gravity is the population, by conquering of their minds and hearts.
In this complex operational environment concepts related to the conduct of
irregular warfare mix up. Thus, it appears in this context that this research work, which
aims to discover new and old concepts in order to understand them, particularly the ones of
insurgency and subversion. But this will only be possible with a detailed analysis of
different operational environments in order to obtain a framework of current concepts.
However, this work would be incomplete if it only leaned on the current framework of
understanding these concepts. The value of this work will lie on the way that Portuguese
doctrine of counter-subversion can contribute to NATO’s doctrine of counter-insurgency
operations, which is on a phase of study and preparation.
As an outcome of the investigation we were able to verify that you may not directly
compare the concepts of subversion and insurgency because the latter does not exist in the
Portuguese lexicon. However, we propose to replace this by the concept of “guerra insurreccional”, that we consider being similar to the one of insurgency, highlighting the
fact that this still makes use of subversion to achieve their objectives.
Once the different operational environments are studied and a relationship between
concepts is established, it is concluded that the Portuguese counter-subversion doctrine
would add value to NATO’s future doctrine development, even if it shows the need of
minor conceptual and doctrinal level updates
Apoio aéreo nas operações de contra-subversão
O presente Trabalho de Investigação Aplicada está subordinado ao tema “Apoio
Aéreo nas Operações de Contrassubversão”.
O desenvolvimento tecnológico alterou o paradigma da guerra, passando de guerra
clássica ou convencional para guerra irregular. Os beligerantes dos conflitos deixaram de ser
exércitos convencionais e passaram a ser milícias, grupos criminosos e organizações
terroristas. O foco de atuação é redirecionado para a população em vez de componente
militar do Estado opositor.
Os elementos das forças irregulares provocam elevadas baixas nas tropas terrestres.
Para reduzir esse número de baixas, existe uma ferramenta eficaz ao dispor das forças
terrestres, apoio aéreo.
O Teatro de Operações do Afeganistão envolveu vários Países na luta contra a
insurgência, implicando uso de diferentes meios e táticas para combater a ameaça. Com esta
investigação, pretende-se enunciar o papel do apoio aéreo nas operações de
contrainsurgência no Afeganistão.
A presente investigação é baseada no método de abordagem do problema indutivo,
tendo como estudo de caso o Teatro de Operações do Afeganistão.
Com esta investigação conclui-se, que o apoio aéreo desempenha papel fundamental
no apoio à manobra terrestre. É uma ferramenta versátil e tem um tempo de resposta
reduzido. Pode ser utilizado nas operações ofensivas e para garantir proteção da força nos
deslocamentos. Por fim, o apoio aéreo é um elemento relevante nas operações psicológicas,
uma vez que, basta a sua presença para intimidar o inimigo.This final work is entitled "Air Support in Counter-Subversion Operations".
Technological development has changed the paradigm of war, from classical or
conventional warfare to irregular warfare. Conventional armies are no longer belligerents of
the conflicts, it became militias, criminal groups and terrorist organizations. The focus is
redirected to population rather than military component of the opposing state.
Elements of irregular forces cause high casualties in ground troops. To reduce the number
of casualties, there is an effective tool available to the ground forces, air support.
The Theater of Operations Afghanistan, involved several countries in the fight
against insurgency, involving the use of different means and tactics to combat the threat.
With this research, aims to spell out the role of air support in counterinsurgency operations
in Afghanistan.
This research is based on inductive method, with the case study Theatre of Operations
Afghanistan.
With this research we conclude that air support plays a key role in supporting ground
maneuver. It is a versatile tool and has a reduced response time. It can be used in offensive
operations and to ensure force protection. Finally, air support is an important element in
psychological operations, since, just his presence could intimidate the enemy
O emprego dos carros de combate nos Teatros de Operaçõesde Contra-subversão Estudo de caso Israel: 1982-2009
O presente Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada expõe a investigação intitulada “O emprego dos Carros de Combate nos Teatros de Operações de Contra-subversão. Estudo de Caso: Israel, 1982-2009”. Como guia da investigação foi definido o objetivo geral, “identificar de que forma os Carros de Combate foram empregues nos Teatro de Operações de Contra-subversão por parte de Israel entre 1982 e 2009”. A parte textual do relatório contém a Introdução, o Enquadramento Teórico, a Metodologia, a Apresentação, Análise e Discussão de Resultados, as Conclusões e as Referências Bibliográficas, para além de todos os elementos da parte pré e pós-textual que formam a totalidade do relatório. De maneira a garantir o caráter científico da investigação, foi adotado o método de abordagem indutivo e utilizada uma estratégia de investigação qualitativa que teve a análise documental e o inquérito por entrevista como técnicas de recolha de dados. Os resultados foram apresentados, analisados, discutidos e expostos, nas conclusões, sob a forma de resposta às questões de investigação levantadas. Ao longo da investigação foi analisado o emprego dos Carros de Combate, por parte das Forças de Defesa de Israel, em três teatros de operações de contra-subversão específicos, no período de 1982 a 2009. Foi analisado o emprego na Operação Paz na Galileia de 1982, durante a Primeira Guerra do Líbano, contra a Organização para a Libertação da Palestina; na Segunda Guerra do Líbano de 2006, contra o Hezbollah; e na Operação Chumbo Endurecido de 2008, na Faixa de Gaza, contra o Hamas. Os Carros de Combate foram empregues em terrenos variados, tanto montanhosos como em áreas urbanizadas, contra inimigos assimétricos, tanto mal preparados e equipados como altamente treinados e com armamento avançado, proveniente de apoios externos. Foram utilizados para abrir brechas, destruir edifícios, responder a ataques de snipers, para proteger colunas logísticas, para evacuar feridos da linha da frente, em operações noturnas e em apoio à Infantaria. As vulnerabilidades foram colmatadas através de treinos específicos e em coordenação com outras armas. A mobilidade protegida e o elevado poder de fogo foram a prova de que o seu emprego permanece essencial
O fenómeno subversivo na actualidade : contributos para o seu estudo
Neste estudo foi utilizada uma perspectiva
holística e pluridisciplinar no sentido de alcançar
a resposta a uma questão fundamental:
“como pode este fenómeno ser caracterizado e
apresentado?” tendo sido organizado em quatro
partes. A primeira diz respeito ao fenómeno
da subversão e às suas características
no presente; a segunda parte foca as suas causas
e a terceira tenta identificar algumas tipologias
possíveis. Por fim, identifica-se e sistematiza-
-se as premissas que seguem o fenómeno da
subversão
Jihadismo global : a (in)coerência de uma estratégia de subversão?
O objectivo deste estudo passa por perceber as
linhas estratégicas do movimento jihadista, e de
que forma os acontecimentos subsequentes ao 11
de Setembro de 2001 influenciaram o percurso
dessas linhas. Assumindo a incoerência e des‑
continuidade estratégica do Jihadismo Global,
procurar‑se‑á identificar as causas externas e
internas que levam (ou levaram) a essa impossi‑
bilidade no campo estratégico. Perante este último
ponto analisar‑se‑á a maneira como o movimento
tem tentado ultrapassar essa lacuna, sobretudo
no que diz respeito às formas organizativas,
doutrina de combate, e operacionalização da
acção subversiva
O bem contra o mal : a imagem do exilado argentino na grande imprensa no início da democracia
Em 1976 a Argentina viu o início de um tempo de pesadelo em sua história. A entrada dos militares no poder1 significou a ampliação da violência que já vinha sendo utilizada pelo Estado no governo de Isabel de Perón e, para muitos argentinos, consolidou o exílio como única forma de livrar-se das garras da repressão.
No exterior, a grande massa de desterrados do país do Cone Sul canalizou a dor da perda da pátria natal para a denúncia das violações de direitos humanos que vinham sendo sistematicamente cometidas pelos militares de seu país, tornando-se assim uma grande pedra no caminho dos mandatários argentinos.
Para os militares era preciso combater as denúncias perpetradas pelos exilados, impedindo que a imagem das Forças Armadas fosse maculada perante a sociedade argentina, além de lutar para que não houvesse condenações internacionais ao regime e suas metodologias. Dessa forma, desde o início, os desterrados tornaram-se alvo de denúncias fomentadas pelas Juntas: tratavam-se de “guerrilheiros fugidos” que, derrotados internamente, buscaram refúgio no exterior de onde iniciaram uma “campanha antiargentina”.Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales (IdIHCS
A nova estratégia americana para o Afeganistão e a manobra contra-subversiva $econtinuidade ou mudança?
Este artigo pretende analisar o impacto do
designado Plano Obama, anunciado em 27 de
Março de 2009, na manobra contra-subversiva
adoptada pelas forças internacionais no Afeganistão.
Procura-se reflectir sobre o que mudou
na forma de fazer a guerra em resultado da
implementação daquele Plano. Será que a nova
estratégia introduziu alterações no paradigma
do combate contra-subversivo resultando numa
abordagem mais sofi sticada de fazer a guerra? No domínio conceptual, dedica-se especial atenção ao esclarecimento das diferenças entre a manobra socioeconómica e o conceito de reconstrução e desenvolvimento, identificando aquilo que os
separa e as consequências práticas de interpretações erradas daqueles conceitos.
Também se analisam os resultados que a presente arquitectura organizacional teve na forma de relacionamento entre as diferentes organizações internacionais presentes no país. No que respeita à manobra política, abordaremos os aspectos relacionados com os modos de actuação, as soluções políticas e os modos de as atingir. Finalmente, analisaremos a Manobra Militar e os aspectos da Manobra Psicológica associados às questões das Comunicações Estratégicas
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