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    Alcoolismo juvenil

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    Actualmente, o abuso do álcool tem alcançado proporções massivas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, e está associado a uma série de consequências adversas, das quais o alcoolismo é apenas uma pequena parte, ainda que seja a de maior relevância do ponto de vista clínico. O problema do alcoolismo transformou-se sem dúvida, num dos fenómenos sociais mais generalizados das últimas décadas. Não há dúvida que “sans alcool, pas d’alcoolismo” (LEGRDIN cit in MELLO et al, 1988, p. 16), sendo portanto o tóxico “etanol” o agente da doença alcoólica. Todavia não podemos ignorar que existem factores individuais relacionados com o meio, que condicionam o consumo excessivo de álcool, levando ou não, à dependência, ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de todo este fenómeno de alcoolismo. CORREIA (2002) afirma que as bebidas destiladas ganham cada vez mais adeptos na camada jovem. Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontramo-nos motivados a partilhar algumas preocupações e tentar ser agentes de mudanças de comportamentos dos nossos jovens

    Representações dos alcoólicos e seus familiares sobre o alcoolismo: a experiência da Associação Reapreender a Viver, Bragança

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    A presente comunicação tem como objectivos: (1) dar conhecimento da problemática do alcoolismo no âmbito das actividades desenvolvidas pela Associação “Reaprender a Viver” em Bragança; (2) abordar e reflectir sobre as representações do alcoolismo pelos alcoólicos e seus familiares. A metodologia empregue centra-se no registo e acompanhamento individual de utentes, dos seus familiares, bem como da informação mais detalhada e profunda resultante da realização de reuniões semanais dos técnicos da associação com um grupo de alcoólicos. O enquadramento teórico baseia-se na abordagem interaccionista, valorizando, em larga medida, o contexto social, cultural e económico dos utentes, enfatizando as simbologias e linguagens próprias. Deste trabalho emergem duas ideias principais. A primeira é a de que o alcoolismo tanto pode aparecer na forma de patologia isolada ou na forma ligada a outras problemáticas sociais. A segunda é a de que não há uma percepção da problemática do alcoolismo em si mesma, mas antes é representada sempre como causa-efeito de outras problemáticas, facto que tende a desculpabilizar e desresponsabilizar alcoólicos e seus familiares

    Alcoolismo e violência doméstica : investigação de variantes genéticas em genes da família do citocromo P450

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    Dissertação de mestrado em Biologia Celular e Molecular, apresentada ao Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de CoimbraO alcoolismo é um grave problema de saúde pública global, com implicações a nível social e económico. O consumo excessivo de álcool está associado à violência doméstica, que à semelhança do alcoolismo representa um problema social e de saúde pública igualmente preocupante na actualidade. A dependência alcóolica é uma doença complexa e multifactorial, que resulta de interacções gene-gene e gene-ambiente, com uma hereditariedade estimada entre 40- 60%. A identificação de factores genéticos associados ao alcoolismo poderá eventualmente ter um impacto determinante na diminuição do número de casos de violência doméstica. Várias evidências têm implicado as enzimas metabolizadoras do etanol, nomeadamente do sistema enzimático do citocromo P450 (CYP450), na fisiopatologia do alcoolismo. Em particular a enzima CYP2E1, o principal componente do sistema microssomal hepático de oxidação do etanol (MEOS) no fígado, é responsável por cerca de 10% da metabolização total do etanol e, simultaneamente, pode ser induzida pelo consumo do mesmo. A enzima CYP1A2, que desempenha também funções ao nível do metabolismo do álcool, é altamente indutível pelo fumo do cigarro, podendo ser importante na interacção entre estas duas dependências que estão frequentementes associadas. Face às evidências, o estudo de variantes genéticas nas enzimas da família CYP450 poderá contribuir para o preenchimento da lacuna existente nesta área de investigação e, por outro lado, responder a algumas questões no âmbito da genética do alcoolismo, com eventuais repercussões na violência doméstica. Assim, neste trabalho investigou-se a associação entre os polimorfismos nos genes CYP2E1 (−1053C>T) e CYP1A2 (C734A) com o alcoolismo e/ou violência doméstica numa amostra de doentes da população Portuguesa bem caracterizada clinicamente, com e sem historial de violência doméstica. No que se refere ao gene CYP2E1, os resultados obtidos não revelaram associação entre o polimorfismo −1053C>T e o alcoolismo na totalidade da amostra estudada. Na estratificação da amostra por género também não se observaram diferenças estatisticamente significativas, quer para o sexo feminino quer para o sexo masculino, quando comparadas com a amostra controlo. Além disso, com o intuito de se identificar genes de susceptibilidade que predispõem indivíduos alcoólicos para a violência doméstica, analisou-se o polimorfismo −1053C>T no gene CYP2E1, numa amostra dedoentes alcoólicos com e sem historial de violência doméstica, e os resultados obtidos não demonstraram associação entre o polimorfismo mencionado e a violência doméstica. Estes resultados no seu conjunto, parecem sugerir que o polimorfismo −1053C>T do gene CYP2E1 não desempenha um papel major na etiologia do alcoolismo e/ou da violência doméstica. Em relação ao gene CYP1A2, a análise da distribuição dos genótipos obtidos para a amostra total não revelou associação entre o polimorfismo C734A e o alcoolismo, apesar de se verificar uma ligeira tendência de associação (χ2= 5,244; df = 2; p = 0,073). A análise da distribuição alélica detectou diferenças estatisticamente significativas entre a amostra de doentes alcoólicos e os controlos (χ2= 4,197; df = 1; p = 0,040). Por outro lado, não se obteve associação entre o polimorfismo C734A do gene CYP1A2 e o alcoolismo na amostra estratificada por género, e também ao comparar a amostra de doentes alcoólicos com e sem historial de violência doméstica. Apesar dos resultados obtidos carecerem de replicação em diferentes populações mundiais, os mesmos sugerem que o polimorfismo C734A poderá ser um factor de risco para a dependência alcoólica na população Portuguesa. No que se refere à violência doméstica, os resultados permitem inferir que o polimorfismo C734A do gene CYP1A2 não está directamente envolvido na violência doméstica. Face aos resultados obtidos, e uma vez que este estudo é pioneiro na investigação do gene CYP1A2 na etiologia do alcoolismo, espera-se que o conhecimento adquirido possa contribuir, no futuro, para a prevenção, aplicação de terapêuticas individualizadas aos doentes alcoólicos e detecção precoce de indivíduos de risco, que no seu conjunto poderão conduzir a uma diminuição do número de vítimas

    Recaída em alcoólicos: causas e consequências

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    Esta comunicação surge na continuidade da comunicação apresentada ao II Congresso de Saúde, Cultura e Sociedade realizado em 2006. Nessa altura, através da experiência da Associação Reaprender a Viver (ARV), discutimos as causas e consequências do co-alcoolismo nos hábitos de consumo alcoólico. Propusemos um modelo explicativo do alcoolismo, no contexto da realidade Transmontana, no qual eram factores responsáveis o contexto sócio-cultural e económico, a prática de outras dependências, uma autonomização mal conseguida e a ausência de uma resposta preventiva e terapêutica eficaz. Na presente comunicação discutiremos as causas e consequências da recaída após tratamento. A partir da experiência de um ano de trabalho com alcoólicos da ARV, no qual tentamos levar em consideração o modelo explicativo então apresentado, e enquadrado conceptualmente pelo modelo de recaída proposto por Marlatt & Gordon (1985), apresentaremos um caso de estudo que, por um lado, revela a complexidade do modelo explicativo do alcoolismo e, por outro lado, escapa ao modelo de recaída proposto

    Alcoolismo entre jovens indígenas

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    Artigo no Congresso Nacional de Psicologia EscolarO suicídio e o alcoolismo são as moléstias mais evidentes entre indígenas do Paraná.Rede CEDES; CNP

    Alcoolismo

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    A aceitação social, a falta de prevenção e as publicidades enganosas são as principais fontes que explicam o por quê da quantidade de pessoas que abusam do álcool. A falta de conscientização e desconhecimento dos efeitos de ingerir álcool de forma descontrolada, leva a que muitos jovens e mulheres grávidas se transformem em um grupo de risco, susceptíveis de cair nas redes da doença do alcoolismo1 . A isto tudo podemos somar o vazio que gera em torno das pessoas que sofrem desta doença. O problema com os jovens, e sobretudo com os adolescentes, é o alto grau de violência que o excesso de álcool ocasiona neles, assim como também a quantidade de acidentes de trânsito que se produzem quando eles se encontram em tal grau de alteração. Às vezes costuma acontecer, também, que um adolescente beba até chegar a limites2 perigosos. No caso das mulheres em período de gestação, o abuso do álcool nas primeiras semanas de gravidez pode produzir uma formação defeituosa no feto. Um outro grupo de risco são os desempregados e aqueles trabalhadores denominados “não qualificados”, pois eles se dedicam ao consumo de bebida alcóolica em excesso como conseqüência das condições sociais nas quais estão obrigados a viver. Existem dois fatores importantíssimos que alimentam o consumo de álcool: a legislação3 e a marginalidade4 . O álcool é uma droga a mais, e em alguns casos, é muito mais fácil de ser conseguido do que outros elementos nocivos para a saúde. Por causa disso, algumas pessoas marginalizadas, de classes humildes e de baixos recursos intelectuais e culturais, tentam esquecer os seus problemas e prejuízos sociais na bebida, que resulta muito mais barata e fácil conseguir que outro tipo de droga

    Estudo Comparado entre Alcoólicos e Não Alcoólicos: sintomas psicopatológicos: amostra brasileira

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    Os sintomas psicológicos nos indivíduos consumidores de álcool é o tema investigado neste trabalho, que se dedicou a analisar as diferenças entre grupos de indivíduos alcoólicos e não alcoólicos homens e mulheres. A oportunidade desta investigação se originou no trabalho de psicologia clínica com pacientes alcoólicos e, principalmente, frente às carências bibliográficas no mercado sobre o assunto. O presente trabalho, buscou, portanto, investigar-se, a partir das hipóteses, a intensidade de problemas psicológicos e sintomas psicopatológicos em sujeitos alcoólicos de ambos os sexos. Para tal, foram realizadas entrevistas orientadas para a aplicação do instrumento. O instrumento utilizado na pesquisa foi o SCL 90-R (Symptom Check List 90 - Revised) (DEROGATIS, 1983) que se propõe a medir a intensidade dos sintomas, especificamente em casos de alcoolismo, sendo este instrumento validado no Brasil (LALONI, 2001). Os sintomas psicológicos avaliados foram: Psicose, Relações Interpessoais, Ansiedade, Ideação Paranóide, Hostilidade, Depressão, Fobia e Obsessivo Compulsivo. A população investigada abrangeu pessoas não consumidoras de álcool da comunidade e pessoas alcoólicas pertencentes aos AA (Alcoólicos Anônimos). Os dois grupos pertencem à Região Metropolitana de Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A comparação foi abrangente em relação aos aspectos de gênero, pois além de comparar o grupo de alcoólicos e não alcoólicos verificou as relações de gênero, analisando as diferenças entre o grupo de homens e mulheres alcoólicos e não alcoólicos. Os resultados encontrados demonstram que os alcoólicos são mais sintomáticos que os não alcoólicos e as mulheres apresentam-se em relação aos sintomas avaliados com médias mais altas que os homens. Os alcoólicos homens e mulheres não diferem de forma estatisticamente significativa em seus sintomas psicológicos. Da mesma forma homens e mulheres não alcoólicos não diferem em seus sintomas psicológicos. / The subject of this research concerns about psychological symptoms on alcohol consuming individuals, analyzing the differences between groups of alcoholic and non alcoholic individuals, men and women. This investigation arose from the psychological clinic work with alcoholic patients in face of the lack of literature about this subject. Based on the hypothesis we investigated the intensity of psychological problems and psychopathological symptoms in alcoholic individuals of both sexes. We also evaluated the presence and intensity of psychological problems and psychopathological symptoms in non alcoholic individuals of both sexes. For this research we performed interviews oriented to the application of the instrument. The instrument employed in the research was SCL 90-R (Symptom Check List 90 - Revised) (DEROGATIS, 1983) which measures the intensity of the symptoms. The instrument was validated in Brazil (LALONI, 2001) and is specific to evaluate symptoms in case of alcoholism. The psychological symptoms we evaluated were: Psychosis, Interpersonal Relations, Anxiety, Paranoid Ideation, Hostility, Depression, Phobia, and Obsessive Compulsive. The population investigated is formed by non alcohol consuming people and alcoholics belonging to the Anonymous Alcoholics (AA). Both groups are from the Metropolitan Region of Porto Alegre in the southern sate of Rio Grande do Sul, Brazil. The comparison was comprehensive regarding the aspects of gender, since besides comparing the group of alcoholics and non alcoholics, it compared alcoholic men and women among themselves, and non alcoholic men and women as well. The results that were found demonstrate that alcoholics are more symptomatic than non alcoholics and women, regarding the evaluated symptoms, present themselves with higher averages than men. Alcoholic men and women do not expressively differ in their psychological symptoms, as non alcoholic men and women do not expressively differ in their psychological symptoms as well

    Versión reducida de la escala de actitudes frente al alcohol, alcoholismo y al alcohólico: resultados preliminares

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    Este estudo teve como objetivo analisar os itens da Escala de Atitudes frente ao Álcool, ao Alcoolismo e ao Alcoolista, a fim de elaborar uma versão reduzida, mantendo as propriedades psicométricas do instrumento. Em sua versão preliminar, a escala foi constituída por 165 itens, sendo aplicada a uma amostra de 144 estudantes de enfermagem. O processo de avaliação dos itens deu-se pela análise da correlação do item total e a confiabilidade do instrumento foi estimada pelo coeficiente alfa de Crombach. Os resultados obtidos indicaram a permanência de 83 itens, divididos em cinco fatores que apresentaram valores satisfatórios nos diferentes coeficientes de consistência interna. Concluiu-se que o resultado do estudo abre perspectivas para novas pesquisas, com a necessidade de ampliação da amostra com vistas a dar continuidade ao processo de validação da Escala de Atitudes frente ao Álcool, ao Alcoolismo e ao Alcoolista entre profissionais da saúde.This study aimed to analyze the items of the Scale of Attitudes toward Alcohol, alcoholism and alcoholics in order to prepare a reduced version keeping the instrument's psychometric properties. The preliminary version of the Scale composed by 165 items was tested in a sample with 144 nursing student. The evaluation process of the items consisted of the total-item coefficient correlation and reliability of the instrument was estimated by Cronbach's alpha coefficient. Results indicate the permanence of 83 items, divided into five factors that showed satisfactory values in the different coefficients of internal consistency. Further studies are needed with larger samples in order to give continuity to the process of scale validation among health professionals.Este estudio objetivó analizar los ítems de la Escala de Actitudes frente al Alcohol, al Alcoholismo y al Alcohólico, a fin de elaborar una versión reducida manteniendo las propiedades psicométricas del instrumento. En su versión preliminar, la escala se constituyó de 165 ítems, aplicándose a muestra de 144 estudiantes de enfermería. El proceso de evaluación de ítems se realizó por análisis de correlación de ítem total; la confiabilidad del instrumento se estimó por coeficiente alfa de Crombach. Los resultados obtenidos indicaron la permanencia de 83 ítems, divididos en cinco factores que presentaron valores satisfactorios en los diferentes coeficientes de consistencia interna. Se concluyó en que el resultado del estudio abre perspectivas para nuevas investigaciones, con necesidad de ampliación de la muestra, a fin de dar continuidad al proceso de validación de Escala de Actitudes frente al Alcohol, al Alcoholismo y al Alcohólico entre profesionales de la salud

    Crianças filhas de pais alcoólicos: prevenção de comportamentos de risco

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    As crianças filhas de pais alcoólicos têm sido referidas como tendo maior predisposição ao desenvolvimento de proble- mas emocionais e comportamentais. Este estudo teve como objetivo principal avaliar comparativamente crianças filhas de pais alcoólicos e crianças filhas de pais não alcoólicos. A amostra foi de 20 crianças, filhas de pais alcoólicos e 20 crianças, filhas de pais não alcoólicos, com idades compreen- didas entre os 4 e os 6 anos, a frequentar o jardim de infância. Cada grupo foi formado por 10 meninos e 10 meninas. Utilizamos os seguimentos instrumentos: entrevista semiestruturada, observação participante, teste desenho da figura humana e escala comportamental infantil A2 de Rutter. Na análise dos resultados, as crianças filhas de pais alcoólicos apresentaram diferenças estatisticamente significativas no aspeto emocional e comportamental, nomeadamente, revelaram: maior timidez, insegurança e baixa autoestima. Segundo a opinião das mães, as crianças filhas de pais alcoólicos são mais impacientes, mais irritadas, mais agitadas, mais desobedientes e revelam maior dependência. As meninas filhas de pais alcoólicos apresenta- ram mais problemas emocionais e de comportamento que as meninas filhas de não alcoólicos. Neste trabalho, as meninas revelaram-se com maior grau de vulnerabilidades que os meni- nos nos domínios emocional e comportamental.The children of alcoholic parents have been reported to have greater predisposition to develop emotional and behavioral problems. The present study aimed to comparatively evaluate children of alcoholics and children of without alcohol. The sample of 20 children of alcoholics and 20 children of without alcohol aged 8 and 9 years, attending primary school. Each group consisted of 10 boys and 10 girls. We use segments instruments; Human Figure Drawing Test and Behavioural Scale Rutter. In analysing the results, children of without alcohol as showed statistically significant differences in emotional and behavioural aspects. They showed shyness, insecurity and low self-esteem. According to the mothers, showed impatience, irritation, restlessness, disobedience and dependence. Girls whose parents are alcoholics showed more emotional and behavioural problems than girls daughters of non-alcoholics. In this work the girls have proved more vulnerable than boys on emotional and behavioural domains.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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