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Modulation of glutamat AMPA receptors by adenosine, in physiological and hypoxic/ischemic conditions
Tese de doutoramento, Ciências Biomédicas (Neurociências), Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2011Most of the fast excitatory transmission in the brain is conveyed by
ionotropic glutamate a-amino-3-hydroxy-5-methyl-4-
isoxazolepropionic acid (AMPA) receptors, formed by tetrameric
assemblies of different subunit (GluR1-GluR4) composition.
Modulation of AMPA receptors enables profound changes in synaptic
efficiency, underlying the maturation of neuronal networks throughout
development and plasticity, but also glutamate-mediated excitotoxicity.
Accurate tuning of AMPA function can be attained by subunit
phosphorylation, affecting channel properties and receptor trafficking
rates. Accordingly, activation of noradrenergic and dopaminergic
metabotropic receptors positively modulates AMPA receptor function
through increased PKA activity and GluR1 phosphorylation, an effect
restricted to brain areas targeted by pathways relying on these
neurotransmitters. In contrast, adenosine is ubiquitously present
throughout the nervous system, being released by glia and neurons or
derived from the extracellular catabolism of adenine nucleotides. The
present work thus aimed at evaluating the modulation of postsynaptic
AMPA receptors by high-affinity, G-coupled A1 and A2A adenosine
receptors and its implications for long term potentiation (LTP), widely
perceived as the cellular correlate for memory formation (chapter 5.1).
The involvement of A2A (chapter 5.2) and A1 (chapter 5.3) receptormediated
tuning of glutamatergic transmission was further addressed in
excitotoxicity conditions. Exogenous activation of A2A receptors by 2-
[4-(2-p-carboxyethyl)phenylamino]-50-N-ethylcarboxamidoadenosine
(CGS21680) was found to significantly facilitate AMPA-evoked
currents in CA1 pyramidal neurons, by a postsynaptic PKA-dependent
mechanism leading to increased GluR1 membrane expression. The functional impact of this modulation was evidenced by LTP facilitation
at the CA3-CA1 synapse, following brief CGS21680 application.
Moreover, endogenous A2A receptor activation was required for
ischemia-induced facilitation of glutamatergic transmission, revealing a
conserved regulatory mechanism between both forms of plasticity,
which may be of interest for functional recovery (through circuit
rewiring) from stroke. Additionally, results suggests that some (OSM),
but not all (LIF) immunoregulatory cytokines of the IL-6 family can
exert neuroprotection from hypoxia through upregulation of A1
receptors, to tone down synaptic transmission and consequently, energy
expenditure.Os receptores ionotrópicos para o glutamato do tipo AMPA são
responsáveis por mediar grande parte da transmissão excitatória rápida
que tem lugar no sistema nervoso central. Estes receptores são
constituídos por tetrâmeros, contendo diferentes combinações de
subunidades (GluR1-GluR4) e a sua regulação é responsável por
consideráveis alterações na eficiência da transmissão sináptica,
inerentes à maturação de redes neuronais ao longo do desenvolvimento
bem como a fenómenos de plasticidade. Contudo, os receptores AMPA
são também moléculas-chave em situações de excitotoxicidade
mediada por glutamato. Tanto a alteração da composição do tetrâmero,
como variações no estado de fosforilação das suas subunidades,
constituem mecanismos que permitem uma regulação eficaz da função
destes receptores. De facto, há evidência de que à activação de
receptores metabotrópicos para a dopamina ou noradrenalina se associa
um aumento de função AMPA, através de um aumento na actividade da
PKA e consequente exarcebamento do estado de fosforilação de
subunidades GluR1. No entanto, este tipo de regulação da função
AMPA encontra-se necessariamente restrito às áreas cerebrais que
recebem inervação dopaminérgica ou noradrenérgica. O mesmo não
acontece com a modulação pela adenosina, cuja presença é ubíqua no
sistema nervoso, uma vez que pode ser libertada por células da glia e
neurónios, através de locus pré-, pós- e não- sinápticos. Além disso, o
catabolismo de nucleótidos de adenina, co-libertados com diferentes
neurotransmissores, representa uma fonte de adenosina extracelular
adicional. O trabalho experimental de que trata a presente tese teve
assim como objectivo investigar uma possível modulação da
componente AMPA pós-sináptica, através da activação dos receptores de alta afinidade para a adenosina, do tipo A1 e A2A. Foram ainda
abordadas as implicações deste mecanismo de regulação para o
estabelecimento de potenciação a longo prazo (LTP) da eficiência
sináptica, a qual é encarada como o substrato celular para a formação
de novas memórias (capítulo 5.1). A ocorrência de uma possível
modulação da transmissão glutamatérgica pelos receptores A2A
(capítulo 5.2) e A1 (capítulo 5.3) em situações de excitotoxicidade foi
estudada através da aplicação de modelos de isquémia e hipóxia. A
grande maioria do trabalho experimental foi realizado em células
piramidais da área CA1 do hipocampo, que representa uma população
neuronal particularmente propensa a expressar alterações de eficiência
sináptica de acordo com os níveis de actividade, mas que é também
especialmente susceptível a morte por excitotoxicidade, após isquémia.
As observações mais relevantes descritas na presente tese dizem
respeito à facilitação significativa de correntes evocadas por ejecção de
AMPA (correntes AMPA), observada após activação dos receptores
A2A com um agonista selectivo (CGS 21680). Esta facilitação teve
expressão por meio de um mecanismo dependente de PKA, mas não de
síntese proteica, tendo sido reproduzida pela perfusão de um activador
da adenilato ciclase (forskolina). Além disso, as acções do agonista A2A
não foram afectadas aquando do bloqueio simultâneo dos receptores
GABAA, NMDA e canais de sódio dependentes da voltagem, pelo que
nenhum dos últimos parece desempenhar um papel na mesma. É ainda
possível concluir que o efeito do agonista A2A terá um locus de
expressão pós-sináptico, na medida em que se manteve, mesmo em
condições de bloqueio do disparo de potenciais de acção.
Efectivamente, observou-se que a perfusão de CGS 21680 conduziu a um aumento na amplitude de correntes pós-sinápticas excitatórias
espontâneas, o que sugere um acréscimo na capacidade de resposta
(pós-sináptica) ao glutamato libertado. É sabido que a fosforilação pela
PKA de subunidades GluR1 aumenta a probabilidade de abertura de
receptores AMPA, além do que leva a um aumento do seu tráfego (em
receptores que contenham subunidades GluR1) para porções extrasinápticas
da membrana. Desta forma, quando se avaliou a expressão
destas subunidades ao nível da membrana, verificou-se que tanto a
expressão total, como a de subunidades fosforiladas se encontrava
aumentada após tratamento com o agonista A2A. A relevância deste
acréscimo na expressão membranar de receptores AMPA traduziu-se
numa facilitação da LTP entre neurónios das zonas CA3 e CA1, após
um curto tratamento com CGS 21680. Além disso, a modulação
endógena da componente AMPA pós-sináptica revelou-se necessária à
expressão de LTP, já que a última se encontrou francamente diminuída
em situações de bloqueio dos receptores A2A. Face aos resultados
obtidos na primeira parte deste trabalho, é pois possível inferir que, em
condições de aumento súbito da adenosina extracelular proporcionadas
por um exarcebamento da actividade neuronal, a activação de
receptores A2A, facilita a fosforilação pela PKA de subunidades GluR1
– aumentando a disponibilidade de receptores nas reservas
membranares a partir das quais estes são recrutados para a sinapse,
permitindo reforçar a transmissão sináptica.
A exposição a períodos transitórios de hipóxia ou isquémia é suficiente
para induzir um aumento mantido na eficiência sináptica que partilha
muitos dos mecanismos inerentes à expressão de LTP, incluindo um
ganho de função pela componente AMPA pós-sináptica. Com o objectivo de investigar a contribuição por uma possível
modulação pelos receptores A2A da transmissão glutamatérgica para
esta forma de plasticidade, compararam-se os efeitos de breves insultos
isquémicos, na presença e na ausência (controlo) de um antagonista
selectivo dos receptores A2A da adenosina (SCH 58261). A sujeição ao
episódio isquémico transitório começou por anular a transmissão
sináptica, a qual recuperou após reoxigenação, progressivamente, até
valores acima dos valores iniciais de referência. Estas observações
validam portanto o recurso a este tipo de insulto isquémico transitório
para o estudo de formas de plasticidade induzidas por isquémia. Para
além disso, observou-se que esta facilitação da transmissão
glutamatérgica era completamente perdida, aquando da inclusão de
espermina na solução intracelular (com acesso ao compartimento
citosólico), o que sugere que requererá a activação de receptores
AMPA permeáveis ao cálcio (bloqueados por espermina intracelular).
Estes resultados revelam assim mais um mecanismo comum à chamada
“LTP induzida por isquémia” e à sua correspondente fisiológica (LTP),
a qual depende também da inserção sináptica, transitória, de receptores
AMPA permeáveis ao cálcio. Quando o insulto isquémico foi realizado
na presença de um antagonista A2A, tão pouco se observou uma
facilitação da transmissão glutamatérgica após isquémia. Estes dados
são consistentes com um envolvimento endógeno dos receptores A2A
nesta forma de plasticidade, à semelhança da contribuição que têm para
a expressão de LTP. A recuperação da transmissão sináptica em
condições de bloqueio dos receptores A2A manteve-se inalterada na
presença de espermina intracelular, sugerindo o recrutamento de um
mecanismo comum, em ambos os casos (bloqueio dos receptores
AMPA permeáveis ao cálcio e bloqueio dos receptores A2A). Para uma melhor compreensão dos mecanismos inerentes a este tipo de
plasticidade, será necessária uma avaliação do intervalo de tempo pelo
qual os receptores AMPA permeáveis ao cálcio permanecem na
sinapse, bem como testar directamente a hipótese de que os receptores
A2A modulem a inserção de receptores AMPA permeáveis ao cálcio.
Ainda assim, esta segunda parte do presente trabalho tem o mérito de
revelar um (novo) mecanismo comum a duas formas de plasticidade
consideradas completamente distintas até recentemente, colocando em
evidência um envolvimento relevante dos receptores A2A nas alterações
da eficiência sináptica desencadeadas por isquémia.
É desde há muito reconhecido o potencial neuroprotector que a
activação de receptores A1 da adenosina oferece contra insultos de
hipóxia e/ou isquémia, ainda que a aplicação terapêutica de agonistas
A1 se encontre muito dificultada pela ocorrência de graves efeitos
secundários. É plausível que a administração de moléculas capazes de
modular a função destes receptores possa oferecer uma alternativa
viável ao uso de agonistas A1. De facto, esta aplicação foi recentemente
sugerida para a interleucina 6 (IL-6), capaz de proteger neurónios de
dano por excitotoxicidade, através de um aumento nos níveis de
receptores A1 e um consequente aumento da sua sensibilidade ao tónus
adenosinérgico. Com o objectivo de avaliar se esta acção seria
extensível a outros membros da mesma família de interleucinas,
analisaram-se os efeitos do tratamento com oncostatina (OSM) e factor
inibidor de leucemia (LIF) sobre a modulação da transmissão
glutamatérgica dependente de receptores A1. Após tratamento com
OSM, mas não com LIF, observou-se uma potenciação da inbição das
respostas sinápticas glutamatérgicas induzida por perfusão de um agonista selectivo de receptores A1 (CPA), o que é consistente com um
ganho de função destes receptores. A relevância desta interacção para
uma situação de modulação da transmissão sináptica aquando de um
insulto excitotóxico, reflectiu-se numa maior inibição da transmissão
glutamatérgica, dependente da activação de receptores A1, após
sujeição a um episódio hipóxico transitório. Estes dados funcionais
corroboram os resultados de colaboradores, que mostram que apenas o
tratamento com OSM consegue aumentar os níveis de proteína e
mRNA correspondentes ao receptor A1. No seu conjunto, os resultados
sugerem que o acréscimo de função dos receptores A1 da adenosina é
necessário à neuroprotecção exercida pelas citocinas IL-6 e OSM, mas
não para a protecção mediada por LIF. No entanto, a pleiotropia de
efeitos conhecida para esta família de interleucinas, bem como o tipo
de protocolo usado para testar o seu envolvimento na neuroprotecção
contra hipóxia (pré-tratamento), tornam prematura qualquer sugestão
do seu uso como potenciais agentes terapêuticos.
Do presente trabalho emerge desta forma a noção da modulação de
receptores A1 como mecanismo redundante capaz de conferir
propriedades de neuroprotecção a citocinas imunorreguladoras. Por
outro lado e através da activação de receptors A2A, com consequente
ganho de função AMPA, este trabalho mostrou como a adenosina é
capaz de modular a plasticidade sináptica, o que se poderá revelar de
particular interesse no estabelecimento de novos contactos sinápticos
que ocorre em resposta a insultos isquémicos.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, SFRH/BD/27761/2006
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In this work we present the design and technology development for an integrated butt-coupled membrane laser in the IMOS (Indium Phosphide Membrane On Silicon) platform . Laser is expected to have a small footprint (less than 50 µm 2 ), 1 mA threshold current and a direct modulation frequency of 10 GHz
Annual Report of the Board of Regents of the Smithsonian Institution, showing the operations, expenditures, and condition of the Institution to July, 1889
Annual Report of the Smithsonian Institution. 1 July. HMO 224 (pts. 1 and 2), 51-1, v20-21. 18llp. [2779-2780] Research related to the American India