1,246 research outputs found
Um desenho teórico-metodológico para compreender a produção noticiosa sobre saúde
Este é um Capítulo de natureza teórico-metodológica, que tem como propósito discutir o
plano de abordagem ao real que foi concebido organizado para compreender, e em alguns casos verificar,
as perspetivas teóricas enunciadas nos Capítulos 1, 2 e 3 desta publicação e que constituem,
na sua interseção, a problemática enunciada pelo projeto “A Doença em Notícia”. Tratou‑se de uma
metodologia em triangulação, que envolveu a criação de instrumentos e de processos de categorização
que permitiram avaliar a produção noticiosa da imprensa sobre a saúde e da doença. Para além da
descrição e justificação das técnicas adotadas, debate‑se as suas limitações e as consequências que
trazem, ou podem trazer, para a análise.FCT (PTDC/CCI-COM/103886/2008
Comunicação informal nas organizações : um estudo de caso em I&D
Comunicação apresentada ao VII ALAIC – Congreso Latinoemericano de Investigadores de la Comunicación, La Plata – Buenos Aires, Argentina, 11 a 16 de Outubro de 2004.As vantagens da comunicação informal nas organizações residem no melhor desempenho de tarefas, mas também num nível mais pessoal, o do apoio social, traduzido em laços de amizade ou relações de aconselhamento. Esta dinâmica é determinante para os profissionais de I&D, uma actividade que assenta na partilha de conhecimento, na discussão de resultados e na avaliação de pares, processos que implicam trocas comunicativas, frequentemente informais, e um conceito de comunidade que extravasa as fronteiras das instituições. Para descrever estes contactos num Centro de Investigação, recorremos à análise de rede, salientando o papel do “gatekeeper tecnológico”
Reflexão sobre a necessidade de um novo paradigma para o ensino do Jornalismo: o caso da Universidade de Columbia
A reflexão que se pretende desenvolver no âmbito desta comunicação parte de um pressuposto e de uma inquietação: importa saber até que ponto os paradigmas de ensino e formação em jornalismo que temos tomado por referência têm capacidade de integrar as mudanças que têm ocorrido no campo jornalístico. Da nossa perspectiva, responder a esta questão implica, entre outras iniciativas, a realização de um debate alargado, centrado na discussão daquilo que deve ser ensinado aos estudantes de jornalismo e porquê. Defendemos a posição de que este debate, nestes moldes, não se realizou até hoje em Portugal e que a reestruturação dos projectos de ensino no âmbito do “processo de Bolonha” poderia ter sido, e não foi, uma oportunidade para discutir o ensino do jornalismo. Ilustramos a nossa argumentação com a apresentação do “caso Bollinger”, como um exemplo de um processo de debate público que, com as devidas reservas, poderia ser realizado no contexto português, sob determinadas condições
Formação em jornalismo e mercado de trabalho : questões e dúvidas de uma relação inevitável
[Introdução] A Mesa-Redonda em que se inscreve esta breve Comunicação trata “A relação entre formação em jornalismo e mercado de trabalho”, enquanto uma variável a ter em conta quando se aborda o tema deste Seminário: “Jornalismo: Mudanças na profissão, mudanças na formação”. De entre as várias perspectivas possíveis, escolhemos incidir em algumas questões e dúvidas que julgamos ser pertinente considerar quando se equaciona esta relação, que julgamos inevitável, num cenário de profundas mudanças em ambos os campos: na formação e no mercado de trabalho.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT
A ponte mais vista do País: o que se disse da cobertura jornalística da queda da ponte de Entre-os-Rios
Comunicação apresentada ao II Congresso Ibérico de Ciências da Comunicação, Covilhã, 23 e 24 de Abril de 2004.Se é nas sociedades democráticas, assentes em valores como a liberdade e o pluralismo, que se verificam as condições para o exercício do jornalismo, são os mesmos princípios democráticos que fazem com que o trabalho dos jornalistas também possa, e deva, ser discutido, por jornalistas, cidadãos e detentores de órgãos de poder público, nos e pelos próprios órgãos de comunicação social. Esta é uma prática que se quer contínua e integrante do processo de produção jornalística, mas que emerge com mais força e acutilância em situações específicas, quando se trata de avaliar a cobertura de certos acontecimentos, particularmente aqueles que são imprevistos, implicam os poderes públicos e acarretam graves consequências, como a morte: o caso da queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, é disso um exemplo. O acompanhamento jornalístico deste acontecimento suscitou diversas críticas, algumas até bastante violentas, por parte de diferentes interlocutores, levando até à emissão de um comunicado por parte do Sindicato dos Jornalistas.
Nesta comunicação, propomo-nos dar conta das principais ideias do debate que então se verificou, identificando e caracterizando os argumentos que contribuíram para a problematização das práticas jornalísticas. Teremos como ponto de partida os materiais publicados pelos media (imprensa escrita) sobre esta questão, em particular, as análises, comentários, tomadas de posição e opiniões que argumentam sobre o caso. Este trabalho está integrado numa investigação mais vasta, desenvolvida no âmbito do projecto Mediascópio, do Núcleo de Estudos em Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho.Fundação para a Ciência e Tecnologia - POCTI/COM/41888/2001)
O erro médico na imprensa portuguesa: histórias de morte com uma só vítima
A abordagem mediática da saúde permite, em termos gerais, cumprir
a necessidade de “reduzir a incerteza acerca dos assuntos de saúde, ao
agregar informações que nos ajudam a fazer melhores escolhas acerca da
forma como devemos responder aos acontecimentos do dia-a-dia” (Wright,
Sparks & O’Hair, 2013, p. 210). A forma como esses assuntos são mediatizados
(ou seja, o tratamento jornalístico que lhes é dado) tem implicações
na forma como o público os apreende e (re)constrói. Esta é uma perspetiva
que encara o Jornalismo como parte de um processo de “construção social
da realidade” (Neveu, 2005, p. 103), no sentido em que este tem a capacidade
de marcar a agenda do debate público e toma-a em consideração, ao
decidir o que vai ser notícia
O papel do Gatekeeper na comunicação informal das organizações : um estudo de caso em I&D
As vantagens da comunicação informal nas organizações residem num melhor desempenho de tarefas, mas também se encontram a num nível mais pessoal, o do apoio social, traduzido em laços de amizade ou relações de aconselhamento. Esta dinâmica é determinante para os profissionais de I&D, uma actividade que assenta na partilha de conhecimento, na discussão de resultados e na avaliação de pares, processos que implicam trocas comunicativas, frequentemente informais, e um conceito de comunidade que extravasa as fronteiras das instituições. Para descrever estes contactos num Centro de Investigação, recorremos à análise de rede, salientando o papel do “gatekeeper tecnológico” , enquanto actor fundamental deste processo.The development of informal communication in organisations allows the enhancement of performance as well as, at a personnel level, the reinforcement of social support, translated in bonds of friendship and advisement. This is a crucial dinamics for R&D professionals, since this is a job that depends on sharing knowledge, discussing results and peer review, activities that imply actions of communication, most times informal, and a concept of community that surpasses organisational borders. To describe the exchanges that take place in a R&D department, we applied network analysis, focusing on the concept of “technological gatekeeper”, as a key actor in this process.En las organizaciones, las ventajes de la comunicación informal resíden en un mejor cumplimiento de tareas, pero también se encontrán a un nível más personal, el del apoio social, traducido en la amistad u en las relaciones de enseñanza. Esta dinámica es determinante para los profesionales de I&D, una actividad que asenta en la partición de conocimiento, en la discusión de los resultados y en la avaliación de los pares, procesos que implican permutas comunicativas, muchas veces informales, y un concepto de comunidad que extravasa las fronteras de las instituciones. A fin de describir estos contactos en un Centro de Investigación, recurrimos al análisis de la red, salientando el papel del “gatekeeper tecnológico”, actor fundamental de todo el proceso
Lusocom: estudo das políticas de comunicação e discursos no espaço lusófono
Comunicação apresentada à International Communication Section da Conferência Científica da International Association for Media Communication Research (IAMCR) Scientific Conference, Porto Alegre, 2004.Lusophony is the highly intricate construct we intend to interrogate. It is a geo-linguistic space, that is, dispersed regions, countries and societies whose official language is Portuguese (Angola, Brazil, Cape Verde, East-Timor, Guinea Bissau, Portugal, S. Tomé and Príncipe). It is also a sentiment, a memory of a common past, a shared culture and history. In addition to its symbolic patrimony, Lusophony integrates institutions attempting to expand the Portuguese language and inter-related forms of cultural expressions.
The project «Lusocom: a Study of Communications policies and discourses in the Lusophone Space» is about communications and the media; social representation, memory and identity; language policy and discourses. From the Communications Sciences perspective, the Lusophone Space seems to be a promising (though volatile) research object. In an increasingly globalised world, the Lusophone Space, in general, and CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – Community of Portuguese Speaking Countries), in particular, have the potential to contribute to the development of alternative (and necessarily more complex) perspectives on the role media communications policies and discourses have played in the construction/reconstruction of the Lusophone identity and on how a common language might change the way «difference» is perceived. Furthermore, it can shed some light on contradictory globalising trends.
In order to try to accomplish this project, we have divided it into three inter-related tasks. The first one is «Networks in the Lusophone Space: Policies, Production and Distribution». Based on Political Economy, International Relations and Political Science, we intend to map the national and supra-national communications structures of these dispersed regions and we plan to examine the main media production centres and distribution flows. This infrastructural examination is fundamental to the concomitant analysis of media consumption in this space. Departing from Social Psychology and Cultural Studies, the task named «Social representations and identity Levels», aims to assess the relevance of representations and social stereotypes in the media for the development and reconfiguration of the Lusophone identity, taking into particular consideration the cultural and ethnic diversities of these geographically dispersed societies. The gradual results of the third task, «Language Policy and Discourses in the Lusophone Space: Uncertain Relations», will have an all encompassing effect in the development of the two previous tasks. This sub-project, informed by Cultural Studies, Social Semiotics, Speech Analysis and Linguistics, will problematise Lusophony as a discourse and as a «cosa mentale».
We believe that the Lusophone construct in its diversity will help us to demonstrate that solidarities resulting from a common language and from the miscegenation of memories and traditions have very concrete social, political and economic consequences.A Lusofonia é uma construção extraordinariamente complexa. É um espaço geo-linguístico, ou seja, um conjunto de regiões, países e sociedades dispersas, cuja língua oficial é o Português (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste). É também um sentimento, a memória de um passado comum, uma cultura e uma história partilhadas. Para além do património simbólico, a Lusofonia integra instituições cujo objectivo é a expansão da língua portuguesa. O projecto “Lusocom: estudo das políticas de comunicação e discursos no espaço lusófono” trata da comunicação e dos media; da representação social, memória e identidade; e das políticas da língua e discursos. Da perspectiva das Ciências da Comunicação, o Espaço Lusófono parece ser um objecto de investigação prometedor (embora volátil). Num mundo cada vez mais globalizado, o Espaço Lusófono, em geral, e a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), em particular, têm o potencial para contribuir para o desenvolvimento de perspectivas alternativas (e necessariamente mais complexas) sobre o papel que os discursos e as políticas de comunicação para os media têm desempenhado na construção/reconstrução da identidade Lusófona e sobre a forma como uma língua comum poderá mudar a forma como a "diferença" é percebida. O projecto, de que damos conta nesa comunicação, é composto por três tarefas inter-relacionadas. A primeira chama-se "Redes no Espaço Lusófono: Políticas, Produção e Distribuição". Tendo por referência a Economia Política, as Relações Internacionais e a Ciência Política, pretende-se mapear as estruturas de comunicação, nacionais e supra-nacionais, destas regiões e investigar os principais centros de produção e fluxos de distribuição de produtos mediáticos. Partindo da Psicologia Social e dos Estudos Culturais, a tarefa "Representações sociais e níveis de identidade" pretende aferir a relevância das representações e dos estereótipos sociais veiculados pelos media para o desenvolvimento e reconfiguração da identidade Lusófona, dando especial atenção à diversidade cultural e étnica destas sociedades geograficamente dispersas. Os resultados graduais da terceira tarefa, "Políticas da Língua e Discursos no Espaço Lusófono: Relações Incertas" terão um efeito transversal no desenvolvimento das tarefas anteriores. Este sub-projecto, enquadrado pelos Estudos Culturais, pela Semiótica Social, pela Análise do Discurso e pela Linguística, problematiza a Lusofonia enquanto discurso e "cosa mentale".
Acreditamos que a construção da Lusofonia na sua diversidade ajudar-nos-á a demonstrar que as solidariedades resultantes de uma língua comum e da miscigenação de memórias e tradições têm consequências sociais, políticas e económicas muito concretas
Media policy network in Portugal: a case study approach
Comunicação apresentada na Secção de Economia Política da 23.ª Conferência da International Association for Media and Communication Research (IAMCR), Barcelona, 21-26 Julho 2002.In the media policy arena, there are multiple (often conflicting) perspectives and political outcome reflects different pressures and opinions. Contending groups develop strategies and bargain to see their interests served. Notwithstanding the diversity and complexity of the policy-making literature, we will try to assess the utility of the policy network concept in an attempt to shed some light into the conception/implementation of media policy in Portugal. Whist analysing the eventual relevance of the policy network approach, we will consider two distinct political periods: the social democrats majority rule, from 1987 to 1995, and the socialist mandates, from 1995 to 2002
Does journalism education make a difference?
Do journalism students read newspapers? Are they aware of what is happening around the world and in their own countries? Keeping track of current affairs and their developments is one of their concerns? Do they use the media to do it? If yes, how do they interpret and value the news? What’s their opinion about journalism? How do they value journalism as a profession? Is journalism students’ behavior different from other students, when it comes to using the media? If not, should it be? Should journalism education programs include these dimensions as part of their curricula? Do habits and uses of media differ along the way? Do journalism education programs make a difference?
These are some of the concerns that we face as journalism teachers, having to create and develop programs, curricula and strategies for journalism education. Although we were convinced that the products of media and current affairs should be brought to class, also as an item for students’ evaluation, we felt the need to gather empirical data to test and improve our teaching methods. That’s how we first came up with the idea for a survey about students’ habits of media use, back in the year 2000. Since then, we have been developing a research in the form of a case study at University of Minho. So far, we have implemented the first part of the survey, an exploratory study, which enabled us to gather and analyze data about graduation students’ habits and representations, from 2001 to 2005, and to test the instrument we created (questionnaire)
- …