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    O contributo das humanidades para o ensino do jornalismo

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    Durante décadas, uma considerável parte da discussão sobre o ensino do Jornalismo em Portugal focou-se, sobretudo, em aspetos que diziam respeito, por um lado, à antítese prática / teoria e, por outro lado, à necessidade de adaptação tecnológica dos curricula, a fim de responderem à acelerada mudança das tecnologias da informação e da comunicação. Neste artigo, defende-se o valor das Humanidades na formação dos jornalistas, atendendo aos desafios que atualmente se colocam à profissão. Ora, uma formação universitária em Jornalismo tem de estar preparada para conseguir precisamente dotar os estudantes de um conjunto de saberes e competências que lhes permitam respeitar as questões éticas e deontológicas inerentes à profissão; perceber que o mundo multicultural, multilinguístico e, sobretudo, multimédia, implica novos desafios éticos e realidades mais complexas que exigem uma estrutura de pensamento mais sólida e, sobretudo, a capacidade de pensar e resolver problemas mais complexos e sensíveis.For decades, a considerable part of the discussion on the journalism education in Portugal focused mainly on aspects that concerned, on the one hand, the antithesis practice / theory and, on the other hand, the need for technological adaptation of curricula, in order to respond to the rapid change of information and communication technologies. In this article, we defend the value of the humanities in the training of journalists, in view of the challenges that the profession currently faces. Now a university education in journalism must be prepared to provide students with a set of knowledge and skills to meet the ethical issues inherent to the profession; realize that the multicultural world, multilingual and, above all, multimedia, involves new ethical challenges and more complex realities that require a more solid structure of thought and, above all, the ability to think and solve most complex and sensitive issues

    História e Jornalismo: a narrativa como ética

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    Como apresentar Raposão sem cair na tentação descritiva? Reflexão sobre a construção de um verbete de dicionário

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    https://thekeep.eiu.edu/herbarium_specimens_byname/17501/thumbnail.jp

    Narrativas digitais no jornalismo: a interatividade encenada

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    Desde o advento da WEB2.0, o Jornalismo tem sofrido profundas alterações a vários níveis. Nesta comunicação, as autoras propõem-se focar a atenção nas mudanças retórico-textuais, patentes no aparecimento de novos suportes que têm permitido novos modelos de texto e novas formas de reportar. Com base numa análise caso, que tem como corpus um conjunto de cinco reportagens interativas, publicadas entre abril e setembro de 2015, e anunciadas pela SIC como inovadoras, pretende-se problematizar as transformações narrativas no Jornalismo, decorrentes do advento da hipertextualidade digital. Se é já sabido, como bem o tentou demonstrar João Canavilhas há uma década, que a tradicional superestrutura da notícia – a pirâmide invertida – foi progressivamente substituída no jornalismo online pela “pirâmide deitada” (CANAVILHAS, 2006 e 2007); se os estudos narrativos têm admitido, nos últimos anos, a necessidade de uma reconfiguração dos seus aparelhos analíticos e teóricos, em função da produção e consumo de narrativas hipertextuais (LITS, 2014; RYAN, 2001); se, como certos autores revelam, o jornalismo tem sido preenchido pela atividade do storytelling digital (ALEXANDER, 2011; RYAN, 2006) cremos, apesar de tudo, não ter sido ainda claramente demonstrado em que medida as narrativas jornalísticas, de facto, se alteraram. Tentar-se-á, por agora, através do estudo de caso, perceber em que medida a interatividade anunciada com entusiasmo pela SIC se concretiza nessas reportagens. Para o efeito, parte-se do conceito de interatividade, como reconhecida propriedade hipertextual, para questionar a sua prática nas reportagens do webjornalismo

    COMO APRESENTAR RAPOSÃO SEM CAIR NA TENTAÇÃO DESCRITIVA? REFLEXÃO SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM VERBETE DE DICIONÁRIO

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    Este texto resulta de uma apresentação feita num Seminário do Projeto Figuras da Ficção, no âmbito do Centro de Literatura Portuguesa, resultando de um repto lançado pelo coordenador do projeto, Carlos Reis, que propôs ao grupo de investigação uma reflexão sobre o processo de construção dos verbetes do Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa, a ser publicado em breve em versão digital. Assim, discute-se o processo de construção do verbete sobre Teodorico Raposo, protagonista de A Relíquia, tentando assinalar os problemas e dilemas que se nos depararam, bem como as soluções que preconizámos. Insere-se, portanto, esta reflexão no eixo temático desse colóquio “Problemas e soluções decorrentes da elaboração de verbetes específicos e já distribuídos”

    A DIMENSÃO FICCIONAL DAS FIGURAS HISTÓRICAS EM TEXTOS DE IMPRENSA QUEIROSIANOS: O CASO DE CARTAS DE LONDRES

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    Este artigo analisa os procedimentos de figuração utilizados por Eça de Queirós nas crónicas de imprensa, publicadas no jornal A Atualidade no fim da década de 70. Entendendo a escrita paraficcional queirosiana como um exercício de ensaio para estratégias ficcionais e, partindo do princípio da relevância que a personagem assume nos romances do escritor, demonstra- -se como são modeladas ficcionalmente as diversas figuras históricas que povoam estas crónicas. Examina-se como estas personagens são um caso especial daquilo a que podemos chamar de dupla figuração: aquela que é inicialmente feita pelo discurso de imprensa a que acresce a releitura de Eça. De facto, quer se trate das personagens históricas reconhecidas, quer de figuras do universo popular, todas elas resultam de uma seleção, sujeita ao crivo humorístico do cronista. Desconstruir, pela sátira e pelo ridículo, a seriedade e importância de um país como a Inglaterra, parte do imaginário civilizado europeu, parece ser uma das finalidades desta correspondência, dando continuidade a um tipo de registo tipicamente queirosiano, estimu- lado pela arguta capacidade de observador e de leitor crítico

    Justiça e Comunicação: diálogo impossível

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    The growing porosity of the boundaries between the justice system and the media should be considered with reference to the demands of the present age. It is difficult for contemporary societies to deal with a justice system that is closed in upon itself and oriented by a strict rationality. They demand more scrutiny of judicial decisions, clearer and more transparent discursive practices, and more accountability to the public and the media. However, these societies do not have any structure for mediating social reality and the formation of communicative opinion, which means that the communicational exchanges that take place in the various fields of collective life are amplified by being managed within a broad public area and used to construct a multiplicity of relations.ALT_QUEBRA_LINHADespite the areas of tension involved, the justice system and the media are, we believe, in a position to foster a better understanding, not only on a normative level, given the public responsibilities accruing to both institutions in contemporary democracies, but also empirically, as this book attempts to show. In fact, by stimulating reflection about the boundaries that join and separate the different levels of formal public deliberation, as represented by the courts, and the informal level represented by the media, this collection of texts manages to redeem the traditional theorization in this domain from a revived scepticism
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