19 research outputs found
VALORIZANDO AS PRAIAS DO LAGO VERDE DOS MUIRAQUITÃS DE ALTER DO CHÃO (SANTARÉM, PA) ATRAVÉS DO CONHECIMENTO DE SUA FLORA: PRODUZINDO UM GUIA COM A COMUNIDADE
O turismo ecológico, voltado para a apreciação de suas belas praias, constitui uma das principais atividades econômicas da vila de Alter do Chão em Santarém, Pará. O projeto de extensão 'Praias Amazônicas Boraris: Juventude indígena pela valorização da vegetação de praia do Lago Verde dos Muiraquitãs de Alter do Chão, Pará', está sendo desenvolvido há dois anos, e vem sendo realizado com o envolvimento de docentes e discentes da UFOPA e a comunidade indígena Borari, da vila de Alter do Chão no mapeamento, identificação e levantamento etnobotânico das espécies de plantas das praias do lago verde. Este levantamento é uma forma de valorizar a vegetação em si e conscientizar a população e os visitantes da importância de sua conservação para a manutenção do ecossistema em questão. Este trabalho contempla a continuidade do projeto e as etapas finais para a realização de seus objetivos: a realização de oficinas com os comunitários e organização de um guia de identificação de plantas que sirva a eles e à população em geral. Até o presente momento, foram realizadas três visitas à vila de Alter do Chão para coletar dados etnobotânicos para compor o banco de dados das espécies, que servirão de base para a elaboração do guia botânico das praias do lago verde. Fora realizada duas oficinas com os catraieiros, no intuito de capacitar lideranças comunitárias em conceitos básicos de identificação botânica, para auxiliar na formação de propagadores do conhecimento em Alter do Chão, como fomento ao ecoturismo sustentável, além de discutir com os comunitários a forma como o trabalho vem sendo realizado, assim como diálogos em relação à elaboração do guia botânico das praias do lago verde. Para consulta de informações relacionadas às espécies, foi utilizado como referência o banco de dados levantado gerado a partir das coletas e identificação das espécies do projeto. Os dados etnobotânicos foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas. Para elaboração das pranchas que farão parte do guia botânico das praias do lago verde, fora utilizado o Programa Adobe Photoshop 2015, o qual, em cada folha destaca-se o nome da espécie, imagens de referência e informações sobre usos etnobotânicos levantados.
Palavras-chave: comunidades tradicionais, indígenas, ecoturismo sustentável
Trends in studies of Brazilian stream fish assemblages
Studies about fish assemblages in Brazilian streams have grown in recent years, however, it remains unclear whether this increase is followed by increments in the diversity of addressed topics and theoretical frameworks adopted by researchers. We performed a systematic search for Brazilian studies on stream fish assemblages recording study region, publication year, objectives, and spatial and temporal scales adopted. The number of studies is unevenly distributed among regions. Most papers describe the general structure of local fish assemblages and their scientific objectives have not varied through time. Studies have been conducted mainly at small temporal and spatial scales, though the latter is increasing over time. We argue for the need of focusing on recently developed ecological theories and frameworks, and expanding the temporal and spatial scales of studies. These changes will improve regional and local conservation policies, and the visibility of aquatic Brazilian research in the global scientific community. © 2016 Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservaçã
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost
Colonização por peixes no folhiço submerso: implicações das mudanças na cobertura florestal sobre a dinâmica da ictiofauna de igarapés na Amazônia Central
A ictiofauna de igarapés de terra firme na Amazônia Central mantém estreita relação com a vegetação ripária, pois depende energética e estruturalmente do material orgânico originado da floresta. Os bancos de folha, formados em remansos ou zonas de maior correnteza, são colonizados por uma rica fauna que busca nesses locais abrigo ou alimento. Neste sentido, procurei avaliar se o tamanho dos igarapés e o tipo de cobertura vegetal de suas áreas de entorno poderiam alterar a disponibilidade dos bancos de folhiço e interferir na dinâmica do processo de colonização pela ictiofauna associada. Assim, utilizei 22 igarapés distribuídos em áreas de floresta primária, capoeira e pastagem, localizados 80km ao norte de Manaus. Nestes locais, desenvolvi um experimento de colonização durante 120 dias, com oito sacos de folhas por microhabitat (remansos e correntezas). Também coletei dados sobre profundidade, largura, vazão e substrato dos igarapés, e sobre a fragmentação das folhas submersas. As porcentagens de mata primária, nas áreas de entorno destes igarapés, foram obtidas a partir de uma imagem do satélite Landsat TM5 da área de estudo. Os dados revelaram que a colonização pela comunidade de peixes está relacionada às características qualitativas dos bancos de folhiço, onde os bancos localizados em remansos foram mais colonizados e apresentaram menor velocidade de fragmentação das folhas. Consequentemente, a estrutura tridimensional dos bancos foi mantida por mais tempo em áreas de remanso e nos igarapés pequenos, onde a vazão é menor. Portanto, o tipo de microhabitat e a vazão são dois fatores importantes na manutenção da dinâmica do sistema. A abertura do dossel, a densidade do sub-bosque e as porcentagens de cobertura florestal foram parâmetros adequados para caracterizar as alteração na vegetação. Houve menor probabilidade de colonização dos bancos de folhiço submerso pela ictiofauna em áreas com retirada de floresta primária no entorno dos igarapés, as quais apresentaram maior abertura de dossel e densidade do sub-bosque. Os resultados sugeriram que florestas ripárias preservadas agem como zonas tampão, protegendo os sistemas aquáticos. Além disso, a preservação deve ser planejada para todo o ecossistema, para manter os habitats e a fauna associada, e incrementar a conectividade da paisagem