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Seleção de espécies bioindicadoras para uso em bioensaios de lixiviação e persistência de atrazina no solo
Este experimento teve por objetivo selecionar espécies cultivadas com potencial para utilização como bioindicadoras da presença de atrazina em ensaios de persistência e lixiviação. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, em bifatorial 5 x 6, sendo o fator A constituído pelas concentrações de atrazina com formulação WG (0, 150, 300, 600, 1200 g atrazina ha-1) e o fator B pelas espécies bioindicadoras: aveia branca, trigo, quiabo, tomate, ervilha e rabanete. Aplicou-se o herbicida atrazina em pré-emergência das espécies em solo argiloso. Realizaram-se quatro avaliações de estatura de planta, injúria e no final do experimento foram determinadas as matérias verde e seca das partes aéreas. De forma geral, o experimento permitiu classificar as espécies conforme seu nível de sensibilidade à atrazina: quiabo e ervilha evidenciaram pequena sensibilidade; aveia e trigo revelaram nível intermediário de sensibilidade, enquanto que o tomate e o rabanete apresentaram o mais alto nível de sensibilidade
Eficiência agronômica e comportamento de formulações de atrazina com taxas distintas de liberação em latossolo vermelho distroférrico
Atrazine (2-chloro-4-ethylamine-6-isopropylamine-striazina) is an herbicide used worldwide to control weeds with potential to contaminate groundwater and harm sensitive crops in succession. The use of controlled release formulations of atrazine could be a strategy to mitigate environmental impact and contribute to improving the efficiency of weed control with atrazine. Aiming to determine the environmental performance and agronomic efficiency of atrazine formulation of controlled release (xerogel), compared with the commercial formulation were conducted one experiment in the field and three bioassays in greenhouse. The field experiment was implemented with the corn, using randomized blocks design, with split plots in a scheme (2 x 6) + 4. In the main plots were located formulations (atrazine xerogel and WG), and in sub-plots the atrazine concentrations (0, 3200, 3600, 4200, 5400 and 8000 g ha-1), with four additional control plots weeded. Soil samples were collected from each plot with 8000 g ha-1 for bioassays in the greenhouse to evaluate the persistence and leaching of the formulations. The experimental designs of bioassays were completely randomized. In the field experiment, we evaluated the density and visual control of weeds and yield of maize. In bioassays, the main variables were height, phytotoxicity, green and dry plant mass. In the first bioassay was selected cultivated species most suitable for use in tests to determine the persistence and leaching of atrazine formulations. In the field experiment, the formulation WG produced greater control of B. plantaginea than xerogel in earlier assessments, but in later assessments atrazine xerogel was more effective. There were no differences in grain yield of maize between the formulations and doses tested. The degree of sensitivity to atrazine varied according to species: okra and peas showed little sensitivity; oats and wheat had an intermediate; radish and tomato had the highest level of sensitivity to the presence of atrazine in soil. The bioavailability of atrazine to soil varied depending on the time and formulation: until 5 days after application, atrazine disponibility by xerogel formulation was higher and in period between 14 and 28 days, the bioavailability of atrazine by WG was higher than by xerogel; 35 days after application, atrazine xerogel showed higher disponibility than the WG. The half-life was 30 and 38 days for atrazine WG and xerogel, respectively. Higher concentrations of atrazine were found in surface soil (0-4 cm) in two formulations. However, the quantification of atrazine by bioassay indicated a greater concentration of WG formulation between 2 and 4 cm, in contrast with the results of chromatographic analysis, which indicated a greater concentration of the xerogel formulation.CNPQA atrazina (2-cloro-4-etilamino-6-isopropilamino-striazina) é um herbicida
mundialmente utilizado no controle de plantas daninhas, com potencial para
contaminar águas subterrâneas e prejudicar culturas sensíveis em sucessão. O uso de formulações de liberação lenta de atrazina poderia se constituir estratégia mitigadora do impacto ambiental e contribuir para a melhoria da eficiência de controle de plantas daninhas. Com o objetivo de determinar o comportamento ambiental e a eficiência agronômica de formulação de atrazina com liberação lenta (xerogel), comparando-a com formulação comercial, foram realizados um experimento a campo e três bioensaios em casa de vegetação. O experimento a campo foi implantado com a cultura do milho, utilizando-se o delineamento de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas, em um esquema (2 x 6) + 4. Nas
parcelas principais foram locadas as formulações (atrazina WG e atrazina xerogel),
e nas subparcelas as concentrações de atrazina (0, 3200, 3600, 4200, 5400 e 8000
g ha-1), com acréscimo de quatro parcelas testemunha capinadas. Amostras de solo
foram coletadas nas parcelas com 8000 g ha-1 para realização de bioensaios em casa de vegetação para avaliação da persistência e lixiviação das formulações. Nos bioensaios, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado. No experimento a campo, avaliou-se a densidade e o controle visual de plantas daninhas e o rendimento de grãos de milho. Nos bioensaios, as principais variáveis avaliadas foram estatura, fitotoxicidade, massas de planta verde e seca. No primeiro bioensaio, selecionou-se a espécie cultivada mais adequada para utilização em testes para determinação da lixiviação e persistência das formulações de atrazina. No experimento a campo, a formulação WG exerceu maior controle de B.
plantaginea que xerogel nas avaliações de mais precoces, mas nas avaliações mais
tardias a atrazina xerogel foi mais eficiente. Não ocorreram diferenças de
rendimento de grãos de milho entre as formulações e doses testadas. O grau de
sensibilidade à atrazina variou de acordo com a espécie: quiabo e ervilha apresentaram pequena sensibilidade; aveia e trigo apresentaram nível intermediário e tomate e rabanete o mais alto nível de sensibilidade à presença de atrazina no solo. A biodisponibilização de atrazina ao solo variou em função do tempo e da formulação: até 5 dias após a aplicação, a disponibilização com a formulação
xerogel foi maior; no período entre 14 e 28 dias, a biodisponibilização por atrazina
WG foi superior à por xerogel; aos 35 dias após a aplicação, xerogel proporcionou
maior atrazina ao solo do que WG. A meia vida foi de 30 e 38 dias, para atrazina
WG e atrazina xerogel, respectivamente. Maior concentração de atrazina foi encontrada na superfície do solo (0 a 4 cm), nas duas formulações. Porém, a quantificação de atrazina por bioensaio indicou maior concentração da formulação WG entre 2 e 4 cm, em contraste com o resultado da análise cromatográfica, que indicou maior concentração da formulação xerogel
LEISHMANIOSE E PLANTAS MEDICINAIS: UMA REVISÃO
A leishmaniose, segundo a Organização Mundial de Saúde, é uma das mais negligenciadas doenças tropicais re-emergentes, sendo reportada em várias partes do globo. Diante das dificuldades encontradas com as drogas disponíveis no mercado atualmente, como a elevada toxicidade e, em alguns casos, resistência por parte do parasito, inúmeras pesquisas tem sido realizadas com o objetivo de encontrar novas alternativas para o tratamento da leishmaniose. Nesse contexto, chama-se a atenção para o foco em compostos oriundos de plantas, as quais podem apresentar moléculas que tragam bons resultados no futuro. O objetivo de presente trabalho foi o de realizar uma revisão bibliográfica sobre produtos naturais utilizados em pesquisas com Leishmania como potenciais agentes utilizados como forma de tratamento contra o referido parasita. Foram analisados artigos científicos publicados nos últimos 5 anos nas bases eletrônicas de dados indexados na base de dados da LILACS, PubMed e ScienceDirect, utilizando os descritores em português “plantas medicinais”, “leishmania” e seus correspondentes em Inglês. Selecionaram-se 61 artigos de estudos científicos, oriundos de 17 países, a maioria realizada no Brasil e Índia. Com base nos mecanismos de ação propostos pelos autores dos trabalhos realizados com amastigotos de Leishmania, grande parte está associada com estresse oxidativo na célula e com alterações no ambiente do macrófago, criando espécies reativas que funcionam como microbicidas. É possível que um composto ativo de uma planta tenha mais de um alvo na célula, sendo capaz de interferir de diferentes maneiras, dependendo do tipo celular e dos alvos disponíveis. As vantagens da utilização da fitoterapia incluem o baixo custo, baixa incidência de efeitos colaterais e sua efetividade. Além disso, é importante que sejam consideradas as espécies vegetais disponíveis no local, visando à diminuição nos custos do fitoterápico
Ação dos óleos essenciais produzidos por Baccharis dracunculifolia d.c. e Baccharis uncinella d.c. (asteraceae) sobre a atividade hialuronidase
A hialuronidase é uma enzima que tem a capacidade de hidrolisar o ácido hialurônico que se localiza no interstício celular. Esse ácido tem a propriedade de manter as células aderidas. Por ação da hialuronidase, esse polímero é transformado em pequenos fragmentos, diminuindo sua viscosidade, facilitando a difusão dos componentes antigênicos para o interior das células. Estudos com o gênero Baccharis relatam propriedades capazes de inibir a ação da hialuronidase por extratos e óleos essenciais produzidos por espécies desse gênero. Buscando avaliar a atividade antiinfl amatória de óleos essenciais produzidos por B. uncinella e B. dracunculifolia é que este trabalho foi desenvolvido. A inibição da atividade de hialuronidase foi determinada conforme metodologia descrita por Reissing; Strominger e Leloir, (1955), Aronson e Davidson (1967) e Kuppusamy; Khoo e Das (1990). Os resultados obtidos mostraram que a atividade enzimática foi inibida 77,86%na presença de 50μL do óleo de B. dracunculifolia e de 74,40% para o óleo de B. uncinella. Com esses resultados podemos verificar a capacidade dos dois óleos em neutralizar a ação da hialuronidase celular, comprovando assim, que os dois óleos estudados possuem atividade antiinfl amatória
Atividade antioxidante dos óleos essenciais produzidos por Baccharis dracunculifolia d.c. e Baccharis uncinella d.c. (asteraceae)
Espécies reativas de oxigênio potencialmente danosas são produzidas continuamente nas células como conseqüência tanto do metabolismo aeróbico normal quanto por fatores externos. Estudos com o gênero Baccharis relatam propriedades antioxidantes de extratos e óleos essenciais produzidos por espécies desse gênero. Buscando avaliar a atividade antioxidante de óleos essenciais produzidos por B. uncinella e B. dracunculifolia é que este trabalho foi desenvolvido. A metodologia utilizada para avaliar a atividade antioxidante foi a descrita por Pratt; Watts (1964); Hammerschimidt; Pratt (1978) e Pratt; Birac (1979) que consiste na avaliação por meio de reações de oxidação acoplada do β-caroteno e do ácido linoléico. Os resultados mostraram que os dois óleos avaliados podem inibir a formação de espécies reativas de oxigênio em até 65,66% para B. dracunculifolia e 52,18% para B. uncinella quando na presença de 50 μL de ambos os óleos. Esses resultados foram diminuindo proporcionalmente aos volumes dos óleos. Com esses resultados podemos afi rmar que os óleos essenciais produzidos por essas duas espécies de Baccharis possuem atividade antioxidante
Lixiviação do herbicida atrazina em formulação comercial e formulação xerogel em latossolo vermelho distroférrico
Mobility of atrazine in soil has contributed to the detection of levels above the legal limit in surface water and groundwater in Europe and the United States. The use of new formulations can reduce or minimize the impacts caused by the intensive use of this herbicide in Brazil, mainly in regions with higher agricultural intensification. The objective of this study was to compare the leaching of a commercial formulation of atrazine (WG) with a controlled release formulation (xerogel) using bioassay and chromatographic methods of analysis. The experiment was a split plot randomized block design with four replications, in a (2 x 6) + 1 arrangement. The main formulations of atrazine (WG and xerogel) were allocated in the plots, and the herbicide concentrations (0, 3200, 3600, 4200, 5400 and 8000 g ha-1), in the subplots. Leaching was determined comparatively by using bioassays with oat and chromatographic analysis. The results showed a greater concentration of the herbicide in the topsoil (0-4 cm) in the treatment with the xerogel formulation in comparison with the commercial formulation, which contradicts the results obtained with bioassays, probably because the amount of herbicide available for uptake by plants in the xerogel formulation is less than that available in the WG formulation.A mobilidade da atrazina no solo tem contribuído para que níveis acima do limite permitido sejam frequentemente detectados em águas de superfície e subterrâneas na Europa e nos Estados Unidos. O uso de formulações mais adequadas pode reduzir ou minimizar os impactos provocados pelo intenso uso desse herbicida no Brasil, principalmente em regiões com agricultura mais intensiva. O objetivo do presente trabalho foi comparar a lixiviação de uma formulação de atrazina comercial (WG) com uma formulação de liberação controlada (xerogel), através da análise por bioensaio e por método cromatográfico. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas, com quatro repetições, em um esquema (2 x 6) + 1. Nas parcelas principais foram locadas as formulações de atrazina (WG e xerogel), e nas subparcelas, as concentrações dos herbicidas (0, 3200, 3600, 4200, 5400 e 8000 g de atrazina ha-1). A determinação da lixiviação foi efetuada de forma comparativa, através de bioensaios com aveia e análises cromatográficas. As análises cromatográficas demonstraram que na camada superficial do solo (0 a 4 cm) ocorreu maior concentração de atrazina no tratamento com a formulação xerogel, em comparação à formulação comercial, resultado que contrasta com a análise realizada pelo bioensaio, provavelmente porque a quantidade de herbicida disponível para absorção pelas plantas na formulação xerogel é inferior à disponível na formulação WG
Aspectos bioquímicos do desenvolvimento inicial de plantas de fisális sob diferentes condições luminosas
P. pubescens L. also known as ground cherry, is a sub shrub that can reach 1.5 m in height. Due to the lack of knowledge regarding Physalis, the present study aimed to investigate the influence of light quality on some compounds of primary and secondary metabolism of P. pubescens during initial development of plants. The tests were conducted in the greenhouse and in the Laboratory of Plant Physiology and Biochemistry. The plants were subjected to four different lighting conditions: environment (17.00 klux), blue (9.00 klux), red (11.00 klux) and without light (0.02 klux). Chlorophylls, total soluble sugars, reducing sugars, total protein, total phenols, and PAL activity were determined. Natural light (17.00 klux) showed the highest amounts of chlorophyll a, b and total as well as the highest levels of total and reducing sugars, and protein concentration. In the dark (0.02 klux), the highest total phenolic content and higher activity of PAL were achieved. We concluded that the responses to the different light conditions to which the plants are subjected are highly variable and depend on the interaction of other factors and plant species.Physalis pubescens, também conhecida como camapú, saco de bode, entre outros nomes regionais, é um subarbusto que pode atingir até 1.5 m de altura. Devido à escassez de conhecimento em relação à esta espécie, o presente estudo se propôs a verificar a influência da irradiação sobre alguns compostos do metabolismo primário e secundário durante as fases iniciais de desenvolvimento. Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação e no Laboratório de Bioquímica e Fisiologia Vegetal. As plantas foram submetidas a quatro diferentes condições de luminosidade: natural (17.00 klux), azul (9.00 klux), vermelha (11.00 klux) e sem luz (0.02 klux). Foi realizada a quantificação de clorofilas, açúcares solúveis totais, açúcares redutores, proteínas solúveis totais, fenóis totais e atividade da PAL. Plântulas submetidas à luz natural (17 klux) apresentaram as maiores quantidades de clorofilas a, b e totais, assim como os maiores teores de açúcares solúveis totais e redutores, além de proteínas. No tratamento com ausência de luz (0.02 klux) foram observados os maiores teores de fenóis totais e maior atividade da PAL. Com os resultados obtidos conclui-se que as respostas às diferentes condições luminosas às quais as plântulas são submetidas apresentam muitas variações e dependem da interação de outros fatores e das espécies vegetais.Resumen Physalis pubescens, también conocida como camapú, bolsa de cabra, y otros nombres regionales, es un subarbusto que puede alcanzar hasta 1,5 m de altura. Debido a la falta de conocimiento sobre esta especie, este estudio tuvo como objetivo evaluar el efecto de la irradiación en algunos compuestos del metabolismo primario y secundario durante las primeras etapas de desarrollo. Las pruebas se realizaron en un invernadero y en el Laboratorio de Bioquímica y Fisiología Vegetal. Las plantas fueron sometidas a cuatro diferentes condiciones de iluminación: natural (17,00 klux), azul (09:00 klux), rojo (11:00 klux) y sin luz (00:02 Klux). Se llevó a cabo la cuantificación de las clorofilas, azúcares solubles totales, azúcares reductores, proteína soluble total, fenoles totales y actividad de la PAL. Las plántulas sometidas a la luz natural (17 Klux) tuvieron las mayores cantidades de clorofila a, b y totales, así como los más altos contenidos de azúcares solubles totales y reductores, y proteínas. En el l tratamiento con la ausencia de luz (0:02 Klux) se observaron el contenido más elevado de fenoles totales y una mayor actividad de la PAL. Con los resultados obtenidos se concluye que las respuestas a diferentes condiciones de luz a que las plantas fueran sometidas presentaram muchas variaciones y dependen de la interacción de otros factores y especies de plantas
Seleção de espécies bioindicadoras para uso em bioensaios de lixiviação e persistência de atrazina no solo
Este experimento teve por objetivo selecionar espécies cultivadas com potencial para utilização como bioindicadoras da presença de atrazina em ensaios de persistência e lixiviação. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, em bifatorial 5 x 6, sendo o fator A constituído pelas concentrações de atrazina com formulação WG (0, 150, 300, 600, 1200 g atrazina ha-1) e o fator B pelas espécies bioindicadoras: aveia branca, trigo, quiabo, tomate, ervilha e rabanete. Aplicou-se o herbicida atrazina em pré-emergência das espécies em solo argiloso. Realizaram-se quatro avaliações de estatura de planta, injúria e no final do experimento foram determinadas as matérias verde e seca das partes aéreas. De forma geral, o experimento permitiu classificar as espécies conforme seu nível de sensibilidade à atrazina: quiabo e ervilha evidenciaram pequena sensibilidade; aveia e trigo revelaram nível intermediário de sensibilidade, enquanto que o tomate e o rabanete apresentaram o mais alto nível de sensibilidade