55 research outputs found

    O Currículo de Geologia em Face das Diretrizes Nacionais Curriculares e das Atribuições Profissionais

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    An evaluation of the curriculum of the Batchelor in Geology degree at the University of São Paulo is presented in the light of the new concepts incorporated to it as compared to the previous curriculum, to other programs of undergraduate Geology in Brazil, and to other traditional programs in the same University. Compared to the previous structure, an important reduction in the number of class hours (23%) occurred, especially in the fundamental courses (36%); the program also became more flexible, with 25% of the total number of class hours corresponding to optional courses (9%) and an Undergraduate Thesis (16%). Taking into account the present situation and projections of the professional market, and also the new regulations for professional exercise, it is suggested that the current proportion between fundamental, geological and applied courses, as well as the flexibility of the program, are maintained. The flexibility, however, could be more effective by diminishing the number of hours of the Undergraduate Thesis, which could be occupied by a larger number of optional disciplines. It seems also important that the geological community concentrates its efforts to approve, at the Federal Education Council, the national curricular guidelines, which constitute the basis for the creation of new programs, for any more profound reformulations of current curricula, and for a better understanding between the universities and the professional regulation organisms.Uma avaliação do currículo de Graduação em Geologia vigente na USP é feita à luz dos novos conceitos a ele incorporados, em comparação com o currículo anterior, com outros cursos de Geologia do Brasil e com cursos tradicionais da própria USP. Em comparação com a estrutura anterior, o curso sofreu uma redução importante na carga de aulas (23%), principalmente em disciplinas básicas (36%), e tornou-se mais flexível, com 25% de sua carga horária correspondendo a disciplinas optativas (9%) e ao Trabalho de Formatura (16%). Considerando o contexto atual e projeções futuras do mercado de trabalho e da regulamentação profissional, sugere-se manter a proporção atual entre disciplinas básicas, geológicas e profissionalizantes, bem como a flexibilidade do currículo. Esta última, no entanto, poderia ser utilizada de modo mais efetivo com um redimensionamento do Trabalho de Formatura, e aumento da proporção de disciplinas optativas. Considera-se também fundamental que a comunidade geológica concentre esforços no sentido de aprovar, junto ao Conselho Federal de Educação, as Diretrizes Nacionais Curriculares, que constituem a base para a criação de novos cursos, reformas mais profundas de currículos atuais, e para o melhor entrosamento entre universidade e os órgãos de regulamentação profissional

    APRESENTAÇÃO

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    Vulcano-estratigrafia das rochas intermediárias a ácidas ao sul da Província Magmática Paraná, Brasil

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    This article presents the first map in detail scale for an area covered by Palmas type volcanic rocks in the south border of the eocretaceous Paraná Magmatic Province, south Brazil. The study of the structural features coupled with petrography and geochemistry made it possible to separate these rocks into three main volcanic sequences and recognize their stratigraphy. The older Caxias do Sul sequence rests directly over the first low-Ti basalt flows (Gramado type), and corresponds to the stacking of lobated lava flows, laminar flows and lava domes, mostly emitted as continuous eruptions; only the latest eruptions are intercalated with thin sandstone deposits. These rocks have dacitic composition (~ 68 wt% SiO2) with microphenocrysts of plagioclase and subordinate pyroxenes and Ti-magnetite immersed in glassy or devitrified matrix. A second volcanic sequence, named Barros Cassal, is composed of several lava flows of basaltic andesite, andesitic and dacitic composition (~ 54; ~ 57 and ~ 63 wt% SiO2, respectively), with microphenocrysts of plagioclase, pyroxenes and Ti-magnetite. The frequent intercalation of sandstone between the flows attests to the intermittent behaviour of this event. The upper sequence, Santa Maria, is made up of more silica-rich (~ 70 wt% SiO2) rocks occurring as laminar flows, lobated flows and lava-domes. These rocks have rhyolitic composition with microphenocrysts of plagioclase and Ti-magnetite set in a glassy or devitrified matrix with microlites. The structures and textures of all three silicic sequences favor the interpretation that they had a predominantly effusive character, which is thought to be a reflection of the remarkably high temperatures of the lavas (~ 1,000 ºC).Este artigo apresenta o primeiro mapa em escala de detalhe de uma área coberta pelas rochas vulcânicas tipo Palmas, na borda sul da Província Magmática Paraná, de idade eocretácica. O estudo das características estruturais, juntamente com a petrografia e geoquímica, permitiu separar as rochas em três sequências vulcânicas principais, reconhecendo a sua estratigrafia. As rochas da primeira sequência, denominada Caxias do Sul, recobrem fluxos basálticos de baixo Ti (tipo Gramado), e correspondem a um empilhamento de derrames lobados, fluxos laminares e lava domos, emitidos por erupções contínuas. O final da atividade vulcânica é marcado por erupções mais intermitentes, permitindo assim a intercalação de delgados depósitos de arenitos. Estas rochas têm composição dacítica (~ 68 %, em peso, SiO2) com microfenocristais de plagioclásio, piroxênios e Ti- magnetita imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. A segunda sequência, denominada Barros Cassal, é composta por diversos fluxos de lavas de andesito basáltico, andesito e dacito (~ 54; ~ 57 e ~ 63%, em peso, SiO2, respectivamente), com microfenocristais de plagioclásio, piroxênios e Ti-magnetita. A frequente intercalação de arenitos entre os fluxos atesta o comportamento intermitente deste evento. A sequência superior, Santa Maria, é composta pelas rochas mais ricas em sílica (~ 70%, em peso, SiO2) que ocorrem como fluxos laminares, fluxos lobados e lava-domos. Estas rochas são de composição riolítica, com microfenocristais de plagioclásio e Ti-magnetita imersos em uma matriz vítrea ou desvitrificada com micrólitos. As estruturas e texturas apresentadas pelas rochas das três sequências ácidas indicam que elas foram geradas por erupções de caráter predominantemente efusivo, refletindo as altas temperaturas do magma (~ 1.000 ºC)

    SHRIMP U-Pb zircon dating of Neoproterozoic granites from the easternmost São Roque Domain, Ribeira Belt

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    Foram obtidas, por (SHRIMP), idades U-Pb em cristais de zircão de quatro plútons graníticos da porção mais oriental do Domínio São Roque. Os resultados indicam que o pico da granitogênese foi concentrado em um curto intervalo de tempo (606–589 Ma), o mesmo daquele de colocação dos granitos na porção central do Domínio São Roque. Os dois biotita granitos porfiríticos (Morro Azul e Imbiruçu) apresentam as idades mais antigas obtidas (601.0 ± 4.9 Ma e 606.3 ± 4.8 Ma, respectivamente), além de possuírem cristais de zircão com núcleos herdados de mesma idade (~2.1–2.0 Ga), contudo estes não são comagmáticos. O maciço Morro Azul tem assinatura geoquímica similar a outros granitos cálcio-alcalinos de alto potássio típicos do Domínio São Roque, enquanto o maciço Imbiruçu possui uma razão Sr/Zr muito maior que estes, assim como outras características químicas, o que implica fontes distintas. Outras duas ocorrências datadas são muito diferentesumas das outras e dos granitos cálcio-alcalinos de alto potássio. A idade do tonalito Morro do Pão (589.1 ± 5.5 Ma) indica que este é mais jovem, apesar de possuir caráter mais deformado. Valor similar, apesar da grande incerteza, é apresentado pelo leucogranito peraluminoso Serra dos Índios (593 ± 12 Ma). Isso sugere que, logo após o principal episódio de magmatismo de alto potássio, o Domínio São Roque testemunhou a colocação de granitos com uma variedade composicional muito ampla, formando pequenos corpos que registram deformação associada com tectônica transcorrente.Four granitic plutons from the easternmost portion of the São Roque Domain (SRD) were dated by U-Pb zircon SHRIMP; the results indicate that the peak of granitic magmatism was concentrated in a short interval (606–589 Ma), the same as in the central portion of the SRD. The two porphyritic biotite granites (Morro Azul and Imbiruçu) yield the oldest ages (respectively, 601.0 ± 4.9 Ma and 606.3 ± 4.8 Ma) and have inherited zircons with similar ages (~2.1–2.0 Ga), but are not comagmatic. The Morro Azul granite has geochemical signature similar to other high-K calc-alkaline (HKCA) granites from the SRD, while the Imbiruçu granite has much higher Sr/Zr and other chemical features that demand different sources. Other two dated samples are very different from each other and from the HKCA granites. The age of the Morro do Pão tonalite (589.1 ± 5.5 Ma) indicates that, in spite of its more deformed character, it is younger; a similar value, although with large uncertainty, is shown by the Serra dos Índios peraluminous leucogranite (593 ± 12 Ma). Our analytic data combined with field relationships suggest that soon after the main episode of HKCA magmatism, the SRD witnessed the emplacement of granites of varied composition forming small bodies that recorded deformation associated with transcurrent tectonics

    Datação U-Pb, sistemática isotópica Lu-Hf e química de zircão do metatraquidacito do Morro do Polvilho: contribuição para fonte do magmatismo e para a idade deposicional do Grupo São Roque

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    Este trabalho apresenta novos dados geocronológicos in situ das rochas metavulcânicas ácidas da sequência inferior do Grupo São Roque, São Paulo, Brasil, confirmando que esta é mais jovem que as rochas metamórficas de mais alto grau do Grupo Serra do Itaberaba. A idade do metatraquidacito do Morro do Polvilho foi estabelecida em 1760 ± 17 Ma, com resultados sugerindo que o vulcanismo bimodal da formação Boturuna teve magma parental proveniente de uma crosta continental antiga (Arqueana a Paleoproterozoica), que foi gerado em ambiente intraplaca. A química de elementos-traço em zircão sugere semelhanças com magmas de alta temperatura (T Zrsat = 900-915ºC) como a de granitos do tipo-A (pronunciada EuN/EuN* negativa e moderada CeN/CeN* positiva), provenientes de fontes continentais geradas em condições redutoras.We present new in situ geochronological data of controversial silicic metavolcanic rocks from the lower terrigenous-metavolcanic sequence of the São Roque Group, Ribeira Belt, confirming that they are older than the rocks of higher-metamorphic grade sequences of the Serra do Itaberaba Group. The age of the Polvilho meta-trachydacite was established at 1760 ± 17 Ma, furthermore the results suggest that the bi-modal volcanism of the Boturuna Formation has parent melts from an old (Archean to Paleoproterozoic) continental crust that was melted in a within-plate environment. Trace-element chemistry of zircon, suggests similarities with high-temperature melts (T Zrsat = 900–915ºC) similar to A-type granites (high negative EuN/EuN* and moderate positive CeN/CeN*) from continental sources under reducing conditions

    Paleoproterozoic source contributions to the São Roque Group sedimentation: LA-MC-ICPMS U-Pb dating and Sm-Nd systematics of clasts from metaconglomerates of the Boturuna Formation

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    The São Roque Group is characterized by volcano-sedimentary sequences, in which deposition probably started in the late Paleoproterozoic. U-Pb dating by LA-MC-ICPMS of zircons extracted from predominantly equigranular monzogranites clasts from Morro Doce and Morro do Polvilho regions, yield paleoproterozoic ages of 2199 ± 8.5 Ma and 2247 ± 13 Ma, respectively. These represent the ages for the main source of granite for the metaconglomerates from the Boturuna Formation (basal unit of São Roque Group). Its polycyclic history is reinforced by the presence of inherited Archean zircons (2694 ± 29 Ma) found within the clasts. Moreover, these clasts have also been affected by the Neoproterozoic overprinting event as indicated by their lower intercept Concordia ages. Sm-Nd isotope data for the main clast varieties from the Morro Doce metaconglomerates yield T DM ages of 2.6 to 2.7 Ga, demonstrating that these granites are the recycling products of an Archean crustal component. The metaconglomerate arkosean framework yields slightly lower εNd(t) values than those for the clasts, indicating that a younger and/or more primitive source also contributed to the Boturuna Formation.O Grupo São Roque é caracterizado por uma sequência vulcanossedimentar com deposição provavelmente iniciada no Paleoproterozoico tardio. Datações U-Pb obtidas por LA-MC-ICPMS de zircões extraídos das variedades predominantes dos clastos de monzogranitos equigranulares, das regiões do Morro Doce e Morro do Polvilho, mostram idades paleoproterozoicas de 2199 ± 8,5 Ma e 2247 ± 13 Ma, respectivamente. Estas representam as idades da principal fonte de granito da Formação Boturuna (unidade basal do Grupo São Roque). A história policíclica deste domínio é reforçada pela presença de zircões arqueanos herdados (2694 ± 29 Ma), encontrados nos clastos. Além disso, tais clastos também foram afetados pelo evento Neoproterozoico, conforme indicado pelo intercepto inferior das idades concórdia. Dados isotópicos Sm-Nd para os principais clastos do metaconglomerado do Morro Doce têm idades T DM entre 2,6 a 2,7 Ga, demonstrando que estes granitos são produtos da reciclagem de um componente crustal arqueano. O arcabouço dos metaconglomerados, quando comparado com os clastos, mostra valores mais baixos de εNd(t), indicando contribuições de fontes mais jovens e/ou primitivas para a Formação Boturuna

    Vidro vulcânico maciço: pozolana natural no oeste paulista

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    Algumas ocorrências de vidro vulcânico maciço foram reconhecidas na região oeste do Estado de São Paulo durante mapeamento geológico para prospecção e caracterização tecnológica de materiais pozolânicos. O vidro vulcânico maciço está associado aos traquidacitos da Formação Serra Geral. A geometria desses corpos ainda não está modelada por estar encoberta por sedimentos. Essas rochas puderam ser identificadas como pozolanas naturais, pois o componente ativo que é o vidro vulcânico reagiu com a cal, em condições de laboratório, resultando um silicato de cálcio hidratado. As propriedades tecnológicas do cimento produzido com tais pozolanas são realçadas. Além disso, o uso de pozolanas reduz a emissão de dióxido de carbono e preserva os depósitos calcários à medida que elas substituem uma porcentagem do clínquer portland no produto final. Esse artigo mostra os resultados de alguns estudos com o vidro vulcânico maciço como componente ativo das pozolanas. Finalmente, esse trabalho discute a importância dessa ocorrência na construção civil e o grande potencial para materiais pozolânicos, em vista da extensão em área da Formação Serra Geral no Brasil.Some occurrences of massive volcanic glass have been recorded in the western region of São Paulo State during geological mapping and prospecting and technological characterization of pozzolanic materials. The massive volcanic glass is associated with trachydacites from the Serra Geral Formation. The geometry of these layers has not been determined yet because they are covered by sediments. These rocks were identified as natural pozzolans because their active component, volcanic glass, reacted with lime forming a calcium silicate. The technological properties of the cement produced using such pozzolans were improved. Furthermore, the use of pozzolans reduces carbon dioxide emission and limestone extraction since pozzolans replace part of the portland clinker in the final product. This paper presents results of some studies on massive volcanic glass as an active component of pozzolans. In addition to that, this paper discusses the importance of this finding for construction industry and the great potential of pozzolanic materials, due to the considerable size of Serra Geral Formation in Brazil

    Granitos peraluminosos da porção central da Faixa Ribeira, Estado de São Paulo: sucessivos eventos de reciclagem da crosta continental no neoproterozóico

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    The Embu Domain, central portion of the Ribeira Fold Belt in the State of São Paulo, includes a large number of Neoproterozoic granitic plutons. A peculiar feature is the abundance of marginal to strongly peraluminous granites, which comprise dozens of minor occurrences and also some batholiths, especially in the region east of the city of São Paulo. The more common petrographic varieties are biotite granite, white biotite-muscovite leucogranite and tourmaline-garnet granites. Recent monazite U-Pb dating has revealed that, in spite of the petrographic similarities, these granites were generated in several successive geological events that occurred over a ca. 200-million-year time interval at the end of Neoproterozoic. The oldest ages, around 780 Ma, are from peraluminous orthogneisses, some rich in mafic minerals and muscovite and in some respects similar to typical"S-type" granites. Preliminary data from the Serra do Quebra-Cangalha batholith yield a U-Pb monazite age of ca. 680 Ma, revealing it to be significantly older than the main manifestation of calc-alkaline magmatism in the Embu Domain (the Agudos Grandes batholith, 610 - 600 Ma in age). The Turvo-type peraluminous leucogranites, dated at 610 ± 2 Ma, are associated with crustal melting during the latter event. Different smaller granitic occurrences located in the Embu Domain east of the city of São Paulo yield U-Pb monazite ages in the 590 - 580 Ma range (Mauá, Mogi das Cruzes, Jaguari massifs). A similar age was obtained for the magmatic crystallization of the Natividade da Serra batholith in the Costeiro Domain (587 ± 5 Ma). These ages are coincident with the peak in granitic magmatism of the Rio Doce orogeny in the eastern portion of the Ribeira Belt. An even younger U-Pb age (~540 Ma) was obtained in a sample from the Santa Branca muscovite-biotite granite; its meaning, however, is still uncertain, given the strongly discordant character of the analytical results.O Domínio Embu, na porção central da Faixa Ribeira no Estado de São Paulo, abriga inúmeras ocorrências de intrusões graníticas neoproterozóicas. Peculiar é a abundância de granitos marginal a francamente peraluminosos, que formam dezenas de ocorrências menores, e mesmo alguns batólitos, especialmente na região a leste da cidade de São Paulo. As variedades petrográficas mais comuns incluem biotita granitos porfiríticos, biotita-muscovita leucogranitos brancos e turmalina-granada granitos. Datações U-Pb em monazita obtidas em anos recentes têm revelado que, a despeito da similaridade petrográfica, esses granitos foram gerados em diversos eventos geológicos que se sucederam em um intervalo de pelo menos ca. 200 milhões de anos, ao final do Neoproterozóico. As idades mais antigas, da ordem de 780 Ma, têm sido obtidas em ortognaisses peraluminosos, alguns ricos em minerais máficos e muscovita, e em alguns aspectos similares a típicos granitos"S". Dados preliminares obtidos em monazitas do batólito Serra do Quebra-Cangalha fornecem idade de ca. 680 Ma, mostrando ser ele significativamente mais antigo que a principal manifestação do magmatismo cálcio-alcalino no domínio Embu (o batólito Agudos Grandes, com 610 - 600 Ma). Os leucogranitos peraluminosos tipo Turvo, datados em 610 ± 2 Ma, se associam à fusão crustal durante este último evento. Diferentes manifestações graníticas de menor porte situadas no Domínio Embu a leste da cidade de São Paulo têm fornecido idades U-Pb em monazita no intervalo 580 - 590 Ma (maciços Mauá, Mogi das Cruzes, Jaguari). Idade similar foi obtida para a cristalização do batólito Natividade da Serra, no Domínio Costeiro (587 ± 5 Ma). Essas idades coincidem com o pico do magmatismo granítico da orogênese Rio Doce na porção oriental da Faixa Ribeira. Idades U-Pb ainda mais jovens (~540 Ma) foram obtidas em monazita de um muscovita-biotita granito do maciço Santa Branca; seu significado, no entanto, é ainda duvidoso, dado o caráter fortemente discordante dos resultados analíticos

    Rare earth element and yttrium geochemistry applied to the genetic study of cryolite ore at the Pitinga Mine (Amazon, Brazil)

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    This work aims at the geochemical study of Pitinga cryolite mineralization through REE and Y analyses in disseminated and massive cryolite ore deposits, as well as in fluorite occurrences. REE signatures in fluorite and cryolite are similar to those in the Madeira albite granite. The highest ΣREE values are found in magmatic cryolite (677 to 1345 ppm); ΣREE is lower in massive cryolite. Average values for the different cryolite types are 10.3 ppm, 6.66 ppm and 8.38 ppm (for nucleated, caramel and white types, respectively). Disseminated fluorite displays higher ΣREE values (1708 and 1526ppm) than fluorite in late veins(34.81ppm). Yttrium concentration is higher in disseminated fluorite and in magmatic cryolite. The evolution of several parameters (REEtotal, LREE/HREE, Y) was followed throughout successive stages of evolution in albite granites and associated mineralization. At the end of the process, late cryolite was formed with low REEtotal content. REE data indicate that the MCD was formed by, and the disseminated ore enriched by (additional formation of hydrothermal disseminated cryolite), hydrothermal fluids, residual from albite granite. The presence of tetrads is poorly defined, although nucleated, caramel and white cryolite types show evidence for tetrad effect.Este trabalho enfoca a geoquímica de elementos terras raras (ETR) e de Y no minério criolítico disseminado, no depósito criolítico maciço e na fluorita associada na mina Pitinga. As assinaturas de ETR na criolita e fluorita são similares àquelas do granito Madeira. Os maiores valores de SETR são encontrados na criolita magmática disseminada (677 a 1.345 ppm); SETR é menor na criolita maciça, com valores médios de 10,3 ppm, 6,66 ppm e 8,38 ppm, respectivamente, nos tipos de criolita nucleada, caramelo e branca. A fluorita magmática disseminada apresenta os valores mais altos de SETR (1.708 e 1.526 ppm), contrastando com a fluorita de veio tardio(34,81 ppm). A concentração de Y é maior na fluorita disseminada e na criolita magmática. As evoluções de diversos parâmetros (SETR, ETRL/ETRP, Y) podem ser seguidas através dos sucessivos estágios de evolução dos albita granitos e mineralização associada. Os dados de ETR indicam que o depósito criolítico maciço foi formado por, e o minério disseminado enriquecido por (formação adicional criolita disseminada hidrotermal), fluidos hidrotermais residuais do albita granito. A presença do efeito tetrad não é bem definida, embora as criolitas maciças nucleada, caramelo e branca apresentem algumas evidências deste efeito.FINEPAgência para o Desenvolvimento da Indústria Mineral do BrasilConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - Departamento Nacional de Produção MineralFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) - Programa de Apoio a Núcleos de ExcelênciaCNP
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