398 research outputs found

    Construção de uma perspectiva curricular intercultural e inclusiva

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    A sociedade brasileira vem assumindo a necessidade de se promover o convívio social e a inserção profissional de pessoas diferenciadas, seja por identidades culturais, seja por limitações físicas e mentais. Isto pressupõe a implementação de processos educativos apropriados, assim como a formação dos educadores para trabalharem com a diversidade biocultural dos estudantes. Nesta direção, o Serviço Social da Indústria de Santa Catarina (SESI-SC) desenvolveu um projeto de formação de educadores que atuam em projetos de inclusão educacional de jovens e adultos com deficiências visuais, auditivas, motoras e mentais. Após um curso intensivo que permitiu o conhecimento das especificidades e as necessidades educacionais das pessoas com deficiências, realizou-se um processo de reflexão sobre a prática de algumas unidades de educação inclusiva de jovens e adultos do SESI em Santa Catarina. Partiu-se da caracterização preliminar dos objetivos, dos desafios principais, assim como das condições e necessidades educacionais dos estudantes e dos profissionais que constituem estas unidades operacionais. Realizou-se um encontro presencial em que foi se construindo dialogicamente a representação simbólica da prática educacional vivida. Construiu-se a partir das informações da prática, uma representação da organização curricular que serve como “mapa”, ou referência para cada unidade orientar sua reflexão e suas decisões educacionais cotidianas. Tal construção delineia princípios metodológicos e epistemológicos pertinentes à investigação-açãoeducativa dialógica e complexa

    Desafíos epistemológicos emergentes en la relación intercultural

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    A partir de un diálogo con intelectuales orgánicos Kaiowá-Guarani, Mbyá Guarani, Boe-Bororo e Terena (Brasil), se busca entender los fundamentos epistemológicos de la relación intercultural de los pueblos nativos y la sociedad brasileña. En el entendimiento de la relación entre los seres humanos y la naturaleza, se confronta la visión mítica de la Madre Naturaleza con la visión capitalista de la tierra-propiedad, el cuidado del ambiente se opone a la práctica económica de la explotación para el mercado. Para los aborígenes, La organización social, se constituye preponderantemente a partir de la cooperación y el diálogo, al contrario de las formas bipolares de oposición partidaria adoptadas por la organización del Estado moderno. Entre los campos de mediación, se encuentran las historias de vida, el lenguaje, la escuela, la economía, la religión. Son campos profundamente conflictivos, que sustentan procesos de interacciones interculturales paradójicos y generalmente trágicos. Se coloca el desafío "dialógico" de comprender la diversidad de lógicas constituidas por las diferentes culturas de modo que sus diferencias, en la relación, no sean anuladas, pero sí que constituyan campos de ambivalencias potencializadoras de saltos lógicos que hagan posible la comprensión de las paradojas y el enfrentamiento de las situaciones límites interculturales

    Antropofagia Cultural Brasileira e Educação Ambiental – a construção da reciprocidade antropofágica no Brasil a partir do contexto latino-americano

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    Este texto tem como objetivo refletir sobre as contribuições da Antropofagia Cultural Brasileira, em sua vertente pós-semana de Arte Moderna de 1922, para um repensar da cultura, da política e da educação no Brasil a partir de sua inserção no contexto latinoamericano. Este movimento cultural, que teve como um de seus principais articuladores o brasileiro Oswald de Andrade, e que terá sua obra como principal fonte de referência neste texto, será tomado como um movimento que busca romper com as velhas e desgastadas práticas da cópia e da imitação de hábitos e de costumes europeus pelas elites intelectuais e políticas latino-americanas em geral, e brasileiras em particular. As proposições do Movimento Antropofágico Brasileiro tiveram vários e efetivos desdobramentos que acabaram influenciando a sociedade nacional em seus aspectos políticos, econômicos, sociológicos, antropológicos. Enfim, pode-se dizer que este movimento foi um marco na produção cultural brasileira no sentido de buscar romper com a prática da imitação, da cópia e da desvalorização dos aspectos relacionados aos saberes e fazeres dos povos nativos nacionais e latino-americanos. Este texto fará uma abordagem destas repercussões da antropofagia Cultural Brasileira a partir de uma perspectiva intercultural. Perspectiva, esta, que busca não a anulação, mas, sim, a interrelação entre as diferentes culturas e suas formas de manifestação na sociedade latinoamericana em geral e brasileira em particular

    Desconstrução de Subalternidades e Idéias Anarquistas: possíveis convergências à caminho da insubordinação

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    A pesquisa em desenvolvimento nasceu dentro do projeto “Educação Intercultural: desconstrução de subalternidades em práticas educativas e socioculturais”. Surge da busca por aprofundar a perspectiva da desconstrução de subalternidades relacionando-a com movimentos políticos/sociais de insubordinação. O objetivo é discutir as possíveis convergências entre a opção pela desconstrução de subalternidades e as idéias anarquistas. Parte da desconstrução de subalternidades, enquanto uma perspectiva que leva em conta a complexidade do mundo atual, não acredita ser detentora de uma verdade redentora (Azibeiro) e busca a identificação de entre-lugares viáveis ao dialogo a construção do pensamento fronteiriço. É realizada por meio de pesquisa bibliográfica, análise e identificação dos pressupostos teóricos confluentes. Traz em conta os aportes da desconstrução de subalternidades: colonialidade do poder, eurocentrismo (Quijano), colonialidade-modernidade, diferença colonial, consciência dupla, pensamento fronteiriço (Mignolo) transmodernidade (Dussel), Entre-Lugar (Bhabha). Busca-se: levantar um pouco da história das idéias e movimentos anarquistas (Woodcock); traçar convergências como, por exemplo, a defesa pela desconstrução enquanto um postulado à transformação, à construção (Bakunin); refletir sobre o movimento antiglobalização (Liberato e Klein), sua relação com o surgimento de uma nova utopia, suas possíveis confluências ao manter um viés libertário, uma rebeldia visceral contra toda e qualquer forma de opressão e a autonomia como caminho e fim contribuindo com um horizonte de transformação social

    Educação indígena: fronteiras culturais e inclusão social (análise da Terra Indígena Xapecó)

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    O presente trabalho tem como objetivo analisar as políticas de educação indígena e a sua compreensão/articulação com a Escola Indígena de Educação Básica Cacique Vanhkre e a comunidade representada no movimento social Aika - Associação Indígena Kanhru. Assim, buscamos problematizar, a escola indígena como um espaço de fronteiras culturais, analisando o caso da Escola Indígena de Educação Básica Cacique Vanhkre, localizada na Terra Indígena Xapecó, Oeste de Santa Catarina. No primeiro momento de nosso trabalho, buscamos trazer à tona as imagens construídas do índio pela ótica do “outro”, em diferentes momentos e períodos do processo de constituição/formação da sociedade brasileira. Em seguida passamos a discutir as concepções de escola e as políticas desenvolvidas pelo Estado para os índios, em diferentes contextos históricos sociais, e por fim apontamos para a falta de articulação existente entre as políticas públicas de educação indígena, e as práticas efetivas de educação indígena na Escola Indígena acima citada e as demandas da Aika

    MOVIMENTO SOCIAL SOFTWARE LIVRE PELA INCLUSÃO DIGITAL E EDUCAÇÃO POPULAR

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    Este artigo tem como objetivo refletir sobre a participação do Movimento Social Software Livre nos processos de inclusão digital do ensino público. A análise da experiência do Projeto Classe, realizado em duas escolas públicas de Florianópolis em meados de 2006, demonstra uma ação de proximidade entre as metodologias de educação popular e o uso das ferramentas livres. Tal análise discute como e se elas contribuíram para uma formação dialógica, democrática, participativa e cidadã na cultura digital

    Interview with Jose Lambert

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    Interculturalidade, saber e poder no campo da capoeira

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    Esta comunicação analisa as relações de saber e poder no campo cultural da capoeira, tendo como base para a reflexão atividades de ensino, pesquisa e extensão. Toma como aporte teórico a sociologia da cultura bordieusiana, por meio de conceitos como campo, habitus e capital simbólico. Focaliza as relações de saber e poder constituintes de contextos interculturais no universo simbólico da prática cultural capoeira. Tais contextos são dinamizados educacionalmente por encontros e confrontos de saberes e de sujeitos culturais. Analisa experiências de cursos de formação de educadores de capoeira, promovidos pelo grupo de pesquisa denominado Educação Intercultural e Movimentos Sociais/MOVER, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação/PPGE do Centro de Ciências da Educação/CED da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, na cidade de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina/SC, na região Sul do Brasil. As referidas práticas educativas guiaram-se metodologicamente por meio destas concepções: 1) investigação-ação educacional, em ciclos de planejamento, ação, observação e reflexão educativas; 2) abordagem dialógica freireana de levantamento de temas geradores; e 3) interculturalidade, como princípio de convivência entre sujeitos de identidades diferentes e como horizonte epistemológico. O processo de pesquisa abordado vem procurando contribuir com um enfoque para a análise das relações de saber e poder emergentes no campo cultural da capoeira, por meio do aporte da sociologia da cultura. E apresenta considerações sobre limites e possibilidades da incorporação da sociologia da cultura bourdieusiana no processo de elaboração de referenciais teórico-metodológicos para as práticas educativas interculturais, em cenários de práticas culturais como a capoeira

    Ecopedagogy: educating for a new eco-social intercultural perspective

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    Nesse artigo pretende-se apresentar um estudo exploratório da Ecopedagogia comoum projeto educacional internacional, que nasceu das necessidades do Novo Milêniopara transformar a globalizada “Sociedade de Risco Mundial”, produzida pelossistemas capitalistas neoliberais de dominação global em direção a uma civilizaçãoalternativa, ecológica e social. A Ecopedagogia visa à criação de uma civilizaçãoecologicamente sustentável, na perspectiva de reconstrução fundamental, democráticae planetária dos sistemas de educação. Esta pesquisa, focalizada na perspectivaepistemológica pós-colonialista de Paulo Freire, argumenta que a própria vidae seu(s) futuro(s) dependem agora da humanização e transformação da educação.Freire coloca os problemas da libertação cultural e educacional e explora as possibilidadesemancipatórias proporcionadas pelo interculturalismo. Adotou-se abordagem interdisciplinar e comparativa para o estudo da Ecopedagogia como uma nova fasedo desenvolvimento de teorias e movimentos ambientais e sociais, no sentido decontribuir para o seu avanço como um projeto educacional planetário para uma“Nova Civilização Ecossocial”. Além disso, buscou-se desenvolver um conhecimentosignificativo e aplicável para transformar a educação na direção da sustentabilidadeecológica, responsabilidade social e interculturalidade
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