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"Our Museum", Promovendo a Mudança nos Museus: Entrevista com Piotr Bienkowski
O envolvimento de pessoas, grupos e comunidades no mundo dos museus constituiu a premissa fundamental para o desenvolvimento do projecto britânico "Our Museum: Communities and Museums as Active Partners" (2012−2016). "Our Museum" juntou oito museus de diferentes tipologias e geografias com um objectivo comum: iniciar um processo de mudança organizacional que permitisse que as práticas participativas se tornassem parte integrante da vida desses museus, que fossem sustentáveis e que as comunidades fossem envolvidas no processo de decisão, não apenas em exposições e eventos, mas em todos os aspectos do trabalho em museus. No essencial, o projecto pretendeu atribuir às comunidades um agenciamento efectivo, ou seja, a possibilidade de participarem e colaborarem de forma regular no diálogo e no processo de decisão. Um estudo prévio concluiu que apesar dos desenvolvimentos nesta área, o envolvimento das comunidades e a participação nos museus do Reino Unido é ainda uma actividade periférica, e as comunidades tidas como beneficiárias passivas em vez de parceiros activos. "Our Museum" propôs integrar a participação nos museus através de uma abordagem integrada, implicando uma mudança organizacional e também alterações no modo como os profissionais trabalham. Nesta entrevista, Piotr Bienkowski, director do projecto, reflecte sobre as motivações, os objectivos e as abordagens desenvolvidas pelo "Our Museum" e faz um balanço sobre alguns dos resultados do projecto. São ainda apresentadas medidas concretas implementadas por alguns museus para lidar com as barreiras que impedem que a participação ainda não seja uma realidade "mainstream".Acesso Cultura, UID/HIS/00057/2013 (POCI-01-0145-FEDER-007702) – FCT, COMPETE, FEDER, Portugal 202
Os Museus e o Património Cultural Imaterial. Algumas Considerações
Tomando como referência fundamental o trabalho desenvolvido pela UNESCO em matéria de protecção do Património Cultural Imaterial (PCI), muito particularmente a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (2003), considerou-se oportuno reflectir sobre as implicações que este enfoque traz para os museus. São indiscutíveis as repercussões que este instrumento trouxe para o reconhecimento da importância do PCI à escala internacional, motivando um crescendo de iniciativas em torno da sua salvaguarda. O International Council of Museums (ICOM) reconhece um papel central aos museus nesta matéria. Este artigo reflecte sobre as possibilidades de actuação dos museus no sentido de dar resposta aos desafios da Convenção 2003, sendo certo que a partir das actividades dos museus é possível encontrar formas de estudar e de dar visibilidade a este património
Desafios da diversidade cultural nos museus do séc. XXI
SIAM. Series Iberoamericanas de Museología. Año 3, Vol.
Patrimónios Marítimos: Estratégias de Musealização do (i)material
Neste texto exploram-se algumas ideias acerca da relação dos museus com o “Património Cultural Imaterial” (PCI), conceito difundido pela Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO desde 2003 (daqui em diante Convenção de 2003), não ignorando, por outro lado, um universo mais lato do que pode ser percebido como “património imaterial” em contexto museológico. A reflexão toma como estudo de caso o Museu Nacional de Etnologia (MNE). Sendo o principal museu em Portugal no domínio da Antropologia, constitui um terreno fértil para reflectir sobre o papel do património imaterial nas políticas e práticas museológicas. No contexto das exposições novas possibilidades emergem quando falamos de património imaterial e, subsequentemente, do envolvimento das comunidades, em consonância com as tendências museológicas mais recentes; estratégias mais abertas e flexíveis à introdução de uma multiplicidade de leituras sobre a realidade, são alguns dos aportes que a sua problematização pode comportar. É nesta perspectiva que analisamos a exposição Artes de Pesca. Pescadores, Normas, Objectos Instáveis. Partindo deste exemplo identificamos alguns elementos que ajudam a reflectir sobre como o património imaterial pode tendencialmente contribuir para uma museologia mais participativa
Estamos ligados? Museus e Redes Sociais
Não é preciso ser-se especialista para criar um blogue, abrir uma página no facebook ou ter uma conta no twitter, mas precisamos muito de especialistas que orientem as instituições sobre como aproveitar e optimizar os recursos disponíveis. Claramente, o problema também está nas instituições, que nem sempre reflectem sobre estas questões. Por isso, antes de aderir a todas as aplicações disponíveis na internet é necessário pensar numa estratégia concertada e humanizada, definida a partir de questões basilares: porquê, para quê e para quem
Diversidade Cultural: da Periferia para o Coração dos Museus
Este texto situa a discussão sobre diversidade cultural nos museus. Apresenta algumas reflexões referentes ao trabalho desenvolvido pela National Museums Liverpool (Reino Unido) em prol da diversidade cultural. A autora defende o desenvolvimento de estratégias que tenham em conta a multidimensionalidade que a promoção da diversidade cultural comporta e a transversalidade com que deve ser tratada e integrada nos vários sectores da actividade museológica
Introdução: Perspectivas sobre Projectos Participativos nas Instituições Culturais
Actualmente não é incomum ouvirmos falar de projectos no sector cultural (museus, teatros, artes performativas, arte, património) que evidenciam o envolvimento de pessoas, grupos e comunidades. A participação parece suscitar o interesse de diferentes entidades (públicas e privadas) de onde resultam iniciativas de natureza muito diversa. Se é cada vez mais frequente o aparecimento de projectos culturais ditos participativos, entendemos que tem sido menos frequente a discussão sobre os modelos de participação em si: que níveis de envolvimento? Que expectativas? Que impacto? Como são avaliados? A questão afirma-se necessária: existirão em Portugal projectos intrinsecamente participativos na área cultural no sentido de uma efectiva partilha de poder e de decisão, ou apenas com elementos participativos? Em que ponto nos encontramos? Esta publicação lança algumas pistas de reflexão sobre esta temática, perspectivando um quadro comum de problemas e de desafios que atravessa diferentes instituições e espaços culturais, mas acima de tudo antevê caminhos de actuação partilhados.Acesso Cultura, UID/HIS/00057/2013 (POCI-01-0145-FEDER-007702) – FCT, COMPETE, FEDER, Portugal 202
Ana Carvalho, «Christian Hottin (org.), Le patrimoine culturel immatériel: Premières expériences en France»
Este livro de bolso insere-se na coleção Internationale de l’imaginaire (n. s., n.º 25), dirigida por Chérif Khaznadar, e constitui o terceiro número dedicado ao património cultural imaterial (PCI). Tendo como ponto de partida a narrativa oficial da UNESCO (a França aprovou a convenção em 2006), o livro dá conta, em jeito de balanço, do trabalho desenvolvido sobre esta matéria no âmbito das políticas públicas dos últimos quatro anos
Entrevista com Ana Paula Amendoeira
A paisagem cultural foi o tema condutor desta entrevista com Ana Paula Amendoeira, que nos apresenta a sua perspectiva sobre os problemas e os desafios presentes na discussão sobre políticas públicas para a protecção e valorização das paisagens culturais em Portugal. Directora Regional de Cultura do Alentejo desde 2013, Ana Paula Amendoeira é especialista em património histórico e paisagístico. O seu percurso é marcado pela experiência na administração pública local e regional, pela investigação no âmbito da reflexão sobre património mundial e pelo activismo associativo, nomeadamente na Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS Portugal). De que falamos quando nos referimos à patrimonialização da paisagem? Que constrangimentos, balanços e desafios futuros? Que contributos dos museus
Museus & Pessoas: Penelope Curtis
Penelope Curtis é desde Setembro de 2015 directora do Museu Calouste Gulbenkian. Tendo o conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian decidido implementar “uma estrutura unificada” para o Museu Calouste Gulbenkian e Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAM) são expectáveis mudanças. Nesta entrevista, Penelope Curtis dá a conhecer a sua visão sobre o futuro dos museus da Fundação
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