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O imaginário escolar pós ocupações secundaristas : o Caso da Emilio Massot - POA/RS
A criação, o desenvolvimento e manutenção de imaginários associado as instituições modernas que organizam as sociedades é um elemento discursivo que compõem as narrativas de poder que dominam o senso comum. As múltiplas lógicas agasalhadas nas imagens e representações dos lugares estabelecem o tom do diálogo que se faz com as instituições, assim a Escola e a vida escolar são tanto lugar de movimento e prestígios, como lugar de confinamento e uniformização. As ocupações secundaristas ocorridas no RS, durante o ano de 2016, rompem com os limites dos imaginários escolares de estudantes, professores e também da sociedade civil, acerca do valor e do papel da Escola para os projetos de sociedade que temos e queremos. São as ocupações secundaristas o desenvolvimento de uma nova compreensão política espacial da Escola, evidenciada através das relações de pertencimento ao espaço escolar e solidariedade para com os professores, enunciadas através dos estudantes secundaristas em seu ato de ocupar. Investigando a partir da ótica geográfica de professora em formação, analisarei as dimensões políticas e espaciais desse fenômeno de experimentação de novos imaginários de Escola. Onde a partir das ocupações, e em função desses novos protagonismos, desenvolvidos pelos estudantes, pode-se destacar algumas questões como: Para quem serve a Escola? Quem faz as perguntas da Escola? Como e com quem a Escola dialoga? E de que maneiras a Escola se faz Lugar? Acompanhamos nesse estudo a narração das vivencias da ocupação e pós ocupação da Escola Estadual de 1° e 2° Graus Cel. Afonso Emilio Massot, primeira escola ocupada no estado do RS, em maio de 2016. Na tentativa de desenvolver a discussão a partir dessas perguntas, entrevistei 14 sujeitos da escola Emilio Massot, que encontraram ou não, no surgimento de novas perguntas, soluções e alternativas, acerca da Ocupação e Gestão da Escola, a partir e para além do período de ocupação secundarista
Caminhos do tornar-se geógrafa em Porto Alegre - RS
Este trabalho foi desenvolvido a luz das construções teórico-metodológicas da nova Geografia Cultural, de modo que o foco desta pesquisa está voltado a relação dos sujeitos e suas trajetórias de vida profissional. O objeto desta análise é evidenciar o fenômeno de tornar-se geógrafa na cidade de Porto Alegre. Buscando através de narrativas femininas reconhecer formas de produção do conhecimento geográfico, dos quais tem sido predominante a enunciação de práticas e olhares masculinos. Para isso, geógrafas foram convidadas a apresentarem reflexões acerca de suas trajetórias profissionais e os vínculos afetivos construídas com a cidade por meio da categoria de Lugar. Durante o segundo semestre de 2018 entrevistas individuais foram realizadas fornecendo, dessa forma, subsídios para a elaboração de narrativas individuais e cartografias de trajetórias inter-relacionadas no Espaço-Tempo da cidade e do fazer geográfico. As narrativas e as cartografias representam fragmentos de cidade destacado nos percursos vivenciados por essas mulheres, permitindo a elaboração de uma cartografia da espacialização dos caminhos de tornar-se geógrafa em Porto Alegre.This work was developed in light of the theoretical-methodological constructions of the new cultural geography, so that the focus of this research is on the relationship of the subjects and their professional life trajectories. The object of this analysis is to highlight the phenomenon of becoming a geographer in the city of Porto Alegre. Seeking through female narratives to recognize the form of production of geographic knowledge, which has been predominantly enunciated through practical male looks. Geographers were invited to present reflections on their professional trajectories and the affective bonds built with the city through the category of Place. During the second semester of 2018, individual interviews were conducted that provided support for the development of individual narratives and cartographies of interrelated trajectories in the city's Space-Time and geographic making. The narratives and the cartographies represent fragments of the city highlighted in the paths experienced by these women, allowing the elaboration of a cartography of the spatialization of the paths of becoming a geographer in Porto Alegre