12 research outputs found
Museus de arte e seu caráter de espaço educativo
SIAM. Series Iberoamericanas de Museología. Año 3, Vol.
Arte, educação e registro: as várias formas da memória
The article starts from the issue of how to document what art teaching professionals plan in/for exhibitions in museums and cultural centers, presenting theoretical reflections that correlate the concepts of memory, archive and document. The text aims to discuss the relationship between document and memory in the cultural environment of Latin America, to point out how such links lead to different forms of registration and to provide reflection on the different ways that the memory of our educational practices in art can gain, as we integrate with our cultural landscape. The writing presents results of a bibliographical and field research (this one carried out in Lima, Peru), referenced in readings of the fields of art, education, history and semiotics of culture, from authors such as Artières (1998), Farge (2009), Lotman (1998), Pinheiro (2020), Sennet (2020), Taylor (2013) and Zumthor (1993). Among the results, we emphasize the understanding that choosing the most appropriate way to record a memory is related to what is considered to be remembered and that including these other forms of manifestation of memory expands what we understand by knowledge.El artículo parte de la cuestión de cómo documentar lo que los profesionales de la enseñanza del arte planifican en/para exposiciones en museos y centros culturales, presentando reflexiones teóricas que correlacionan los conceptos de memoria, archivo y documento. El texto tiene como objetivo discutir la relación entre documento y memoria en el ámbito cultural de América Latina, señalar cómo tales vínculos conducen a diferentes formas de registro y reflexionar sobre las diferentes formas en que la memoria de nuestras prácticas educativas en el arte puede ganar, a medida que nos integramos con nuestro paisaje cultural. El escrito presenta resultados de una investigación bibliográfica y de campo (esta realizada en Lima, Perú), referenciada en lecturas de los campos del arte, la educación, la historia y la semiótica de la cultura, de autores como Artières (1998), Farge (2009 ), Lotman (1998), Pine Tree (2020), Sennet (2020), Taylor (2013) y Zumthor (1993). Entre los resultados, destacamos la comprensión de que la elección de la forma más adecuada para registrar un recuerdo está relacionada con lo que se considera recordado y que la inclusión de estas otras formas de manifestación de la memoria amplía lo que entendemos por conocimiento.O artigo parte da problemática sobre como documentar aquilo que profissionais do ensino da arte planejam em/para exposições em museus e centros culturais, apresentando reflexões teóricas que correlacionam os conceitos de memória, arquivo e documento. O texto tem como objetivos debater relações entre documento e memória no ambiente cultural da América Latina, apontar como tais vínculos acarretam em distintas formas de registro e proporcionar reflexão a respeito das diferentes formas que a memória de nossas práticas educativas em arte podem ganhar, ao nos integrarmos com nossa paisagem cultural. A escrita apresenta resultados de uma pesquisa de caráter bibliográfico e de campo (esta realizada em Lima, Peru), referenciada em leituras dos campos da arte, da educação, da história e da semiótica da cultura, a partir de autores como Artières (1998), Farge (2009), Lotman (1998), Pinheiro (2020), Sennet (2020), Taylor (2013) e Zumthor (1993). Dentre os resultados, ressalta-se o entendimento de que a escolha da forma mais apropriada para o registro de uma memória tem relação com o que se considera que precisa ser lembrado e que incluir essas outras formas de manifestação da memória amplia o que entendemos por conhecimento
FORMAÇÃO DE EDUCADORES DE MUSEU: PROCESSOS DE MEDIAÇÃO PARA CRIANÇAS PEQUENAS NO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO (MAM-SP)
O artigo apresenta recorte de pesquisa realizada na Licenciatura em Artes Visuais da UNESPAR/FAP, cujo objetivo era fundamentar a mediação para crianças pequenas nos museus de arte. O texto discute dados coletados em entrevistas realizadas com os educadores do MAM-SP, contextualizando seu processo de formação. A hipótese levantada é a de que os profissionais de educação em museus de arte estudam pouco conteúdo de educação infantil na universidade, o que acarreta grande necessidade de formação continuada no local de trabalho
METODOLOGIAS DE PERCURSO: ENCONTROS, TROCAS E FORMAÇÃO COMPARTILHADA ENTRE CRIANÇAS E EDUCADORES EM MUSEUS
O presente artigo versa sobre a formação de educadores de museus e foi construído a partir de resultados obtidos na pesquisa de conclusão de graduação em Artes Visuais na UNESPAR/FAP intitulada "Educadores, Formação e Processos de Mediação: crianças pequenas e arte contemporânea no museu" . Durante a pesquisa de campo, observei a prática e conversei com educadores de museus e, ao mesmo tempo, relembrei e refleti sobre a minha própria trajetória como educadora, iniciada anos antes, visando compreender como se dá o processo de formação desses profissionais. Esta abordagem me fez apreender como algumas dificuldades encontradas nesse campo de trabalho são fruto de uma conjuntura em que a educação não formal ainda é pouco valorizada nas universidades e nos próprios museus. Em paralelo a isso, observei como as instituições museais exercem um papel formativo para esta profissão, papel este do qual nem todos os museus têm ainda plena consciência, mas que ocorre, entre outras razões, devido às universidades não darem conta da totalidade de opções de atuação dos licenciados. Igualmente, saltou-me aos olhos o papel das crianças na formação desses profissionais: como em toda a profissão, aprende-se muito na prática, mas neste caso as crianças são companheiras nestes percursos, possibilitando novas trocas a cada encontro. Assim, o artigo tem como objetivo estimular a discussão sobre a importância da formação dos educadores para a construção de uma prática educativa crítica e, ao mesmo tempo, autoral e sensível nos museus, tendo como aporte teórico autores como Anna Marie Holm (2007), Cayo Honorato (2011), Lev Vigotski (2007, 2009) e Maria Isabel Leite (2005, 2010)
Colaboração como ato de “aprender de e com” o outro: tendência do trajeto de construção de um projeto educativo por Paulo Freire em Cartas à Guiné-Bissau
O artigo apresenta análise sobre um corpus de dezessete cartas publicadas por Paulo Freire no livro Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo, de 1977. O objetivo do presente estudo é evidenciar como a ideia de “aprender de e com” o outro direcionou a criação de um projeto de alfabetização para adultos no citado país africano, atuando como uma tendência do movimento do gesto criador do educador, como integrante e líder de uma equipe. Para tanto, a escrita do artigo é norteada pelo conceito de “trajeto com tendência”, desenvolvido por Cecília Almeida Salles (1998), que diz respeito a um rumo vago que norteia processos de criação. Ao mesmo tempo, é discutido o conceito de colaboração implícito na prática de Paulo Freire com o auxílio das pesquisas sobre processos de criação em grupo de Salles (2017) e as leituras de Coelho (2011) e Berino (2017) sobre comunicação e estética na produção deste educador. O estudo das cartas explicitou um forte diálogo de Cartas à Guiné-Bissau com a obra Pedagogia do Oprimido e revelou a noção de colaboração como prática fundada na comunicação
FORMAÇÃO DE EDUCADORES DE MUSEU: PROCESSOS DE MEDIAÇÃO PARA CRIANÇAS PEQUENAS NO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO (MAM-SP)
O artigo apresenta recorte de pesquisa realizada na Licenciatura em Artes Visuais da UNESPAR/FAP, cujo objetivo era fundamentar a mediação para crianças pequenas nos museus de arte. O texto discute dados coletados em entrevistas realizadas com os educadores do MAM-SP, contextualizando seu processo de formação. A hipótese levantada é a de que os profissionais de educação em museus de arte estudam pouco conteúdo de educação infantil na universidade, o que acarreta grande necessidade de formação continuada no local de trabalho.
Planejar práticas educativas em museus de arte: quatro pontos de partida
Estudar planejamento na educação diz respeito, em um primeiro momento, a uma tríade básica de relações que se apresenta já na transitividade relativa do verbo ensinar: quem ensina, ensina algo a alguém. Além disso, há os métodos: é por meio deles que os sujeitos se aproximam dos conteúdos. No presente artigo, proponho pensarmos nesses elementos como os qua-tro aspectos básicos dos quais se pode partir para construir uma prática educativa em um museu de arte. A partir desses componentes simples busco, ao longo do texto, deflagrar um panorama mais complexo, em que características específicas de cada ambiente cultural podem vir a compor os matizes da educação praticada. Desenvolvo tais ideias por meio de exemplos do campo das práticas educativas em museus de arte, obtidos através de levantamento de estado da arte desenvolvido durante pesquisa de douto-rado. Do ponto de vista metodológico, trata-se, assim, de uma pesquisa teórica com levantamento bibliográfico. A investigação se encontra na intersecção entre os campos da semiótica, da comunicação e da educação, tendo especial relevância para minha abordagem ao tema os autores Amálio Pinheiro, François Laplantine, Iuri Lotman, Jesús Martín-Barbero, Paulo Freire e Richard Sennett.Studying planning in education concerns, at first, a basic triad of relationships that appears in the relative transitivity of the verb to teach in Portuguese grammar: whoever teaches, teaches something to someone. In addition, there are methods: it is through them that subjects approach contents. In this article, I encourage you to think of these elements as the four basic aspects from which we can build an educational practice in an art museum. From these simple components, throughout the text I seek to reveal a more com-plex outlook, in which specific characteristics of each cultural environment may compose the nuances of the education practiced. I develop such ide-as through samples from educational practices in art museums, obtained through a state-of-the-art survey developed during doctoral research. From a methodological standpoint, it is, therefore, a theoretical research with a bibliographic survey. This investigation stands in the intersection among the fields of semiotics, communication and education. Authors Amálio Pinheiro, François Laplantine, Iuri Lotman, Jesús Martín-Barbero, Paulo Freire and Richard Sennett have had special relevance to my approach to the theme
Laboratório colaborativo em arte e educação:processos de criação em grupo entre educadores
This article presents an analysis of the creation processes in groups from the project of non-formal education Laboratório Colaborativo em Arte e Educação (Collaborative Laboratory in Art and Education, in Portuguese), which occurred during 2018 at the art gallery that belongs to CAIXA Cultural Curitiba and at three schools in Curitiba, Brazil. The analysis is based on process documentation that has been stored, such as photographs, drawings, videos, text messages, written evaluation, among others, which show how the different subjects involved at the project (teachers, museum educators, students, families and artists) acted in order to create their planning. The study intends to evaluate, from a qualitative point of view, the resulting dialog between museum and school. The methodology has a theoretical basis on the creative process criticism by Cecília Almeida Salles; the reflection on dialog is developed based on Paulo Freire; and authors Maria da Glória Gohn and Michèlle Petit are a support for the discussion on planning, cultural mediation and non-formal education on art. After the research we understand that the evaluation of an educational action will be progressively more meaningful the more documents we find to relate among each other; we also understand that the opening for the transformations in the planning during each experience of the project improved the quality of the dialog between the schools and the museum and became a part of the dialog itself. O artigo apresenta uma análise sobre os processos de criação em grupo ocorridos no projeto de educação não formal Laboratório Colaborativo em Arte e Educação, desenvolvido durante o ano de 2018 entre a galeria de arte da CAIXA Cultural Curitiba e três escolas da cidade de Curitiba. A análise é realizada a partir de documentos de processos arquivados, como fotografias, desenhos, vídeos, chats, avaliações por escrito, entre outros, que indicam os movimentos de diversos sujeitos envolvidos no projeto (professores, educadores de museus, estudantes, famílias e artistas) para a criação dos planejamentos. O estudo tem como objetivo avaliar, de um ponto de vista qualitativo, o diálogo obtido entre museu e escola. A metodologia utilizada tem como base teórica a crítica de processos criativos, de Cecília Almeida Salles; a reflexão sobre diálogo é desenvolvida a partir de Paulo Freire; e as autoras Maria da Glória Gohn e Michèle Petit sustentam os debates sobre planejamento, mediação cultural e educação não formal no campo da arte. Compreendemos a partir da pesquisa que a avaliação de uma ação educativa será tanto mais rica quanto mais documentos possuirmos para relacionar entre si e que a abertura para as transformações do planejamento durante cada experiência do projeto favoreceu a qualidade do diálogo entre as escolas e o museu e constituíram em si parte do próprio diálogo.
Colaboração como ato de “aprender de e com” o outro
O artigo apresenta análise sobre um corpus de dezessete cartas publicadas por Paulo Freire no livro Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo, de 1977. O objetivo do presente estudo é evidenciar como a ideia de “aprender de e com” o outro direcionou a criação de um projeto de alfabetização para adultos no citado país africano, atuando como uma tendência do movimento do gesto criador do educador, como integrante e líder de uma equipe. Para tanto, a escrita do artigo é norteada pelo conceito de “trajeto com tendência”, desenvolvido por Cecília Almeida Salles (1998), que diz respeito a um rumo vago que norteia processos de criação. Ao mesmo tempo, é discutido o conceito de colaboração implícito na prática de Paulo Freire com o auxílio das pesquisas sobre processos de criação em grupo de Salles (2017) e as leituras de Coelho (2011) e Berino (2017) sobre comunicação e estética na produção deste educador. O estudo das cartas explicitou um forte diálogo de Cartas à Guiné-Bissau com a obra Pedagogia do Oprimido e revelou a noção de colaboração como prática fundada na comunicação.</jats:p
