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Memória da fronteira : o contrabando como explicação do mundo
1. A institucionalização da memória do contrabando – museus, monumentos e textos apologéticos. 2. O desaparecimento do contrabando tradicional: fim de um recurso material e emergência de um recurso narrativo. 3. A constituição de um discurso hegemónico sobre o contrabando: a valorização do “heróico contrabando tradicional”. 4. Fenómenos de polarização e esquematização narrativa: os “bons” e os “maus”. 5. Memórias do contrabando: a ética para lá da recordação. 6. “Cultura letrada” versus “cultura popular”, ou a mútua fecundação na consolidação de uma representação hegemónica do contrabando. 7. A memória como espaço disputa. 8. Como entender a patrimonialização da memória do contrabando
Materiais para o fim do mundo 6
Para estudar o imaginário do fim do mundo, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa organiza, desde 2013, uma série de seminários abertos, coincidindo com os equinócios e os solstícios. Os libretos Materiais para o Fim do Mundo recolhem alguns ensaios apresentados nesses seminários, ou textos afins. Neste sexto libreto, David Pinho Barros relê A Estrela Misteriosa de Hergé (1942), interrogando a importância da perspectiva humana e sua escala (de que tamanho é uma aranha ou um cogumelo no fim do mundo?), com a Segunda Guerra Mundial como inevitável referência tácita; José Bértolo estuda os filmes do «ciclo bretão» de Jean Epstein - de Finis Terræ (1929) a Les Feux de la Mer (1948), analisando as linhas de fronteira entre terra, mar e céu, mundo natural e mundo humano, realidade e linguagem, literatura e cinema; e Luís Mendonça recorda um argumento de cinema escrito por James Agee em 1945, proposto a Charles Chaplin, mas nunca realizado: the tramp sobrevive a uma guerra nuclear de proporções apocalípticas, recusa o progresso científico que conduz afinal à morte da civilização, e parte, eternamente sozinho, pela estrada do crepúsculo
A NOÇÃO DE FRONTEIRA NA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL SOBRE A AMAZÔNIA
Resumo
Este artigo apresenta uma discussão sobre
a noção de fronteira a partir da formação
do pensamento social sobre a Amazônia.
Tal discussão visa facilitar o entendimento
da Amazônia, apontando as distintas interpretações
sobre esta região. Dessa maneira,
compreender a noção de fronteira a
partir da formação do pensamento social
significa reconhecer que embora a noção
de fronteira tenha existido em diferentes
momentos históricos, seu significado varia
no tempo e no espaço, pois a fronteira
representa não apenas o desencontro de
diferentes visões de mundo, mas a coexistência
de diferentes temporalidades.
Palavras-chave
Amazônia; Fronteira; Pensamento Social
Habitantes da fronteira: os portugueses e o mundo
Na literatura contemporânea portuguesa, a emigração e o exílio apresentam-se como leituras críticas do modo como o homem português interpretou as viagens do século XVI ou, pelo menos, sua principal manifestação literária: Os Lusíadas. Apontando a fronteira como conceito fundamental, este ensaio pretende analisar alguns desses textos que, no século XX, instituíram um novo modo de compreender a identidade e a cultura de Portugal
O Gaúcho e a fronteira no mundo virtual
Um rico e diversificado mundo simbólico compõe a identidade cultural do estado do Rio Grande do Sul. Tanto assim que ela é capaz de, a princípio, justificar um forte sentimento existente de negação do gaúcho enquanto brasileiro. Tal fato é ressaltado pela história ímpar do estado, marcado por diversos movimentos separatistas desde o século XIX. Hoje, o tema separatismo ainda gera muita polêmica. Porém, a discussão migrou dos campos de batalha para a Internet. Este artigo é parte integrante de uma pesquisa em andamento, cuja proposta é analisar o que pensa a comunidade virtual de um site de cultura e tradição gaúchas sobre o que é ser gaúcho e sobre a formação de um Estado-nação próprio, a partir das mensagens enviadas pelos internautas para o mural de recados do mesmo. Entender como se dá o debate destas questões, tão atreladas à territorialidade, no espaço de fluxos é o objetivo do presente trabalho
Tríplice Fronteira: entre conflito e cooperação pela água
A I Semana Acadêmica de Relações Internacionais foi realizada em outubro de 2016, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), nas dependências do campus do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI)Este artigo tem o objetivo de fazer uma breve reflexão sobre o avanço estadudinense na
Tríplice Fronteira, entre o Brasil-Paraguai-Argentina, onde encontra-se uma das mais belas paisagens
naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu. Outra riqueza natural local também atrai vários interesses.
No subsolo dessa região encontra-se a principal reserva natural de água potável da América Latina - o
Aquífero Guarani. Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro. O valor desse patrimônio natural
é incalculável e desperta o interesse de muitos países, fazendo crer que no futuro podem ocorrer guerras
pelo acesso a esse contingente de água potável, hoje reservado à tríplice fronteira. E tentar descobrir qual
o real motivo para que as bases militares americanas estão se fazendo presente, principalmente nos países
abrangidos pelo aquífero guarani, conceituando a área como um safe havenCentro Interdisciplinar de Integração e Relações Internacionais - CIIRI ; Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea na América Latina - PPGICA
Notas sobre fronteiras, pós-colonialismo e pensamento fronteiriço
O termo fronteira tem adquirido uma série de acepções na atualidade. Uma delas indica a necessidade de compreender a fronteira a partir de relações de poder, ambiguidades e hibridismos nas diversas situações que nela se encontram. O objetivo deste artigo, é analisar os aspectos do termo fronteira na abordagem denominada pós-colonial em associação com o termo pensamento fronteiriço. Em suma, as abordagens pós-coloniais revelam duras críticas às noções de desenvolvimento, as formas de saberes eurocêntricos, as desigualdades entre os sexos, as hierarquias raciais, as desigualdades nas periferias do sistema-mundo, entre outros
Notions of border in regionalism theory and praxis: a critical overview = Noções de fronteira na teoria e práxis do regionalismo: uma visão crítica = Nociones de frontera en la teoría y praxis del regionalismo: una visión crítica
Este artigo fornece um panorama conciso das noções de fronteira na teoria e nas práxis do regionalismo. Também se discute o aumento, na última década, das barreiras fronteiriças neste mundo globalizado e a sua relação com o regionalismo. Através de uma aproximação histórica à construção de teorias, considera-se as ideias implícitas de fronteira derivadas dos desenvolvimentos teóricos e empíricos do regionalismo. Este paper conclui que o antigo regionalismo indica uma noção de fronteira como separação. O novo regionalismo implica em uma noção de fronteira como filtro. A atual onda do regionalismo comparado identifica dois processos aparentemente contraditórios (regionalismo multinível e nacionalismo) que acionam a formação de regiões (trans)fronteiriças incorporadas em teias entrelaçadas de redes globais, exigindo uma perspectiva globalista no estudo dessas dinâmica
Noções de fronteira na teoria e práxis do regionalismo: uma visão crítica = Notions of border in regionalism theory and praxis: a critical overview = Nociones de frontera en la teoría y praxis del regionalismo: una visión crítica
Este artigo fornece um panorama conciso das noções de fronteira na teoria e nas práxis do regionalismo. Também se discute o aumento, na última década, das barreiras fronteiriças neste mundo globalizado e a sua relação com o regionalismo. Através de uma aproximação histórica à construção de teorias, considera-se as ideias implícitas de fronteira derivadas dos desenvolvimentos teóricos e empíricos do regionalismo. Este paper conclui que o antigo regionalismo indica uma noção de fronteira como separação. O novo regionalismo implica em uma noção de fronteira como filtro. A atual onda do regionalismo comparado identifica dois processos aparentemente contraditórios (regionalismo multinível e nacionalismo) que acionam a formação de regiões (trans)fronteiriças incorporadas em teias entrelaçadas de redes globais, exigindo uma perspectiva globalista no estudo dessas dinâmica
Abertura de mundo e espaço potencial: a transicionalidade como intencionalidade. Uma leitura fenomenológico-hermenêutica da psicanálise de D. W. Winnicott
En este trabajo nos propondremos desarrollar tres tesis fundamentales: a) Mostrar que Heidegger concibe al mundo como una trama semántica de corte pragmático, anterior a la fijación en cualquier material fonético codificado culturalmente; b) Señalar que el fenómeno que Winnicott indica con el término transicionalidad puede ser equiparado al mundo de Heidegger; y c) En la medida en que ese espacio potencial se constituye como un mecanismo de frontera que posibilita el tránsito de lo exterior a lo interior, puede ser comprendido como una estructura intencional. Así, el carácter de mediación del mundo se considera desde el punto de vista del correlato objetivo, es decir, desde el útil y la obra de arte. Ambos tipos de “objetos” son dispositivos que se sitúan en la frontera del sentido y posibilitan la transición de aquello que está por fuera del espacio semántico.In this paper we propose to develop three basic thesis: a) Show that Heidegger sees the world as a cutting semantic pragmatic frame, prior to fixing in any culturally coded phonetic material, b) To note that the phenomenon indicated by Winnicott the term transitionality can be equated to the world of Heidegger, and c) To the extent that potential space is the frontier as a mechanism that allows the passage from exterior to interior, can be understood as an intentional structure. Thus, the nature of mediation in the world is considered from the standpoint of an objective correlative, that is, from the tool and the work of art. Both types of "objects" are devices that are placed at the boundaries of sense and allow the transition from what is outside the semantic space.Este artigo propõe desenvolver três teses fundamentais: a) mostrar que Heidegger concebe o mundo como uma trama semântica de corte paradigmático, anterior à fixação em qualquer material fonético codificado culturalmente; b)Assinalar que o fenômeno que Winnicott indica com o termo "transicionalidade" pode ser equiparado ao "mundo" em Heidegger; c) mostrar em que medida o espaço potencial se constitui como um mecanismo de fronteira, que possibilita o trânsito do exterior para o interior, pode ser compreendido como uma estrutura intencional. Assim, o caráter de mediação do mundo será considera a partir do ponto de vista do correlato objetivo, isto é, a partir do útil e da obra de arte. Ambos os tipos de "objetos" são dispositivos que se situam na fronteira do sentido e possibilitam a transição daquilo que está fora do espaço semântico.Fil: Bertorello, Mario Adrián. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad de Buenos Aires; ArgentinaFil: Bareiro, Julieta María. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad de Buenos Aires; Argentin
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