2,216 research outputs found

    Feminismo De(s)colonial como Feminismo Subalterno Latino-Americano

    Get PDF
    In this article I propose the understanding of decolonial feminism as Latin-American and subaltern feminism. In the last two decades, decolonial feminism has developed a critical discourse on modernity and coloniality outside and inside of Latin-American feminism. As well as Third-World feminism, decolonial feminism presents the paradox of feminist representation. There is a necessary articulation between the theory and practice in decolonial feminist project and its main novelty is to reconstruct the decolonization as a political utopia, along w others Latin-American and subaltern feminisms.En el presente artículo sostengo que el feminismo de(s)colonial puede entenderse como un feminismo subalterno, incluso en la trayectoria de los feminismos latinoamericanos. Debido a la formulación de un discurso crítico cerca de la modernidad e la colonialidad en el propio feminismo, el feminismo de(s)colonial es parte del larga historia del feminismo tercero mundista que anticipado el paradoja de la representación feminista. Sugiero que el debate feminista de(s)colonial se entienda en su complejidad teórica y práctica, argumentando que su novedad y distinción radica en la construcción y articulación de la idea de descolonización como una utopía política de diferentes feminismos subalternos latinoamericanos en las últimas dos décadas.No presente artigo argumento que o feminismo de(s)colonial pode ser entendido como um feminismo subalterno, inclusive na trajetória dos feminismos latino-americanos. Ao mobilizar um discurso crítico à modernidade e à colonialidade, inclusive dentro do próprio movimento feminista, o feminismo de(s)colonial se insere em uma história mais ampla do feminismo terceiro-mundista que antecipou aquilo que chamo de paradoxo da representação feminista. Sugiro que o debate feminista de(s)colonial seja compreendido em sua complexidade teórica e prática, argumentando que sua novidade e distinção reside na construção e na articulação da ideia de descolonização como utopia política de diferentes feminismos subalternos latino-americanos nas duas últimas décadas

    A colonialidade do gênero e poder: da pós-colonialidade à decolonialidade

    Get PDF
    Teorias anticoloniais analisam complexas relações de poder entre o colonizador e o colonizado para promover projetos políticos de descolonização. Este artigo situa as teorias feministas anticoloniais em relação a duas linhas de pensamento anticolonial, as teorias pós-colonial e decolonial, particularmente a vertente da teoria decolonial desenvolvida pelos pensadores do grupo Modernidade/Colonialidade da América Latina. Comparam-se os conceitos centrais dos argumentos teóricos e projetos políticos associados a interseccionalidade, feminismo pós-colonial, e o feminismo decolonial que Maria Lugones aprofundou com sua noção de colonialidade de gênero.  O artigo explora a recepção do trabalho de Lugones na América Latina e as análises que a teoria decolonial oferece para a criação de projetos contemporâneos de justiça social

    Espelho, espelho meu... a ferida narcísica de um colonialismo falocêntrico

    Get PDF
    What would happen if our bodies spoke, if our gagged mouths screamed the silence of all those centuries? Grada Kilomba in The memory of the plantation shows us that through the creation of a new decolonial language it is possible to reconstruct the structures of power and that marginalized identities can then reconfigure the notion of knowledge. We know that the modern patriarchal system has historically colonized our narratives, our languages, which are untranslatable to colonizers, with language being a regulatory ideal. bell hooks on And I'm not a woman? describes how the literature was effective in creating an imaginary of black bodies. Lugones tells us how the modern colonial gender process imprisons Latin American bodies, or even, as Lélia Gonzalez calls it, Amerifricans. Based on these voices and decolonial feminist thinking, I defend the urgency that we have to create a new language, escaping the grammatical restrictions that pervade gender, sexuality and raciality, these categories being interwoven. It is necessary to take a position of authors and not of objects, to narrate our own history, giving way to another vocabulary, denouncing our silences, our colonizing gags masks, our tortured voices, our broken languages, imposed languages, im-peded speeches. Writing is, therefore, an act of resistance and a collective and political hun-ger to gain a voice. I propose a work that is both a political discourse and a personal and poetic narrative, which places the precariousness, the pain, the emotion, the experiences of the Amerifrican corporations incorporated in the discourse and which breaks with the mod-ern capitalist colonial logic, and which also patriarchal.O que aconteceria se nossos corpos falassem, se nossas bocas amordaçadas gritassem o silêncio de todos esses séculos? Grada Kilomba, em A memória da plantação, nos expõe que, através da criação de uma nova linguagem decolonial, é possível a reconstrução das estruturas de poder e que as identidades marginalizadas podem, então, reconfigurar a noção de conhecimento. Sabemos que o sistema patriarcal moderno colonizou ao longo da história nossas narrativas, nossas línguas, que são intraduzíveis para os colonizadores, sendo a língua um ideal regulatório. bell hooks, em E eu não sou uma mulher?, descreve como a literatura foi eficaz na criação de um imaginário dos corpos negros. Lugones nos fala como o processo moderno colonial de gênero aprisiona os corpos latino-americanos, ou mesmo, como Lélia Gonzalez chama, amerifricanos. A partir dessas vozes e do pensamento feminista decolonial, defendo a urgência que temos em criar uma nova linguagem fugindo das restrições gramaticais que perpassam o gênero, a sexualidade e racialidade, sendo essas categorias imbricadas. É preciso tomar uma posição de autores e não de objetos, narrar nossa própria história, dando lugar a um outro vocabulário, delatando nossos silêncios, nossas máscaras de mordaças colonizadoras, nossas vozes torturadas, nossas línguas rompidas, idiomas impostos, discursos impedidos. Escrever é, portanto, um ato de resistência e uma fome coletiva e política de ganhar voz. Proponho um trabalho que é, ao mesmo tempo, um discurso político e uma narrativa pessoal e poética, que coloque a precariedade, a dor, a emoção, as experiências dos corpos amerifricanos incorporados no discurso e que rompa com a lógica colonial moderna capitalista, e que também é patriarcal

    Gênero na perspectiva decolonial: revisão integrativa no cenário latino-americano

    Get PDF
    We are interested in investigating the main Latin American contributions to decolonial studies about the concept of gender, as we understand that it can operate as a type of coloniality as it makes invisible many worldviews and socio-cultural practices that produce different social relations. For this end, we made an integrative view of scientific production on gender alongside decolonial thought on the Portal de Periódicos CAPES and on Redalyc. After applying the inclusion-exclusion criteria, 35 articles were analyzed. The results pointed to (a) denial of the feminist universal subject; (b) the understanding of gender, race and class as co-constitutive variables; and (c) questioning the applicability of the concept in different cultural logics. The discussion on gender on the decolonial perspective has been strengthened, especially in Brazil, but it still demands efforts on reflections on colonial inheritances in current times.Nos interesa investigar las principales contribuiciones latinoamericanas de los estudios decoloniales acerca del concepto de género, porque entendemos que el mismo puede operar una forma de colonialidad al invisibilizar la multiplicidad de cosmovisiones y prácticas socioculturales que producen relaciones sociales diferenciadas. Para tanto, realizamos una revisión intregrativa de la producción científica sobre género en articulación con el pensamiento decolonial en los Periódicos CAPES y en Redalyc. Después del proceso de inclusión-exclusión, 35 artículos fueron analizados. Los resultados apuntan para: (a) negación del sujeto universal del feminismo; (b) comprensión de género, raza y clases como variables co-constitutivas; y (c) cuestionamiento sobre la aplicación del concepto en realidades con diferentes lógicas culturales. La discusión sobre género en la perspectiva decolonial viene fortaleciéndose, especialmente en Brasil; sin embargo aún demanda esfuerzos por pensar las herencias de la colonialidad en la actualidad.Interessa-nos investigar as principais contribuições latino-americanas dos estudos decoloniais sobre o conceito de gênero, pois entendemos que tal conceito pode operar uma forma de colonialidade ao invisibilizar a multiplicidade de cosmovisões e práticas socioculturais que produzem relações sociais diferenciadas. Para tanto, realizamos uma revisão integrativa da produção científica sobre gênero em articulação com o pensamento decolonial no Portal de Periódicos CAPES e na Redalyc. Após o crivo de inclusão-exclusão, 35 artigos foram analisados. Os resultados apontam para: (a) negação do sujeito universal do feminismo; (b) compreensão de gênero, raça e classe como variáveis coconstitutivas; e (c) questionamento sobre a aplicação do conceito em realidades com diferentes lógicas culturais. A discussão sobre gênero na perspectiva decolonial vem se fortalecendo, especialmente no Brasil, mas ainda demanda esforços em pensar as heranças da colonialidade na atualidade

    Colonialidade de gênero e poder: da pós-colonialidade à decolonialidade

    Get PDF
    Teorias anticoloniais analisam complexas relações de poder entre o colonizador e o colonizado para promover o projeto político da decolonização. Este artigo situa teorias feministas anticoloniais em relação a duas escolas de pensamento anticolonial, a teoria pós-colonial e a teoria decolonial, particularmente a vertente da teoria decolonial desenvolvida pela escola de pensamento Modernidade/Colonialidade da América Latina. Ele compara os principais argumentos teóricos e projetos políticos associados à interseccionalidade, ao feminismo pós-colonial e ao feminismo decolonial que María Lugones fez progredir com seu conceito de colonialidade de gênero. O texto explora ainda a recepção do trabalho de Lugones na América Latina e as percepções críticas que a teoria decolonial oferece aos projetos de justiça social contemporâneos.

    A “questão feminina” e uma questão feminista: identidade

    Get PDF
    It is about thinking as a traditional question in the History of Western Philosophy reappearsas a problem in gender studies: identity. The way in which Philosophy constituted, since Descartes, thesubject and the subject's identity implies the exclusion of other possible subjects, who becomedehumanized and considered as the “Other”. To think about this relationship between a subject andmany others excluded from this place, we have recovered some reflections by J. Butler, A. Mbembe,Paul Preciado, G. Spivak and Denise Ferreira da Silva.Trata-se de pensar como uma questão tradicional na História da Filosofia ocidental reaparece como problema nos estudos de gênero: a identidade. A maneira como a Filosofia constituiu, desde Descartes, o sujeito e a identidade do sujeito implica a exclusão de outros sujeitos possíveis, que passam a ser desumanizados e considerados como o “Outro”. Para pensar essa relação entre um sujeito e muitos outros excluídos desse lugar, recuperamos algumas reflexões de J. Butler, A. Mbembe, Paul Preciado, G. Spivak e Denise Ferreira da Silva.

    O duplo nó do racismo: Lélia Gonzalez como intérprete da historiografia

    Get PDF
    In this text, we aim to outline the intellectual contribution of Lélia Gonzalez to the field of History, discussing the various challenges that the author posed to the readings and interpreters of historiography throughout her trajectory. Furthermore, we will demonstrate how Gonzalez employs an intersectional perspective (the “triple oppression”) as a way of seeing and analyzing History that largely opposes the canons of her time, racializing and gendering the canon.Pretendemos neste texto esboçar a contribuição intelectual de Lélia Gonzalez para o campo da História, discutindo as diversas interpelações que a autora fez às leituras e intérpretes da historiografia ao longo de sua trajetória. Além disso, demonstraremos como Gonzalez mobiliza um olhar interseccional (a “tripla opressão”) como forma de ver e analisar a História que é em grande medida avessa aos cânones do seu tempo, racializando e generificando o cânone

    Enunciações do feminismo decolonial a partir das categorias fundamentais ranganathianas

    Get PDF
    Objective: aims to identify the concepts that make up the decolonial feminist enunciations, in order to recognize them and better understand them within the context in which they are produced, signified and activated in the proposition of policies and conducts of life in society. The justification for developing this study is, initially, to recognize and defend feminism as a genuine social justice movement that has, as its prerogative, the defense of all human beings, regardless of their gender; Finally, by proposing, in an introductory way, a decolonial feminist conceptual framework that strengthens the recognition of the complexity and urgencies evidenced by the movement and that deserve to be part of the agendas of informational studies, since the causes that are fought for in the scope of this platform concern, first of all, the defense of human rights. Methods: For this, the study will follow a methodological path anchored in the Fundamental Categories proposed by S. Ranganathan: Personality, Matter, Energy, Space and Time (PMEST), as a basis for the composition of an introductory presentation of the concepts and expressions that compose the decolonial feminist enunciations. Results:  it was found, once again, that the Ranganathian library proposal enables the understanding of domains of knowledge beyond their linguistic structures. Conclusions: with regard to decolonial feminism, it was possible to recognize from the enunciations of this movement, how much it sustains itself as a Space (in the Ranganathian sense) fruitful for thinking and social action and that, therefore, has a lot to add to all the Sciences including, the one of the Information.Objetivo: identificar los conceptos que componen los enunciados feministas decoloniales, para reconocerlos y comprenderlos mejor en el contexto en que se producen, se significan y se actúan en la proposición de políticas y conductas de vida en sociedad. La justificación del desarrollo del estudio es, inicialmente, por reconocer y defender el feminismo como un movimiento genuino de justicia social que tiene como prerrogativa la defensa de todos los seres humanos, independientemente de su género; también por buscar defender que los enunciados y acciones del feminismo decolonial, amplían las fronteras y profundizan en las cuestiones básicas de la decolonialidad misma, y ??finalmente, por proponer, de manera introductoria, un marco conceptual feminista decolonial que potencia el reconocimiento de la complejidad y urgencias evidenciadas por el movimiento y que merecen componer las agendas de estudios divulgativos, ya que las causas por las que luchan en el ámbito de esta plataforma, conciernen, en primer lugar, a la defensa de los derechos humanos. Método: el estudio sigue un camino metodológico anclado en las Categorías Fundamentales propuestas por S. Ranganathan: Personalidad, Materia, Energía, Espacio y Tiempo (PMEST), como base de apoyo para la composición de una presentación introductoria de los conceptos y expresiones que componen los enunciados feministas decoloniales. Resultado: se constató, una vez más, que la propuesta bibliotecaria de Ranganathian posibilita la comprensión de dominios de conocimiento más allá de sus estructuras lingüísticas. Conclusiones: en cuanto al feminismo decolonial, fue posible reconocer, a través de los enunciados de este movimiento, cuánto se sostiene como un Espacio (en el sentido ranganathiano) que es fecundo para el pensamiento y la acción social y que, por tanto, tiene un mucho que añadir a todas las Ciencias incluida, la de la Información.Objetivo: identificar os conceitos que compõe as enunciações feministas decoloniais, no sentido de reconhecê-las e melhor compreendê-las dentro do contexto em que são produzidas, significadas e acionadas na proposição de políticas e condutas de vida em sociedade. A justificativa para o desenvolvimento do estudo é, inicialmente, por se reconhecer e defender o feminismo como um movimento genuíno de justiça social que tem, como prerrogativa, a defesa de todas as pessoas humanas, independentemente de seu gênero; também por buscar defender que as enunciações e ações do feminismo decolonial, alargam as fronteiras e aprofundam as questões de base da própria decolonialidade, e por fim, por propor, de modo introdutório, um quadro conceitual feminista decolonial que potencialize o reconhecimento da complexidade e das urgências evidenciadas pelo movimento e que merecem compor as agendas dos estudos informacionais, uma vez que as causas pelas quais se lutam no escopo desta plataforma, dizem respeito, antes de mais nada, a defesa dos direitos humanos. Método: o estudo segue em um percurso metodológico ancorado nas Categorias Fundamentais propostas por S. Ranganathan: Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo (PMEST), como base de sustentação para a composição de uma apresentação introdutória dos conceitos e expressões que compõem as enunciações feministas decoloniais. Resultado: se constatou, mais uma vez, que a proposta biblioteconômica Ranganathiana viabiliza a compreensão de domínios do conhecimento para além se suas estruturas linguísticas. Conclusões: No que se refere ao feminismo decolonial foi possível reconhecer, pelas enunciações deste movimento, o quanto ele se sustenta enquanto Espaço (no sentido Ranganathiano) profícuo para um pensar e um agir social e que, por isso, tem muito a agregar a todas as Ciências incluindo, a da Informação

    Subaltern Cartographies: epistemological paths for Information Science

    Get PDF
    Neste trabalho propomos uma interpretação do percurso de conformação dos estudos pós-coloniais e decoloniais. Para executá-la, através de pesquisa bibliográfica, caracterizamos o pós-colonialismo e a decolonialidade, que surgem como tensionamentos epistemológicos resultantes do processo de luta e de resistência contra a colonização. Assimilamos o contexto de surgimento, o florescimento, os campos de disputa, as proposições de ruptura, as continuidades, os contrastes e as reivindicações das duas perspectivas. A discussão teórica é baseada no pensamento crítico latino-americano que elabora a sua crítica à hegemonia através das Teorias Sociais do Sul. Com vistas à explicitação das devidas distinções temáticas, efetuamos o levantamento bibliográfico a partir de diferentes fontes de informação. A pesquisa possui caráter exploratório-investigativo e abordagem qualitativa. As interpretações dos resultados seguem as pistas da concreticidade histórica por meio de percepções dosmodos de desenvolvimento da cartografia epistemológica, utilizando-se da dialética para desvelar os territórios epistêmicos pós-coloniais e decoloniais. Por fim, compreendemos que a permanência das colonialidades na América Latina é fruto das disputas, das dependências, das contradições e das resistências que ultrapassam fronteiras e que não se encerram em binarismos como Norte e Sul. As colonialidades devem ser analisadas em sua complexidade e refinamento, uma vez que operam na formação de elites intelectuais e econômicas e na conformação do discurso científico, percebidas, inclusive, de modo residual nos estudos que se propõem alternativos.This research aims to analyze postcolonial and decolonial studies through bibliographical research. It investigates the development of postcolonialism and decoloniality that emerge as epistemological alternatives resulting from the process of struggle and resistance to colonization. It assimilates the circumstances of emergence and development, as well as the fields of discussion, disconnections, connections, contrasts, and interests of both theories. The theoretical discussion is based on Latin-American critical thought. To analyze the phenomenon, we conducted a survey from different sources of information. The research has an exploratory-investigation character and a qualitative approach. To understand the development of epistemological cartography, it uses dialectic to unveil the postcolonial and decolonial epistemic territories. Finally, it understands that the permanence of coloniality is the result of struggles, dependencies, contradictions, and resistances that cross bordersand do not end in the North and South binomial. To analyze this issue, one must consider the complexity and refinement of the colonialities that form the intellectual and economic elites and structure scientific discourse, including studies that emerge asepistemological alternatives
    corecore