101 research outputs found

    Determinantes da Pressão Arterial Elevada em Crianças: um Estudo de Caso-controle em Vitória-es

    Get PDF
    A Hipertensão Arterial (HA) se constitui em um dos maiores problemas de saúde pública em todo mundo pelo seu forte impacto na morbi-mortalidade cardiovascular. Estudos clínicos e epidemiológicos têm demonstrado que a HA tem alcançado fases precoces da vida e subsidiam a hipótese de que a elevação da pressão arterial realmente começa na infância. Diferentemente do adulto, no qual os determinantes para o desenvolvimento da HA estão bem estabelecidos, em crianças são pouco compreendidos e, por vezes, conflitantes nos diversos estudos presentes na literatura. Este trabalho teve como objetivo identificar fatores preditores da ocorrência da pressão arterial elevada em crianças de 7 a 10 anos. Foi realizado um estudo do tipo caso-controle a partir de uma amostra representativa de crianças de 7 a 10 anos da cidade de Vitória/ES. O grupo de casos foi constituído por 159 crianças com pressão arterial elevada (PA sistólica ou PA diastólica acima ou igual ao percentil 95) e o de controles por 636 crianças com PA em níveis normais (PA abaixo do percentil 90), perfazendo um total de 795 crianças. Foi realizado pareamento das crianças por idade e sexo. Foram estudadas variáveis sócio-demográficas (raça/cor, tipo de escola, classificação socioeconômica e escolaridade da mãe) e referentes às crianças (excesso de peso, peso ao nascer, idade gestacional, aleitamento materno exclusivo, tempo em atividades físicas sedentárias, tempo diário de atividade física, número de horas de sono por dia e exposição ao tabaco). Diferenças significativas entre casos e controles foram observadas para idade gestacional (RC= 1,8 IC95%1,03,0; p=0,038), tipo de escola (RC= 1,9 IC95%1,1-3,2; p=0,021) e exposição ao tabaco (RC= 0,5 IC95%0,30,8; p=0,005). Crianças nascidas prematuras ou que estudam em escola pública apresentam duas vezes mais chances de ter pressão arterial elevada e crianças cujas mães não fumam (RC= 0,5 IC95%0,3 0,8; p=0,005) possuem 50% menos chances de apresentarem níveis pressóricos elevados

    III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica

    Get PDF
    Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Hospital das ClínicasUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto AlegreUniversidade de Pernambuco Faculdade de Ciências Médicas de PernambucoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de Minas Gerais Faculdade de MedicinaFaculdade de Medicina de São José do Rio PretoFundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul Instituto de CardiologiaRede Labs D'OrUniversidade Federal FluminenseUniversidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciencias MédicasInstituto Dante Pazzanese de CardiologiaSanta Casa de MisericórdiaUniversidade de Pernambuco Pronto Socorro Cardiológico de PernambucoHospital Pró CardíacoHospital de MessejanaPontifícia Universidade Católica do ParanáUniversidade Federal de Goiás Faculdade de MedicinaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão PretoReal e Benemerita Sociedade de Beneficência PortuguesaFaculdade de Ciências Médicas de Minas GeraisUNIFESP, EPMSciEL

    REVISÃO DA LITERATURA SOBRE EXTREMOS ANTROPOMÉTRICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA, RISCOS À SAÚDE E FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS ASSOCIADOS

    Get PDF
    Introduction: Brazil is facing a process of nutritional transition in childhood and adolescence, marked byan increase in prevalence of obesity and a reduction in underweight. Objective: To systematize findingson prevalence, health risks and determinants sociodemographic factors of extreme anthropometricmeasurements in children and adolescents. Materials and methods: Searched articles in databasesaccording to the following search strategy: (“obesity” OR “malnutrition” OR “fat” OR “body mass index”OR “skinfold”) AND (“diseases cardiovascular” OR “chronic disease” OR “risk factors” OR “risk groups”OR “mortality” OR “socioeconomic factors” OR “social class” OR “social conditions”), with filter for thepediatric age group. Results: 39 articles were analyzed. With regard to obesity/excess body fat, the resultsindicated a high prevalence ranging from 13.3 to 40.7%. Obesity/excess adiposity was associated withhypertension, hyperglycemia, dyslipidemia and metabolic syndrome. For low weight/low reserve adiposity,there was a growth of 2.1 to 14.9% in prevalence. This condition was associated with iron deficiencyanemia, hypertension, sickle cell disease, vitamin A deficiency, mental health problems, motor deficits,cognitive impairment and early mortality. Sociodemographic factors were determinants for the extreme anthropometric measurements. Conclusions: There was a coexistence of high prevalence of obesity/excessbody fat and worrying prevalence of underweight/low reserve adiposity among children and adolescents.There was a strong association between extreme anthropometric measurements and risk factors to health.Sociodemographic factors were determinants for both conditions and need to be considered in programsthat cope with extreme anthropometric measurements in children and adolescents.Introdução: O Brasil vem passando por um processo de transição nutricional na infância e adolescência, marcado pelo aumento das prevalências de obesidade e declínio do baixo peso. Objetivo: Sistematizar achados referentes à prevalência, riscos à saúde e fatores sociodemográficos determinantes dos extremos antropométricos em crianças e adolescentes. Materiais e métodos: Pesquisaram-se trabalhos em bases de dados de acordo com a seguinte estratégia de busca: (“obesidade” OR “desnutrição” OR “adiposidade” OR “índice de massa corporal” OR “pregas cutâneas”) AND (“doenças cardiovasculares” OR “doença crônica” OR “fatores de risco” OR “grupos de risco” OR “mortalidade” OR “fatores socioeconômicos” OR “classe social” OR “condições sociais”), com filtro para a faixa etária pediátrica. Resultados: Foram analisados 39 artigos. No que se refere à obesidade/excesso de adiposidade, os resultados indicaram elevadas prevalências, variando de 13,3% a 40,7%. A obesidade/excesso de adiposidade associou-se com hipertensão, hiperglicemia, dislipidemia e síndrome metabólica. Para o baixo peso/baixa reserva de adiposidade, observou-se variação de 2,1% a 14,9% nas prevalências. Esta condição mostrou-se associada à anemia ferropriva, hipertensão, doença falciforme, hipovitaminose A, problemas de saúde mental, déficit motor, déficit cognitivo e mortalidade precoce. Fatores sociodemográficos foram determinantes dos extremos antropométricos. Conclusões: Observou-se coexistência de elevadas prevalências de obesidade/excesso de adiposidade e prevalências ainda preocupantes de baixo peso/baixa reserva de adiposidade entre crianças e adolescentes. Houve forte associação entre extremos antropométricos e fatores de risco à saúde. Fatores sociodemográficos foram determinantes de ambas as condições e precisam ser considerados em programas que visem o enfrentamento dos extremos antropométricos na infância e adolescência

    Assistência de Enfermagem por Ciclos de Vida

    Get PDF
    A história da criança, em todo o mundo, tem sido marcada por episódios muito tristes de abandono, mortalidade infantil em níveis elevados, negligência nos cuidados por parte da família e pelo Estado. Comparando os dias atuais com os séculos passados, percebem-se as grandes mudanças ocorridas em relação às políticas públicas de saúde direcionadas à criança. Apesar de tantas mudanças, alguns agravos, como a desnutrição infantil, a diarreia e as infecções respiratórias agudas continuam sendo motivo constante de consultas nas Unidades de Saúde da Família. Sabe-se que, nas ações voltadas à saúde da criança, o enfermeiro tem papel fundamental no desenvolvimento de atividades educativas em saúde com pais, professores e cuidadores, mas é na consulta de enfermagem que se cria a oportunidade de prescrever cuidados que podem contribuir para a promoção, proteção e recuperação da saúde das crianças de sua área de abrangência. Embora seja uma atribuição indelegável a outros profissionais, a realização da consulta de enfermagem ainda é um grande desafi o para os profi ssionais enfermeiros e depende de muitos fatores, sobretudo de seu empenho em proporcionar o melhor de si para sua comunidade. O objetivo deste módulo é proporcionar ao enfermeiro a atualização de conhecimentos e de habilidades que possibilitem conhecer a realidade da criança e de sua família e, dessa forma, propor ações de enfermagem adequadas e específicas às crianças e famílias sob sua responsabilidade.MINISTÉRIO DA SAÚDEUna-SU

    Toxemia gravídica: condutas de enfermagem no atendimento hospitalar / Pregnancy toxemia: nursing conduct in hospital care

    Get PDF
    A toxemia gravídica é uma doença que geralmente ocorre na segunda metade da gravidez e é caracterizada por hipertensão e proteinúria. A pré-eclâmpsia é uma síndrome hipertensiva da gestação, descrita como uma desordem decorrente da má perfusão placentária e da disfunção endotelial, que gera elevação dos níveis pressóricos ou proteinúria.Metodologia: Os estudos foram coletados nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), (SciELO). Resultados: No quadro clínico relacionado a toxemia gravídica função do enfermeiro é a de prevenir ou reduzir os fatores de risco de toxemia gravídica bem como fornecer cuidados especiais para mulheres que sofrem de pré-eclâmpsia e / ou eclampsia. Nas condutas de enfermagem prestadas a gestante com diagnóstico de toxemia gravídica fica evidente que é necessário atenção primária na conduta do pré-natal. Conclusão: Ficou evidente que os riscos de pré-eclâmpsia quando diagnosticada são altos, a equipe de enfermeiros atua dentro do quadro clínico do paciente no sentido de intervir e reverter a situação buscando a saúde de ambos, mãe e recém-nascido, por isso que desde cedo a grávida precisa passar por um acompanhamento assíduo no pré-natal para que seja elaboradas intervenções que possam apresentar resultado favorável na gestação

    Evolução neurologica de recem-nascidos com asfixia neonatal

    Get PDF
    Orientadores: Sergio Tadeu Martins Marba, Maria Valeriana Leme de Moura-RibeiroTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do exame neurológico e do desenvolvimento, pelo Denver developmental screening test (DDST), no primeiro ano de vida e a associação dessa evolução com variáveis maternas, obstétricas, perinatais, neonatais e pós-neonatais, numa população de 81 recém-nascidos de termo com asfixia neonatal, na Maternidade do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas, de janeiro de 1991 a janeiro de 1999. Foi realizado um estudo descritivo observacional de coorte retrospectiva, do seguimento desses recém-nascidos, realizado em consultas com três, seis meses e um ano. Asfixia neonatal foi diagnosticada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: Apgar de 5º minuto menor que seis, tempo de reanimação maior que um minuto, comprometimento neurológico e comprometimento sistêmico. Inicialmente foi feita análise descritiva do exame neurológico nas diversas consultas, análise comparativa das diversas consultas, com o teste de McNemar para amostras emparelhadas e a seguir análise bivariada e múltipla para as variáveis independentes e a evolução neurológica e de desenvolvimento de um ano. Com um ano, 54 ( 66,6%) crianças eram normais e destas, 34 tiveram alterações transitórias em pelo menos uma das consultas e 27 (33,3%) tinham exame neurológico anormal. O DDST mostrou 66 (81,5%) normais e 15 (18,5%) com atraso. Na análise bivariada, as variáveis estatisticamente significativas, para exame neurológico alterado com um ano, foram a hipertensão arterial sistêmica materna, edema cerebral no ultra-som, o exame neurológico de uma semana e tempo de internação > 12 dias. Na análise múltipla, somente mostraram associação independente, o edema pelo ultra-som e a hipertensão arterial crônica. Em relação ao DDST, com um ano, a análise bivariada mostrou associação com atraso, do acometimento de mais de três sistemas, encefalopatia hipóxico-isquêmica grau 2 e 3, convulsões nas 24 horas, ventilação neonatal, tempo de alimentação via oral > 4 dias e tempo de permanência hospitalar > 12 dias e na regressão logística, somente o exame neurológico da primeira semana mostrou associação independente com o atraso. A avaliação de interações de variáveis mostrou na análise bivariada, que a interação exame neurológico até sete dias com ventilação neonatal e interação neurológico até sete dias com edema cerebral no ultra-som, estiveram associadas ao exame neurológico de um ano alterado, e na análise múltipla, somente a interação exame até sete dias com edema cerebral permaneceu associada à alteração do exame neurológico de um ano. Quando avaliada a primeira consulta, como variável independente, ela mostrou associação independente com exame neurológico alterado com um ano e com o atraso no teste de Denver Conclui-se que, a asfixia neonatal ainda contribui para grande número de comprometimentos neurológicos, que estão associados a eventos clínicos, precoces ou tardios, que isoladamente ou em associação podem predizer má evolução, e a importância das manifestações clínicas deve ser analisada da perspectiva do diagnóstico, para tratamento precoce e do prognóstico, para aconselhamento das famílias e encaminhamento a programas de prevenção. Há, entretanto, um contingente de situações transitórias, cujo conhecimento é importante, para evitar o pessimismo nesse aconselhamentoAbstract: The aim of this study was to evaluate the neurological examination and neurodevelopment by Denver Development Screening Test (DDST) evolution, at one year and its association with clinical variables, in 81 term neonates with birth asphyxia, born in the Maternity Unit of the Center for Integral Assistance to Women¿s Health at the State University of Campinas, from january 1991 to january 1999. The study had a observational rectrospective cohort design, of the folow-up of these neonates at three, six months and one year. Neonatal asphyxia was diagnosed by the presence of at least three of the folowing criteria: an Apgar score of less than six at five minutes, a need for positive pressure ventilation via an endotracheal tube for more than one minute after delivery, hipoxic-ischemic encephalopathy, and sistemic abnormalities during neonatal period. The statistical analysis employed, was innitially descriptive of different consultations, then, comparative, with McNemar test for matched samples and then, bivariate and multiple, to evaluate the relationship between independent variables or interactions of variables and abnormal neurological examination and delayed DDST. At year, 54 (66,6 %) infants were normal, 34 of wich, had transient abnormalities, at least in one of consultations and 27 (33,3%) had normal neurological examination. The DDST showed to be normal in 66 (81,5) and delayed in 15 (18,5%). In bivariate analysis, maternal chronic hipertension, ultrassonografy with brain edema, neurological examination at seven days and discharge, a lenght of hospital stay more than 12 days, were factors associated with abnormal neurologic outcome and hipoxic-ischemic encephalopathy, seizures, more than three sistemic abnormalities, renal failure, neonatal ventilation, starting oral feeding more than four days, neurological examination at seven days and discharge, and a lenght of hospital stay, more than 12 days, were factors associated with delayed DDST. After multiple analysis, chronic maternal hipertension and neurological examination at seven days, were significantly associated variables. Concerning DDST at year, bivariate analysis, showed more than three sistemic abnormalities, hipoxic-ischemic encephalopathy 2 or 3, seizures at 24 hours, neonatal ventilation, starting oral feeding > 4 days, and lenght of hospital stay more than 12 days, associated with delay. In the logístic regression, only neurological examination reamained as independent variable, associated with delay. Bivariate analysis of interactions, showed that neurological examination with neonatal ventilation and interaction neurological examination with brain edema, in ultrassonografy, were associated with abnormal neurological outcome. In multiple analysis, only the first interaction remained as independent variable associated with abnormal neurological outcome. When neurological examination at first consultation was studied as independent factor, it showed independent association with abnormal neurological outcome and DDST delay. We conclude that, neonatal asphyxia still contributes to a great number of neurological abnormalities, wich are associated with clinical events, wich, isolated or in interactions, can predict desfavorable evolution, and it is important to analyse the diagnosis, to permit early treatment, and prognosis, to permit counselling parents and referral to early intervention programs. There are, however, a distinct group of infants, with transient abnormalities, wich knowledge is important to avoid pessimism in this counsellingDoutoradoPediatriaDoutor em Saude da Criança e do Adolescent

    9ª Conferência sobre a Prevenção da Doença Renal em Populações Desfavorecidas na América do Sul e Caribe e do 7º Encontro Brasileiro de Prevenção da Doença Renal Crônica. São Luís - MA, novembro de 2011

    Get PDF
    Apresentação dos resumos da 9ª Conferência sobre a Prevenção da Doença Renal em Populações Desfavorecidas na América do Sul e Caribe e do 7º Encontro Brasileiro de Prevenção da Doença Renal Crônica. Os eventos aconteceram na Universidade Federal do Maranhão, Campus do Bacanga, nos dias 23, 24 e 25 de novembro de 2011. Foi pensado em um evento internacional, com foco multiprofissional, para discutir a prevenção das Doenças Renais em populações desfavorecidas, em virtude dos índices socioeconômicos alarmantes, aliados a um baixo acesso desta população aos serviços de saúde
    corecore