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A língua excluída do poema : sobre "Le tiers exclu, fantasia política" de António Franco Alexandre
Metamorfose(s) em Aracne de António Franco Alexandre
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos PortuguesesO livro Aracne, escrito por António Franco Alexandre, começa com uma metamorfose: o sujeito poético transforma-se numa pequena aranha. Depois disso, o leitor acredita que o sujeito lírico é uma aranha que dialoga com um humano. Mas esta simples perspectiva muda quando percebemos que, de facto, a aranha não é um ser individual, independente, mas, em vez disso, apenas uma personagem poética que emerge do inconsciente do homem para o modificar, para o fazer aceitar a parte da sua personalidade que tem permanecido escondida. Através de uma relação intertextual com A Metamorfose de Franz Kafka e Metamorfoses de Ovídio, Franco Alexandre recupera o conceito que os liga, utilizando a metamorfose como mecanismo que irá permitir ao humano presente em Aracne compreender a diversidade da sua própria personalidade, de forma a conseguir encontrar a unidade que o fará completo
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A Língua Excluída do Poema -- Sobre Le Tiers Exclu, Fantasia Política de António Franco Alexandre
Glauber Rocha e as culturas na América Latina
Há trinta anos morria Glauber Rocha, porta-voz do Cinema Novo. A trajetória do artista, apontando novos caminhos para um cinema político, iniciara-se vinte anos antes, com Barravento, seu primeiro longa-metragem. A publicação deste livro, que reúne artigos de alguns dos melhores especialistas, vem possibilitar novas reflexões sobre a obra daquele que foi um dos grandes inovadores do cinema moderno. O legado de Glauber Rocha e a relevância da sua obra são reconsiderados em ensaios que enfocam principalmente aspectos interculturais, transnacionais e intermediais, valorizando uma obra que ultrapassa não só as fronteiras do cinema brasileiro, mas também o próprio cinema enquanto manifestação artística
Por entre as páginas de La Vie Parisienne : imagem, gênero e pornoerotismo (1918-1931)
Orientador: Prof. Dr. Artur Correia de FreitasTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 31/08/2021Inclui referências: p. 523-539Resumo: Na presente tese investigamos as construções de gênero nas imagens da revista ilustrada La Vie Parisienne entre 1918-1931, enfatizando a criação e a divulgação de novos tipos femininos que já vinham se desenvolvendo, de algum modo, desde o final do século XIX, como: as garçonnes, as lésbicas, as feministas e as cocottes. Por meio dessas imagens e de seus artistas, a grande maioria homem, também foi possível estabelecer como a masculinidade perpassava essas produções. Para tanto, partimos da história social da revista, traçando um panorama geral sobre ela, enfatizando os anos 1920 para compreendermos o contexto histórico da publicação, em que tradição se inseria, bem como quem eram seus produtores, a que público alvo era voltada e como ela era organizada internamente. A seguir, concentramo-nos nas análises dos tipos femininos representados nas imagens, percebendo as rupturas e manutenções nos papéis sociais associados tradicionalmente às mulheres burguesas. Tais imagens são pensadas a partir de uma tríplice abordagem. Primeiro, a da história da arte, tomada a partir de imagens elaboradas para circularem em revistas ilustradas e consumidas em massa, formas que, de um modo geral, são relegadas em relação às "artes tradicionais". Segundo, a de gênero enquanto categoria de análise. Por fim, mas não menos importante o pornoerotismo que perpassa essa produção, que está mais intimamente ligado à sexualidade. Nesse sentido, o estudo situa-se entre a história da arte, do gênero, do pornoerotismo e, assim, da sexualidade.Abstract: In this thesis, we investigate the constructions of gender in the images of the illustrated magazine La Vie Parisienne between 1918-1931. Since the end of the 19th century, we emphasize the creation and dissemination of new emerging female types, such as the garçonnes, the lesbians, the feminists, and the cocottes. Through these images and their artists, most of them men, we were able to establish how masculinity permeated these productions. We started by overviewing the revue's social history, emphasizing the 1920s to understand the historical context of the publication, in which tradition it was inserted, and who were its producers, which target audience the revue was aimed at and how it was organized internally. Next, we focus on analyzing the female types represented in the images, noting the disruptions and maintenance of social roles traditionally associated with bourgeois women. Such images are thought from a triple approach. First, that of art history, taken from images elaborated to circulate in illustrated magazines and for mass consumption, forms that, in general, are relegated concerning the "traditional arts". Second, that of gender as a category of analysis. Last but not least, the porno-eroticism that permeates this production, which is more closely linked to sexuality. In this sense, the study stands between the history of art, gender, porno-eroticism and, thus, sexuality