ESTILO DE VIDA DOS ADOLESCENTES DO ENSINO PROFISSIONAL - CONTRIBUTOS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM COMUNITÁRIA

Abstract

A adolescência é uma das fases de constructo mais importantes do ser humano, onde se consolidam atitudes e comportamentos que impactam a saúde atual e futura. Por sua vez, as doenças crónicas não transmissíveis são, à atualidade, a principal causa de morbilidade/mortalidade no mundo e representam um dos maiores desafios de saúde e desenvolvimento do século. Os seus fatores de risco estão bem definidos e cada vez mais se associam ao estilo de vida, caracterizado por padrões comportamentais que se destacam entre os determinantes da saúde. Neste sentido, a promoção da saúde na adolescência, especialmente em contexto escolar, revela-se como uma das melhores estratégias para o desenvolvimento de estilos de vida mais salutogénicos; e o papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária destaca-se como agente promotor de um estilo de vida saudável. Neste âmbito, foi realizada uma investigação numa instituição de ensino profissional da região interior centro de Portugal, com principal objetivo de avaliar o estilo de vida dos adolescentes. Efetuou-se um estudo não experimental, quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, onde se aplicou o questionário “Estilo de Vida Fantástico” e a “Escala de Auto-estima de Rosenberg”, com posterior tratamento de dados através do Statistical Package for Social Science (SPSS®), versão 28. A amostra foi constituída por 334 adolescentes dos quais a maioria (52,1%) eram do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e 22 anos (̅=17). Os adolescentes apresentaram uma boa autoestima e bom estilo de vida global. Contudo, os resultados obtidos tornam evidente que muitos adolescentes se envolvem em comportamentos de risco. Os domínios mais deficitários nesta amostra foram a “Atividade física/Associativismo”, a “Nutrição” e a “Introspeção”. Domínios relacionados com “Tabaco”, “Sono/Stress”; “Trabalho/Tipo de Personalidade” e “Comportamentos de Saúde/Sexual” motivam alguma preocupação. Por outro lado, os adolescentes apresentaram melhor estilo de vida nos domínios “Família/Amigos”, “Álcool/Outras Drogas”, assim como em “Outros Comportamentos”. Os resultados sugerem que adolescentes mais velhos tendem a piorar o seu estilo de vida e que as raparigas apresentam pior estilo de vida do que os rapazes. Com quem os jovens vivem, a perceção do ambiente familiar, o ano de escolaridade, o curso técnico-profissional e a autoestima impactam significativamente o seu estilo de vida. Os resultados obtidos permitem orientar intervenções de promoção da saúde e salientam a necessidade de um maior investimento em estratégias que incentivem um estilo de vida saudável o mais precocemente possível

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Last time updated on 19/04/2025

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