Este artigo propõe que o surgimento desse estilo de vida a partir da construção de uma identidade global de trabalhador corresponderia às demandas do estágio atual do capitalismo (Bauman, 1998; Sennet, 2011), quais sejam, flexibilidade, adaptabilidade e fluidez, culminando em um apelo ao nomadismo (Maffesoli, 2001). Investiga-se também como as viagens permanentes que os nômades digitais buscam seriam uma resposta à ênfase na liberdade de escolha e à natureza efêmera da sociedade de consumo contemporânea (Lipovetsky, 2007), além de evidenciar características próprias da modernidade líquida (Bauman, 1999) ou condição pós-moderna (Harvey, 1989). Busca-se descobrir, então, que tipo de trabalhador (e, consequentemente, de consumidor) emerge dessa paisagem subjetiva e como a mobilidade se converte em privilégio na contemporaneidade em um momento em que os fluxos migratórios e as noções de lugar e fronteira vêm sendo amplamente discutidos pelo mundo ocidental
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