Prospective study of transtrochanteric femur fracture in elderly : A - Determination of risk factors for fracture; B - determination of risk factors for mortality after fracture

Abstract

A população mundial está envelhecendo devido ao aumento na expectativa de vida. Tal fato contribui para aumentar a incidência de fraturas do quadril de forma significativa após os 60 anos, devido majoritariamente à osteoporose. Objetivou-se, neste estudo, comparar idosos, com fratura transtrocanteriana do fêmur (grupo estudo) com idosos sem fratura (grupo controle), pareados por gênero e idade, residentes em Lavras, Minas Gerais e região, para determinar os fatores de risco associados com a ocorrência dessa fratura e com a mortalidade pós-fratura. Esse estudo foi realizado na cidade de Lavras, Minas Gerais, entre o período de fevereiro de 2007 a dezembro de 2008. Foram incluídos 73 pacientes no grupo estudo com diagnóstico de fratura transtrocanteriana do fêmur que atenderam aos critérios de inclusão previamente definidos. No grupo controle foram entrevistados 156 idosos sem a presença de fratura. Todos os participantes, de ambos os grupos, foram acompanhados durante um ano. Foram incluídos em ambos os grupos somente participantes deambuladores na pré-fratura, com idade igual ou superior a 65 anos e de ambos os gêneros, sendo submetidos à aplicação de questionário padronizado em que se obtiveram informações sobre hábitos de vida, funcionalidade, estado civil, escolaridade, renda, moradia, comorbidades e capacidade cognitiva. Foram excluídos pacientes que não deambulavam, com doenças neurológicas e fraturas patológicas. As variáveis consideradas significativas, pela análise univariada, foram submetidas à análise multivariada (Regressão logística) considerando p?0,05. A média de idade do grupo estudo foi 81,51±7,1 anos e do grupo controle de 80,14±6,5 anos (p=0,16), sendo do gênero feminino 52/73 e 103/156 do grupo estudo e controle, respectivamente (p=0,43). As variáveis com diferenças significativas pela análise univariada, consideradas fatores de risco para esta fratura foram: comprometimento do estado cognitivo (p=0,000), dependência para realizar as atividades de vida diária e instrumentais da vida diária (p=0,000), número de comorbidades (p=0,004) e a presença de problemas otoneurológicos 7.47 (IC 3,12; 17,90). No grupo estudo o diabetes, idade ?80 anos, o desempenho das atividades diárias e o tempo de espera para a cirurgia foram significativamente diferentes. Pela análise multivariada, no grupo estudo, o diabetes e idade ?80 anos aumentou o risco de morte em 3,49 e 3,8 vezes respectivamente. O odds-ratio para mortalidade entre os diabéticos com e sem fratura foi 21,32 e para idade ?80 anos e <80 anos foi de 18,63. De acordo com os resultados, os fatores de risco significativamente associados com a ocorrência da fratura transtrocanteriana no idoso foram o comprometimento do estado cognitivo e a dependência funcional, além disso, há forte associação entre o excesso de mortalidade após um ano dessa fratura com a presença de diabetes e idade superior a 80 anos. (p=0,04). Entretanto, pela análise de regressão logística as variáveis que permaneceram significativas foram a baixa pontuação atingida no teste Mini Mental e a dependência para realizar as atividades de vida diária e instrumentais da vida diária. No primeiro ano pós-fratura, 21 pacientes morreram (p=0,000) no grupo estudo (n=73, 28,7%) e oito no grupo controle (n=156, 5,1%), com de odds-ratio de 7.47 (IC 3,12; 17,90). No grupo estudo o diabetes, idade ?80 anos, o desempenho das atividades diárias e o tempo de espera para a cirurgia foram significativamente diferentes. Pela análise multivariada, no grupo estudo, o diabetes e idade ?80 anos aumentou o risco de morte em 3,49 e 3,8 vezes respectivamente. O odds-ratio para mortalidade entre os diabéticos com e sem fratura foi 21,32 e para idade ?80 anos e <80 anos foi de 18,63. De acordo com os resultados, os fatores de risco significativamente associados com a ocorrência da fratura transtrocanteriana no idoso foram o comprometimento do estado cognitivo e a dependência funcional, além disso, há forte associação entre o excesso de mortalidade após um ano dessa fratura com a presença de diabetes e idade superior a 80 anosThe world population is aging over the years, due to increased life expectancy. This contributes to increase the incidence of hip fractures significantly after 60 years, mostly due to osteoporosis. The aim of this study was to compare elderly patients with transtrochanteric femur fracture (study group) with the elderly (control group) without fracture, matched for age and gender, living in Lavras city, Minas Gerais and region to determine the risk factors associated the occurrence of the fracture and with mortality after fracture. This study was conducted in Lavras city, between period of the February 2007 to December 2008. Were included in the study group 73 patients with a diagnosis transtrocanteric femur fracture that met the inclusion criteria previously defined. In the control group were interviewed 156 elderly subjects without fracture. All participants from both groups were followed for one year. Were included in both groups only walked participants, with aged equal or over 65 years, both sexes and underwent a standardized questionnaire which obtained information of lifestyle, functionality, marital status, education, income, housing, comorbidities and cognitive ability. Exclusion criteria were not walk before fracture, with neurological diseases and pathological fractures. Significant variables by univariate analysis were then treated by multivariate analysis (logistic regression) and p?0.05 was considered. The average age of the study group was 81.51±7.1 years and the control group 80.14±6.5 years (p=0.16), female 52/73 in the study group and 103/156 in the control group (p=0.43). The variables that showed significant differences between groups by univariate analysis, considered risk factors for this fracture were: impaired cognitive state (p=0.000), dependence to perform activities of daily living and instrumental daily living (p=0.000), number of comorbidities (p=0.004) and presence of otoneurological problems (p=0.04). However, by logistic regression analysis the variables that remained significant were the low points reached in Mini-Mental test and dependence to perform activities of daily living and instrumental activities of daily living. In the first year after fracture 21 deaths in the study group (n=73, 28.7%) and 08 in control group (n=156, 5.1%; p=0.000) was observed. The odds ratio was 7.47 (CI 3.12, 17.90). Within the study group diabetes, age >=80 years, performance in diary activities and waiting time for surgery were significantly different. By multivariate analysis for the study group, only the presence of diabetes and age over 80 years increased death risk by 3.49 and 3.8 times respectively. Odds ratio for mortality between diabetics with and without transthrocanteric fracture was 21,32. The same comparison regarding age >=80 years and <80 was 18,63. According to results, of this study, the risk factors significantly associated with the occurrence of transtrochanteric fracture in the elderly were impaired cognitive status and functional dependence, moreover, there is a strong association between excess mortality after one year of the fracture with the diabetes and older than 80 year

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Last time updated on 10/08/2016

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