Psychotropic use at Southwest Campinas primary care and its relationship with clinical expanded arrangements

Abstract

No âmbito da saúde, as novas intevenções clínicas que aparecem na mídia, logo adquirem uma aura mítica, sustentedas pelo argumento de moderno e melhor. Os riscos são minimizados e esses produtos tornam-se necessidades sociais de consumo tanto para população como para classe médica. Principalmente no caso da saúde mental, onde as doenças são construtos diagnósticos que envolvem coletâneas de sintomas, este fenômeno encontrou campo fértil de expansão. Sucessivos trabalhos demonstram que populações com quadros psiquiátricos expressivos são submedicalizadas enquanto populações com sintomas que não configuram transtornos mentais são iatrogenizadas. Desta maneira, a medicalização atinge não necessariamente o público que teria um beneficio comprovado, mas um público com outras demandas socioeconômicas, com aval dos profissionais de saúde. O objetivo do trabalho é o de comparar se os equipamentos com e sem arranjos da clínica ampliada têm comportamentos diferentes em relação ao emprego de psicotrópicos na dinâmica de suas ações em saúde. Foi realizada categorização de unidades básicas de Campinas semelhantes sócio-econômicamente quanto à presença ou não de arranjos da clinica ampliada (existência de equipe e reuniões para construção de Projeto Terapêutico; de cadastramento e adscrição de clientela; de matriciamento; de gestão colegiada; de grupos de educação, promoção e atendimento domiciliar) pela técnica de construção dos clusters. A partir da formação destes agrupamentos, quantificamos a dispensação de psicofármacos e, além disso, realizamos grupos focais e entrevistas individuais com trabalhadores e usuários, para inquirir sobre o papel do uso destes nas suas ações de saúde. Observamos altas taxas de dispensação de psicofármacos entre a população adscrita em ambos os agrupamentos: 8 a 10% em uso de antidepressivos, e 7,5% em uso de benzodiazepínicos. A eficácia destes arranjos mostrou maior impacto na produção de sujeitos críticos de suas ações. E isso foi mais evidente entre os trabalhadores e não aparece ainda, no discurso dos usuários. Evidencia-se uma dificuldade de estabelecer um diálogo, em padrões acessíveis para os usuários do SUS, sobre os efeitos das medicações. Os usuários buscam informações sobre seus tratamentos em bulas farmacêuticas, uma vez que não se sentem apoiados pelas equipes. Esse papel é desempenhado apenas pelos psiquiatras, não sentindo os outros membros, como médicos e enfermeiros da equipe como responsáveis por essa parte do cuidado com o paciente. Nas tentativas de descontinuação ou paradas devido aos efeitos colaterais, por o fazerem sem o devido apoio, pioram clinicamente, o que reforça o temor em questionar o poder médico. A despeito disso, os usuários valorizam abordagens multivariadas para os seus problemas e criticam o pequeno investimento das equipes nestas intervençõesNew clinic interventions in heath care, soon acquire a mythic aura, by the argument that they are modern and better. The risks are minimized and the products become social necessities for consumers and physicians. In case of mental health, where diseases are diagnostic constructs, this phenomenon has expanded. Many studies show that people with severe mental disorders are undertreated while people with random symptoms that not constitute a psychiatry disease receive an iatrogenic treatment. Thus, the use of psychotropic affects not necessarily the public who would have a real benefit. The objective of this project is comparing the use of psychotropic at health units with and without clinical expanded arrangements. Furthermore the objective is also analyzing differences of this use in the services dynamics. The health units from low socioeconomic index zones of Campinas-SP was categorized on the presence or absence of clinical expanded arrangements (existence of team meetings, management care case; registration of customers; good relationship between general practices and experts; democratic local administration; groups education, promotion and home care) by the cluster technique. We have quantified the prescription of psychotropic. Moreover, we've done focus groups and individual interviews with health workers and patients, to inquire them about the psychiatry medicines role on theirs practices. We've observed high rates of drugs prescription among the population in both groups: 8 to 10% of antidepressants, and 7.5% of benzodiazepines. The clinical expanded arrangements effectiveness has a greater impact on the production of critical workers, but this effect wasn't seen on patients. There wasn't an open dialogue about the medicines, and its uses between health workers and patients. Patients are used to seek information about their treatment in pharmaceutical leaflets, since it does not feel supported by the health teams. Only psychiatrists are responsible for psychotropic prescription in Campinas. Other team members such as general practices and nurses don't feel responsible for this. In attempts to stop their medicine, mainly due to side effects, patients do it without proper medical support. Then, they suffer with the withdraw syndrome, which reinforces the fear to question the medical power. Despite of this, they valorize alternative approaches to their problems and criticize the lack of marketing on these interventions. Keywords: psychotropic, mental health care, health hazard evaluatio

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Last time updated on 10/08/2016

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