TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Curso de Química.Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae), conhecida popularmente como
caramboleira, tem seus frutos e folhas usadas na medicina popular.
O chá das folhas é indicado contra diabetes. Alguns estudos fitoquímicos
foram desenvolvidos com esta planta, mas raros são os estudos biológicos.
Portanto, aplicou-se bioensaios para detectar atividade antioxidante, alelopática
e citotóxica ao extrato bruto e frações das folhas de A. carambola.
O extrato bruto hidroalcoólico (EBH) das folhas foi seqüencialmente
extraído com solventes de polaridade crescente, originando as frações
hexânica (FH), acetato de etila (FAe), n-butanólica (FB) e filtrado aquoso (FAq).
A atividade antioxidante foi avaliada através da mistura de DPPH 0,004% a
soluções dos extratos em diferentes concentrações com posterior leitura em
espectrofotômetro a 517 nm. O EBH e FAe apresentaram maior atividade, que
pode ser explicada pela presença de substâncias fenólicas, as quais possuem
conhecida ação seqüestradora de radicais livres. Avaliou-se a atividade
citotóxica utilizando o teste de toxicidade frente a Artemia salina. Apreciável
letalidade a A. salina foi observado apenas com o EBH e FH. A atividade
alelopática foi avaliada a partir dos testes de germinação de sementes de
L.sativa em placas de Petri, na presença de diferentes concentrações dos
extratos, comparadas a uma testemunha (água destilada). Em todas as
frações, nas concentrações de 0,31 e 0,62%, a inibição de germinação de
sementes foi pouco expressiva, porém na concentração de 5%, na FB a
inibição de germinação foi de 90%, enquanto que na FAe foi de 100%. Isto
indica que estas frações podem conter compostos com potencial ação
herbicida. Análise fitoquímica prévia nas FH e FAe mostrou que a FH é
composta de ácidos graxos, enquanto que a FAe é composta principalmente
por flavonóides.
Considerando que a FH possui atividade citotóxica, e que na FAe foi
encontrada expressiva atividade antioxidante e alelopática, pretende-se fazer
um estudo fitoquímico mais aprofundado no sentido de isolar os compostos
responsáveis por estes efeitos
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