Detoxification of co-products obtained from jatropha (Jatropha curcas L.) oil and castor (Ricinus communis L.) oil extraction aiming animal food production.

Abstract

Os principais coprodutos oriundos do processo de extração do óleo de pinhão-manso e de mamona são a torta, o farelo e a casca. As tortas poderiam ser utilizadas como complemento proteico na alimentação animal, porém, as propriedades tóxicas do material inviabilizam sua utilização para este fim. A partir daí, este trabalho foi realizado com o objetivo de desenvolver um novo processo para detoxificar os coprodutos oriundos da extração dos óleos de pinhão-manso e mamona. A tecnologia desenvolvida teve como principais vantagens o baixo custo, a simplicidade e a facilidade de acesso para pequenos agricultores, características essas que conferem um caráter inovador ao processo de detoxificação. Para isso foram utilizadas reações de oxidação do tipo Fenton homogêneo para o tratamento de detoxificação. As tortas detoxificadas foram, então, caracterizadas quanto à presença das substâncias tóxicas presentes em cada uma. Posteriormente, foram realizados testes de composição centesimal para garantir a qualidade nutricional do material detoxificado. A microscopia eletrônica de varredura foi utilizada para a verificação das modificações físicas dos materiais, além da presença de inibidores de tripsina, como elemento antinutricional. A fim de garantir a total eficiência do processo, foi realizado teste in vivo com a inserção de níveis crescentes de 5%, 10% e 15% das tortas detoxificadas na dieta dos animais. Os resultados da detoxificação da torta de pinhão-manso foram conferidos por análise em HPLC, sendo possível constatar a redução do teor de ésteres de forbol de 3,19 mg.kg-1, na torta não tratada, para 0,00 mg.kg-1. Nas tortas de mamona, 100% de redução da ricina, naturalmente presente na torta de mamona, foram conferidos pela técnica de eletroforese. A composição centesimal após o tratamento não apresentou diferenças significativas. A microscopia eletrônica de varredura mostrou as modificações ocorridas em ambas as tortas. Os inibidores de tripsina não foram reduzidos da torta de pinhão-manso. Já para a torta de mamona houve uma redução expressiva, de 24,26 UTI para 0,00 UTI. No teste in vivo, os animais alimentados com a torta de pinhão-manso detoxificada apresentaram reações de intoxicação, como diarreia, perda de peso, de pelo e de apetite, chegando ao óbito alguns animais alimentados com a ração contendo 15% de torta detoxificada. Os animais alimentados com a torta de mamona detoxificada apresentaram reações de tolerância para os três níveis testados, como ganho de peso superior ao dos animais alimentados com a dieta controle (isenta de torta). Ao final deste estudo foi possível sugerir o uso do processo desenvolvido para a detoxificação da torta de mamona, possibilitando seu uso como complemento proteico da ração de outros animais, nos níveis testados. Já para a torta de pinhão-manso ainda se fazem necessários mais estudos para a sua completa detoxificação.Tese apresentada à Universidade Federal de Lavras como parte das exigências do Programa de Pós- Graduação em Agroquímica, área de concentração em Agroquímica, para a obtenção do título de Doutor

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Last time updated on 10/08/2016

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