Este estudo de natureza teórica analisa as contribuições da história da ciência
para a produção do conhecimento científico no campo da administração e dos
estudos organizacionais. Verificou-se no estudo que as teorias concernentes aos
estudos administrativos e organizacionais são falíveis e permanecem sujeitas a
um aperfeiçoamento constante ou substituição. Deve-se aceitar a ideia da
necessidade de constante transformação e aperfeiçoamento do conhecimento.
Evidenciou-se que os estudos em administração e organizações testemunharam
uma mudança de paradigma quando a escola clássica de administração foi
questionada e acrescida de novos paradigmas. Dessa forma, esse campo de estudos
tornou-se pluralístico, com conflito entre paradigmas e ciência normal, não sendo
diferente as questões concernentes às suas metodologias de pesquisa. Nesse
contexto, a história da ciência pode prover importantes lições ao mostrar que a
revolução científica não foi aceita pacificamente, senão por meio de acirradas
discussões e aparentes contradições. Diversos autores buscaram uma aproximação
entre as Ciências Sociais e Naturais. Assim, a utilização conjunta de metodologias
qualitativas e quantitativas está cada vez mais presente na pesquisa administrativa
e organizacional conferindo uma maior legitimação às diversas formas de
abordagem do tema. Os debates sobre qual a melhor abordagem permanecem,
apesar de ocorrer um maior diálogo entre essas duas correntes de pensamento
metodológico nas últimas décadas
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