A ineficácia dos fundos de pensão no financiamento da economia brasileira

Abstract

O presente estudo tem como objetivo principal levantar argumentação teórica, ancorada em evidências empíricas, que ajudem a comprovar a ineficácia dos fundos de pensão no financiamento da economia brasileira. O trabalho se baseia na constatação de que a partir da atual configuração do modo de produção capitalista – de hegemonia do capital financeiro –, que determina a forma de inserção do Brasil no cenário mundial, engendrando a aplicação de um modelo de desenvolvimento liberal para o país, cria-se um ambiente no qual os investimentos financeiros oferecem uma rentabilidade mais elevada que os investimentos produtivos. Diante dessa situação estrutural, em que o país necessita manter um elevado patamar nas suas taxas de juros, dada a sua condição periférica, as aplicações no mercado financeiro tornam-se muito mais atrativas para os investidores. Esse cenário, acrescido da constatação de que os recursos dos fundos de pensão devem ser aplicados através da melhor relação risco-retorno, já que o seu objetivo principal é prover benefícios previdenciários adequados às expectativas de seus participantes, leva à conclusão (vislumbrada nas evidências empíricas) de que os recursos acumulados pelos fundos deverão ser aplicados majoritariamente em títulos públicos, que são aplicações que não guardam relação com a esfera produtiva da economia. Portanto, os recursos dos fundos de pensão não são invertidos em investimentos produtivos, o que comprova a sua ineficácia no financiamento da economia brasileira

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Last time updated on 10/08/2016

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