p. 204-212Objetivo. Identificar preditores da implantação de um programa de saúde e segurança no trabalho (PSST) que integra a vigilância à saúde do trabalhador com a segurança no trabalho, envolvendo a participação de técnicos, empresários e trabalhadores. Método. Neste estudo de desenho ecológico, foram estudadas empresas atendidas pelo PSST do Serviço Social da Indústria (SESI) no Estado da Bahia, selecionadas aleatoriamente, durante
o ciclo entre 2005 e 2006. Os dados foram coletados em entrevistas com informantes chaves da empresa e relatórios técnicos do SESI. Com regressão linear múltipla, analisaram-se os fatores e subdimensões impulsionadores do PSST para a empresa, os trabalhadores e a equipe técnica do PSST.
Resultados. Das 78 empresas selecionadas (3 384 trabalhadores), 24,4% haviam alcançado
a implantação do PSST em grau avançado; 53,8% em grau intermediário; e 19,3% em grau
incipiente. Fatores da empresa, dos trabalhadores e da equipe técnica se associaram positivamente ao grau de implantação do PSST (P < 0,001). Destacou-se como o mais importante, isoladamente,
a autonomia da gestão financeira do PSST (b = 4,40; P < 0,001). Na análise bivariada,
associaram-se com a implantação o nível de conhecimento (b = 1,58; P < 0,05) e
treinamento em SST dos trabalhadores (b = 0,40; P < 0,001) e a articulação entre a equipe de segurança (b = 1,89; P < 0,01) e a de saúde (b = 0,58; P < 0,05). Esses achados não se modificaram após ajuste por escolaridade dos trabalhadores e gestores, salários, grau de risco e porte das empresas.
Conclusões. A disponibilidade de recursos e de tempo dos trabalhadores para a saúde e a segurança no trabalho, a integração e o reforço de atividades de educação para trabalhadores e gestores e a melhor integração das equipes de saúde e segurança podem contribuir para o sucesso das ações de promoção da saúde nas empresas
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